Jangada News – 11 de março de 2016





Jangada News
Newsletter do Clube Jangadeiros . Porto Alegre . Edição 11 de março de 2016

Jangadeiros presta homenagem aos seus atletas e inicia comemoração de 75 anos

Convide sua família e venha participar, neste sábado (12), no restaurante do Continente, a partir das 20h, do jantar que irá prestar uma justa homenagem aos iatistas que tanto tem honrado o nome do Clube em competições nacionais e internacionais. O evento também dará início à série de iniciativas que a partir de agora irão coroar a história de 75 anos do Jangadeiros, a ser comemorado em dezembro – um orgulho para o Rio Grande do Sul e para o Brasil pelo seu pioneirismo e conquistas no mundo da vela. O ano comemorativo é de todos nós !!!

Interessados, entrar em contato com o setor de eventos: 3094-5752

Confira os homenageados

Alexandre Paradeda / Ana Luiza Barbachan / André Fonseca / Átila Pellin / Breno Kneipp / Carlos Henrique de Lorenzi / Fabio Pillar / Fernanda Oliveira / Ian Paim / Luis Alberto Soni Aydos / Marco Aurélio Paradeda / Maria Krahe / Nelson Piccolo / Pedro Zonta / 
Peter Nehm / Rodrigo Link Duarte / Tiago Brito

 Chegando a XXII Copa Cidade de Porto Alegre de Vela de Oceano!

 
Agenda tradicional e de destaque na programação do 244º aniversário da capital, no próximo final de semana (19 e 20 de março), o Jangadeiros será, mais uma vez, sede da XXII Copa Cidade de Porto Alegre de Vela de Oceano, a XI Regata em Solitário e a XVI Regata Velejaço.

As inscrições para as regatas das classes Oceano e Solitário se estendem até às 11h de sábado (19), nas secretárias esportivas do clubes filiados. Já as inscrições do Velejaço estão abertas até as 11h de domingo (20). O preço por tripulante é de R$30,00. A premiação será no final do evento, às 19h30min, na sede da Ilha. Em 2015, o evento reuniu mais de 150 velejadores.

Informações: http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2016/02/AR-Copa-Cidade-Porto-Alegre-2016.pdf

 Entrevista: Fernanda Oliveira e Ana Barbachan


Confira o bate-papo do Jangada News com as nossas atletas olímpicas, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan.

Como começou a história no Jangadeiros?

Fernanda: Eu comecei a velejar no Clube com 11 anos, em uma dessas colônias de férias, quando a vela se tornou minha paixão e em seguida já comecei a competir na Classe Optimist. Ganhei um campeonato europeu em 2005, quando eu tinha 14 anos, e um pouco mais adiante comecei na classe 470, que é a nossa atual categoria. Participei das últimas quatro Olimpíadas, a última com a Ana Barbachan, então, neste ano de jogos, é a primeira vez que vou conseguir repetir minha dupla. Até esta edição, foram quatro participações com quatro parceiras diferentes. Acho que isso será um trunfo pelo trabalho que conseguimos desenvolver de longo prazo, fortalecendo a nossa parceria e crescimento. A gente gosta muito de poder estar aqui, na nossa casa, no Jangadeiros, que é onde a gente treina, onde estão as nossas coisas.

Ana: Cheguei no Jangadeiros no final de 2008 a convite da Fernanda e do técnico Paulinho para começar a campanha de Londres. Sempre frequentei o Clube, meu vô era sócio, minha mãe era sócia quando era guria. Na verdade, comecei na escolinha no Veleiros, mas sempre me envolvia muito com a turma do Jangadeiros. Em nossas viagens de Optimist, íamos todos juntos, porque eram duas flotilhas pequenas. Comecei a velejar e fazer escolinha com 11 anos. Essa será a minha segunda Olimpíada

Como funciona o treinamento de vocês?

Dupla: Temos uma rotina de treinos, tanto em água, quanto em terra, que é a preparação física bem específica para a função que cada uma desempenha dentro do barco. E mais um trabalho preventivo de fisioterapia, que independente de estarmos lesionadas, frequentamos todos os dias da semana.
Treinamos na água, geralmente pela tarde, pode ser aqui em Porto Alegre ou no Rio. E a nossa rotina que antecede as competições varia, focamos mais em uma parte ou em outra. O Paulinho, nosso técnico, nos acompanha no bote, também tem um técnico espanhol, Eneco Fernandez, que nos auxilia demais em algumas partes mais técnicas. Em um alto nível é importante ter mais de um técnico.

E a parte psicológica?

Fernanda: Fizemos trabalhos individuais e em grupo. Muitas vezes o psicólogo acompanha as competições para entender o funcionamento. Ele também participa das reuniões com o técnico para ver de perto a nossa dinâmica, o que nos preocupa, onde ficam os acertos, os erros e a forma como lidamos com tudo isso. Hoje, o Comitê Olímpico ajuda disponibilizando o psicológo Lucas, que representa um voto de confiança em nós.
Ana: O nosso psicólogo Lucas trabalha com a Fernanda desde 2005 e comigo desde 2009. Isso é muito importante, porque na hora da competição faz a diferença. Hoje o esporte está muito profissional, todos os competidores estão preparados para qualquer situação. O que diferencia é como cada um vai viver as situações. É preciso ter a cabeça no lugar.

Como será competir nas Olímpiadas no Brasil?

Fernanda: Acho que só vamos saber lá. Quem conseguir vivenciar as Olimpíadas 2016 da forma mais natural possível será mais beneficiado. Os jogos já são uma competição única, com muito estresse e cobrança, muita mídia, o que não estamos acostumadas a ver na vela. Acho que o nosso desafio e o de todos os atletas é transformar essa energia, essa ansiedade e essa torcida em combustível. Temos que fugir um pouco daquele lado da expectativa, da pressão, da perfeição, do nervosismo. Hoje estamos mais preocupadas com o nosso foco, porque se vacilarmos, é fácil se perder.

Janga disputa Sul-americano de Optimist no Equador

Após o grande desempenho dos nosso jovens atletas no Campeonato Brasileiro de Optimist e da Copa Brasil de Estreantes, em janeiro, chegou a vez do Sul-americano de Optimist, em Salinas, no Equador, entre os dias 18 e 26 de março. Aqui do Janga, participarão os velejadores Gabriel Kern, atual vice-campeão brasileiro da classe, Vinicius Koeche, grande campeão da Copa Brasil de estreantes e Luiza Moré, campeã da categoria infantil/feminino do Brasileiro. Quem comandará esse super equipe será o super técnico Átila Pellin.

As regatas classificatórias serão em trapézio e a final será em curso estibordo “S”. Segundo a organização do evento, estão previstos ventos de 5 a 8 nós e temperaturas entre 20 e 25 graus. 

Para nossos bravos velejadores, bons ventos!

Informações em: https://optibra.files.wordpress.com/2013/09/16-sams-nor-v8.pdf

Resultados da  Abertura de temporada FEVERS

No Laser 4.7, João Emilio Vasconcellos, do Jangadeiros, ficou em 1º lugar; no Radial Henrique Dias, do Veleiros, também em 1º; no Standard, Alan Willy, do VDS, foi o vencedor. Na classe Snipe, chegaram na frente Fernando Kessler e Pedro Zonta, do Janga; na 29er mais uma vez deu Janga com Breno Kneipp e Iam Paim.

Outros destaques: 420, Tiago Quevedo e Erik Hoffmann (VDS); Dingue, Andre Corte e Heraldo Serafini, (SAVA). No Optimist novamente nossos atletas brilharam: Vinicius Koeche (veteranos) e Pedro Foernges (estreantes).

Súmulas: http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Resultados-ABERTURA-DE-TEMPORADA05-e-06032016.pdf

Capitão Márcio e equipe do Janga resgatam tripulação de naufrágio na praia de Itapuã

Depoimento: Christina Silveiro, gerente do Jangadeiros

“Na madrugada da sexta-feira (4), quando os ventos sopravam por volta de 40 nós, o Clube dos Jangadeiros mobilizou dois funcionários para ajudar no resgate de uma embarcação que estava com riscos de naufrágio. O capitão informou que a âncora havia garrado e que o casco estava batento em pedras na proximidade do farol de Itapuã com dois tripulantes a bordo.

Depois do último contato, ficou difícil a comunicação pela distância, escuridão e mal tempo e os contatos passaram a ser por whatsapp. O Jangadeiros mandou mensagem dizendo que estava a caminho e que eles se mantivessem calmos e aquecidos.

Ainda com a preocupação de realizar o salvamento com sucesso e segurança, buscamos o apoio do nosso associado e experiente navegador, o capitão Márcio Lima, que prontamente se colocou como voluntário. Por volta das 5h30min, após uma navegada muito difícil até o farol de Itapuã, com vento do quadrante Sudeste, os infláveis de resgate chegaram até o veleiro avariado. Com cuidado, foram realizados reparos improvisados no casco para que o barco pudesse ser rebocado até o Clube Náutico Itapuã sem riscos. Os barcos permaneceram atracados até sábado, quando as condições metereológicas foram favoráveis para trazer o barco avariado até o estaleiro do Jangadeiros.

A experiência e a coragem para enfrentar a difícil situação encontrada pelos funcionários e o capitão Márcio foram fundamentais para o sucesso desta operação. Esses heróis que saíram de suas casas para resgatar os velejadores, merecem todo o nosso agradecimento e reconhecimento. Muito obrigada Marcelo, Fabiano e Marcio!”

 Conquistanto o Bojuru

Relatos do iatista Paulo Angonese

“Finalmente! Norte do Bojuru conquistado!

Não nego a atração que sempre tive por este lugar. Tão perto, mas sempre cruzando ao largo, ao longe, sempre de viagem, sem tempo. Água rasa e desabrigada do predominante leste.
Depois de participar do 49º Encontro da Vela em São Lourenço do Sul e reencontrar os amigos, a previsão perfeita. Folguei toda a semana, uma frente na segunda e previsão de vento Sul para terça, quarta já mais fraco. Próximo tempo ruim seria só no sábado. Aproveitando o rebojo, eu e minha esposa, Cinthia, atravessamos a lagoa rumo a Barra Falsa na terça, como um bólido translagoa.

Antes de entrar na Barra Falsa um pequeno incidente, mas assustador. Ao clicar no botão para levantar um pouco da quilha, este trancou e não percebi. O cheiro de queimado nos assustou, mas logo percebemos o problema. Resultado: quilha toda em cima. Abrigamos-nos do Sul no fundo da Barra. Mas não poderíamos navegar com segurança com toda a quilha em cima. O Bojuru não me quer. A não ser que ocorra uma calmaria na quarta. E aconteceu!

Depois de explorar com stand-up o lado sul da Barra, nos tocamos para o norte do Bojuru.
Contornado o banco consegui achar o alfaque e entrar nas águas mais profundas no interior do banco.

Visitamos a ilhota com as ruínas do farol, caminhadas na ponta, depois exploramos a maravilhosa praia de areias brancas e finas da baía norte, com as enormes dunas ao fundo. Que privilégio!

Antes que entrasse o leste mais forte da tarde me mandei, de volta ao abrigo da Barra Falsa. Mas não antes de uma exploração a pé tentando achar uma entrada com água suficiente para a lagoa interna do Bojuru. Não teve jeito, água abaixo do joelho. Mas só o canto que paramos tocando o barco até encalhar na praia já valeu. No dia seguinte, tinha previsão de vento fraco pela manhã.

Depois iria sempre apertando até sábado. Chegou a hora de atravessar a lagoa sem baixar a quilha. Assim ainda conseguiríamos explorar o Saco do Caipira ao norte de São Lourenço. Poderia até baixar a quilha, mas não conseguiria erguer mais. Em São Lourenço, o amigo Rogis já aguardava para dar o apoio necessário para o reparo. Caso contrário, botaria o projeto Mirim 2016 sob risco.

Mais um local encantador de nossa lagoa a visitar. Mas não para maiores calados, com certeza. Lá encontramos André Oliveira com D21 Catuípe dando uns bordos solo. Após retorno, a SLS descendo bem perto de uma costa com praias lindíssimas. Fomos ao simpático Iate Clube de São Lourenço, onde a Faina foi fazer o reparo.

Obrigado pelo apoio amigos, Robinson, Rogis e Raul. E Mirim 2016, lá vamos nós.”

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