Jangada News – 28 de julho de 2017





Jangada News
Newsletter do Clube Jangadeiros . Porto Alegre . Edição 28 de Julho de 2017
 

 

Conheça mais o sócio Luiz Fernando Velasco e o seu livro Caminhos da Lagoa dos Patos

Na primeira vez em que o sócio Luiz Fernando Velasco viajou de navio de Porto Alegre a Pelotas, a hidrovia ainda era um dos meios de transporte mais importantes entre a capital e o restante do Estado. O navio se chamava Cruzeiro, a viagem durava 12 horas e tinha muito de aventura. “Tinha 18 ou 19 anos, então foi em 1953 ou 1954. Esse naviozinho tinha o fundo chato, balançava muito. Aconteceu uma tempestade e todo mundo ficou enjoado”, contou o dentista e professor, hoje com 82 anos. 

Foi também a primeira vez em que Velasco navegou pela Lagoa dos Patos e o começo de um fascínio que o fez, em 1990, lançar o livro “Caminhos da Lagoa dos Patos”. A obra, hoje esgotada, reúne informações e histórias sobre o segundo maior lago da América do Sul – com 10 mil km², perde apenas para o Maracaibo, na Venezuela. “Tem lugares ali em que não se enxerga a outra margem”, disse.

O transporte de passageiros hoje se resume ao catamarã que faz a ligação entre Porto Alegre e Guaíba, mas os navios de cargas ainda utilizam a Lagoa dos Patos. “Continua sendo bastante usada e devia ser ainda mais, mas precisa ser dragada em certos pontos para o trânsito ganhar maior eficiência”. A profundidade média é de 6 metros, mas na entrada do Guaíba chega a ser dez vezes maior. “Tenho mapas de 1800 e poucos que mostram que era um metro mais profunda, mas foi assoreando e ficando mais rasa”.

Comodoro do Clube Jangadeiros em duas gestões, membro efetivo do Conselho e integrante da Comissão de Ética, Velasco, claro, já navegou pela lagoa: “Tomei uns bons sustos por lá. A gente sai prometendo não voltar, mas volta. A margem voltada para o mar é muito baixa e o vento vem com força total. As ondas chegam a 2,3 metros. Quando se vai entrar na lagoa tem que conhecer isso”.

Giuseppe Garibaldi também usou a lagoa para fazer escaramuças

contra os inimigos

É uma viagem empolgante, mas que exige cuidados. “Tem de usar a carta de navegação e o GPS. Tem bancos de areia com vinte quilômetros de comprimento”. A Lagoa dos Patos também foi palco de episódios históricos. Foi, por exemplo, navegando pelas suas águas que um navio de passageiros chegou a Porto Alegre com a delegação do Rio Grande, o primeiro time de futebol do Estado, para um jogo de exibição em 1903, levando à fundação do Grêmio. Durante a Revolução Farroupilha, no século XIX, o aventureiro Giuseppe Garibaldi também usou a lagoa para fazer escaramuças contra os inimigos.

“Fiz o livro na época para que o pessoal conhecesse mais sobre a lagoa”, explicou. Além de informações e fatos históricos, o sócio também é um conhecedor de histórias curiosas: “Teve uma regata em São Lourenço e na chegada o pessoal se deu conta: cadê um dos navegadores? Tinha caído do barco. Já estava todo mundo lamentando a morte quando ele apareceu no clube. Caiu em cima de um banco de areia e voltou caminhando com a água pela cintura”.

 

Beleza e parceria na 6ª Velejada na Lua Cheia

O cruzeirista Henrique Freitas convida para o prazeiroso passeio no dia 8 de agosto, terça-feira, com saída às 18h45min do Farol do Clube e retorno em torno das 20h30min. A confraternização será regada a um caldo quente e galinhada com arroz, por R$ 35, por pessoa, sem bebidas. Mais informações na esportiva@jangadeiros.com.br ou (51) 30.94.57.64.

“Estar na água em um dia fora do ordinário, em um horário fora do comum, ver o pôr do sol, descobrir o brilho das estrelas, escutar o barulho da água no casco, curiosos para ver onde mesmo vai nascer a Lua, e assistir da água a esse momento majestoso, onde ela cresce no horizonte e a tudo ilumina. É simplesmente fantástico e gratificante. Venham todos!”

Henrique Freitas, diretor de Cruzeiro

 

Crédito: Henrique Freitas

 

Vinhos e queijos, a combinação perfeita

Chegou o momento de comprar ingressos para o Queijos e Vinhos 2017 do Jangadeiros. Convide amigos e familiares e participe de um dos mais atrativos eventos sociais do Clube, no sábado (19), a partir das 20h, no restaurante da Ilha. Então mobilize seus amigos e venha degustar variedades de queijos e vinhos, acompanhamentos, música, DJ e pista de dança. Tudo por R$ 100, por pessoa.

 

Um produto com mais de 4 mil anos de história. Extremamente dependente do terroir no qual é produzido. Passa por um processo de fermentação e, posteriormente, de guarda para envelhecimento ou maturação. É o resultado final de um ciclo que se inicia no campo, envolve a seleção rigorosa da matéria-prima, demanda muito acompanhamento, conhecimento e arte, passa pela azienda e culmina na nossa satisfação sensorial. Muitas das regiões produtoras recebem identificação de procedência, como DOC, AOC etc. Existe em diversidade suficiente para que se torne quase impossível provarmos todos, o que é mais motivo de satisfação do que de lamento.

Se você pensou no vinho, está enganado, aqui falamos é de queijo. A afinidade entre queijos e vinhos é tanta que não podemos estranhar estarem sempre juntos e, se não são produtos irmãos, podemos, no mínimo, dizer que são primos. E, como todo relacionamento em família, requer carinho e atenção.

O queijo, de maneira bastante genérica, resulta da ação de bactérias lácteas sobre o leite, transformando a lactose em ácido láctico. Adiciona-se o coalho para que a proteína e a gordura do leite se liguem e se separem do soro. A coalhada, posteriormente, é apartada do soro, moldada e passa por um processo de maturação. Evidentemente, cada queijo possui algumas especificidades no processo produtivo, com a descrição anterior servindo apenas como uma referência.

Fonte: Revista Adega

 

 

Sócio em foco: Nelson Piccolo

Foi com um inusitado caiaque a vela que o menino Nelson Piccolo tentou velejar pela primeira vez. “Na época, a gente chamava o barco de rema-rema. Chegou a hora de reformar o barco e fizemos uma vela com um lençol. A favor do vento, até que funcionava, mas a gente tinha de remar de volta”, conta, entre risadas, o primeiro campeão mundial entre os esportistas do Rio Grande do Sul.

O título, obtido em 1967 na classe Snipe, foi o maior feito, mas não o único na carreira de Piccolo, um dos mais antigos sócios do Clube Jangadeiros. “Virei sócio há 67 anos. O clube só existia há nove”. Com uma memória prodigiosa, recorda detalhes de regatas pelo mundo e de uma paixão por barcos que começou aos dez anos. “Era muita brincadeira. Não tinha nem roupa de borracha. Hoje as pessoas entram na escolinha. Conosco, os mais velhos ensinavam aos mais jovem como o barco funcionava, aí a gente ia de proeiro por um tempo até assumir o timão”.

Aos 13 anos, no entanto, o adolescente já competia contra os adultos e, para surpresa geral, logo aos 15, em 1955, foi, junto com Gabriel Gonzales, seu primeiro parceiro, Campeão Brasileiro em Natal (RN). A dupla repetiu o título no ano seguinte e também em 1958, 1959 e 1960.

Em 1959, Piccolo e Gonzales chegaram a vencer uma regata no primeiro Mundial da Classe Snipe, que reuniu equipes de 16 países em Porto Alegre, mas Gabriel sofreu uma lesão e o parceiro, competindo junto com Waldemar Bier, acabou na 11ª posição – a dupla campeã foi os dinamarqueses Paul Elvstrom e Erik Johansen.

Desfile em carro de bombeiros, primeiros campeões gaúchos

Ao se formar em Medicina, em 1961, Gonzalez decidiu se dedicar à nova carreira e se mudou para o Rio de Janeiro. Mas Piccolo prosseguiu e formou uma nova dupla com Carlos Henrique De Lorenzi. Começava o seu auge. Em 1967, os dois foram campeões dos Jogos Pan-Americanos, em Winnipeg, no Canadá, e campeões mundiais, em Nassau, nas Bahamas. “Foi um acontecimento. Na volta, desfilamos em carro dos bombeiros, pois fomos os primeiros campeões mundiais gaúchos”.

A dupla Piccolo/ De Lorenzi ainda disputaria mais um Mundial, em Luanda, Angola, ficando em quinto lugar, antes de ser desfeita. Depois do título mundial, Piccolo disputou competições em outras categorias, acumulando prêmios na Finn, Hobie Cat 14, na qual foi oito vezes campeão brasileiro entre 1972 e 1982, Hobie Cat 16, Supercat 17 e em barcos de Oceano. Ainda que tenha deixado as competições nos anos 80, não deixou de lado os barcos. Já foi homenageado com várias regatas e, ainda frequentador do clube, não deixa de velejar: “Dou minhas navegadas”.

A esta altura, ele já desenhava e criava desde 1961 as próprias velas: “Eu não estava muito satisfeito com o rendimento das velas que usava, então passei a fazer as minhas”. Só existiam no Brasil velas de algodão egípcio e Piccolo começou na casa dos pais a confeccioná-las no tecido importado Dacron (produto da DuPont), sendo um pioneiro no uso de poliéster no Brasil.

Do uso particular, o negócio evoluiu para uma veleria completa. Instalada no tranqüilo bairro residencial de Vila Conceição, na Zona Sul de Porto Alegre, a Nelson Piccolo Sails está completando 50 anos. Era administrada em parceria com a mulher, Dircinha Piccolo, falecida em 2016. A empresa chegou a exportar as velas da classe Snipe. Na época, o velejador ainda participava de campeonatos e as vitórias serviam de propaganda dentro e fora do Brasil.

Ainda hoje ter uma vela Piccolo é considerado sinal de prestígio entre velejadores. As solicitações dos clientes passaram a exigir outros produtos e o negócio evoluiu fabricando capas, lonas e comercializando todos tipos de acessórios náuticos. A empresa hoje tem a participação dos dois filhos do velejador: Daniela Piccolo é responsável pela administração enquanto seu irmão, Nelson Piccolo Filho, é o “sailmaker” (fabricante de velas).

As primeiras velas de poliéster foram fabricadas pela marca Piccolo

Nelson Piccolo (à esquerda) e Gabriel Gonzales (ao centro), venceram
o 1º Campeonato Brasileiro de Snipe, em 1955, Natal

A marca Piccolo Sails tem tradição de cinco décadas

Vai começar o Mundial de 29er em Long Beach

Lorenzo Bernd/Philipp Rump e Breno Kneipp/Ian Paim. 
Campeões, estamos torcendo por vocês!

Depois de muito treino, disciplina e amor à vela, as duplas Lorenzo Bernd/Philipp Rump (campeões da Copa Brasil de Vela) e Breno Kneipp/Ian Paim (campeões Sul-americano de 29er) estão nos Estados Unidos com toda a garra para enfrentar mais de 100 atletas de alta qualificação no grande desafio do Mundial de 29er. “Estamos confiantes, a flotilha cresceu muito nos últimos tempos, nosso treinador fez um excelente trabalho e a classificação vai ser o resultado dos nossos treinos”, diz Ian Paim, capitão da Flotilha.

Momento de intervalo em Long Beach, na Califórnia 

“No dia 31 deste mês terá início o Mundial de 29er em Long Beach, na Califórnia. Estamos sendo representados por duas excelentes duplas que temos certeza farão um belo campeonato, trazendo na bagagem de volta a Porto Alegre muita experiência adquirida nestes dias de convívio com os melhores velejadores mundiais da classe.

Ficamos na torcida para que tenham uma grande competição. Bons Ventos!”

Vice-comodoro Esportivo, Rodrigo Castro

 

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Guilherme Plentz surpreendeu
no Brasileiro de Windsurf

Não faltou bom resultado na estreia de Guilherme Plentz no seu primeiro Campeonato Brasileiro de Windsurf. Na competição, realizada entre a sexta-feira (21) e domingo (23), Guilherme competiu, pela primeira vez, na classe RS:X na praia de Itamaracá, em Pernambuco, marcando um quinto lugar na classificação geral e subiu ao pódio, em terceiro lugar, na Juvenil. “Me surpreendi bastante com o resultado. Fui para aprender porque comecei agora e acabei indo melhor do que eu esperava”, disse o atleta. 

  Com apenas três meses no windsurf, “Gui”, o único representante da classe no Rio Grande do Sul,         não  se intimidou em meio a veteranos e outros iniciantes dos estados de Pernambuco, São Paulo,       Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe e Minas Gerais. No total, foram 27 competidores.

  Ele começou a gostar do windsurf logo depois de deixar a classe Optimist, onde velejou por sete           anos: “Como sempre fui um apaixonado pelo windsurf, treinar não é algo que veja como um                   compromisso, mas um prazer”. De volta a Porto Alegre, “Gui” já voltou a treinar e se prepara para a      Copa da   Juventude, de 2 a 8 de setembro, em Recife, também em Pernambuco.

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João Emílio rumo à Holanda

Em fase de treinamentos, João Emilio Vasconcellos se prepara como um dos dois representantes do Brasil para o Mundial de Vela Jovem, na Holanda. Ele acaba de passar, a convite da Confederação Brasileira de Vela, por um treino especial, entre a última sexta-feira (21) e terça (25), no Iate Clube do Rio de Janeiro.

“A gente teve bastante treinos táticos para simular regatas como se fosse mesmo um campeonato”, contou o jovem atleta, que ficou entre os 22 melhores do mundo na classe Laser Radial no Mundial da Juventude, em Auckland, na Nova Zelândia, em dezembro de 2016.

Já são mais de 280 atletas inscritos no masculino até 19 anos e 111 no feminino. O Campeonato será realizado na cidade de Medemblik, entre os dias 11 e 18 de agosto. João Emílio embarca no dia 6 para o país. O outro representante brasileiro é Andrey Godoy, de Foz do Iguaçu.

Parabéns Tiago Brito e Antônio Rosa!

Os atletas do Jangadeiros são os campeões da primeira Snipe Challenge, que ocorreu no último final de semana (22 e 23), no Iate Clube do Rio de Janeiro. A competição, de grande prestígio na classe, contou com a
participação de 33 barcos.

O torneio também serviu de teste para o próximo desafio da dupla, o tão esperado Mundial de Snipe, em La Coruña, na Espanha, entre 6 e 11 agosto.

“Ficamos muito felizes com essa vitória, pois estávamos velejando com grandes nomes da classe e ainda era um campeonato com um modelo totalmente novo para nós, em um esquema mata-mata, diz Antônio Rosa.

Dupla no Iate Clube do Rio de Janeiro (segundo e terceiro, da esquerda para direita)

 

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Dica Cultural

Neste final de semana (29 e 30), a Jangada News sugere uma visita ao Theatro São Pedro para assistir a peça de teatro o Escândalo Phillipe Dussaert. Primeiro trabalho solo do ator e diretor Marcos Caruso – 35 peças e 40 anos de carreira – o espetáculo explora com humor os limites e conceitos da arte contemporânea a partir da polêmica trajetória do pintor francês Phillipe Dussaert, perfeito copista de quadros célebres de Da Vinci, Manet e Cézanne. O monólogo assinado por Jacques Mougenot está a quase dez anos em cartaz na França.

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Coluna Paulo Gasparotto, 25 de julho

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