Inspirado em Thomas Edison

Fã do famoso inventor, o vice-comodoro de Desenvolvimento e Marketing, Guinther Staub, recebeu a medalha Jorge Gerdau por defender a bandeira da inovação e da qualidade

Às vezes um livro muda uma vida. Ou a define. Foi o caso de Gunther Staub, vice-comodoro de Desenvolvimento e Marketing do Jangadeiros. “Foi uma biografia do inventor Thomas Edison que caiu na minha mão aos 14 anos. Me recuperava de uma cirurgia de apendicite. Quando morreu, ele deixou 3.600 patentes registradas”, conta. “Desde aquela leitura e com os ensinamentos da família em qualidade procurei inovar e criar coisas”.

A vida dedicada à inovação foi reconhecida na última terça-feira (5) com a Medalha Jorge Gerdau, distinção que reconhece empresários e organizações que mais se destacam na implantação de melhorias contínuas na gestão pela qualidade. A homenagem foi feita durante a entrega dos troféus do 22º Prêmio Qualidade RS, promovido pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP).

Outra inspiração: Leonardo Da Vinci 

É quando fala de inovação que ele também fala de Thomas Edison, o americano inventor da lâmpada elétrica, do projetor de cinema e de incontáveis entre o final do século XIX e o começo do século XX. “Duas pessoas marcaram a história da inovação: o grande artista e inventor, Leonardo Da Vinci, e o Edison.Os dois foram inquietos desde criança. Edson mal saiu do casamento, foi fazer uma invenção e voltou três dias depois. Até tinha uma pequena cama na oficina, onde ele dormia para não precisar voltar para casa”.

O exemplo do famoso inventor também serve para explicar como funciona a inovação. Embora tenha criado 3.600 inventos, Edison costumava dizer que também fracassou mais de dez mil vezes. “Ele errava e ficava perguntando: onde foi que eu errei? É um dos princípios da inovação e uma diferença para o Brasil”, explica “Quando dá errado nos Estados Unidos, as pessoas se abraçam e vêem onde erraram. No Brasil, não se abraçam e começam a criticar quem errou”.

“Nos anos 50, nossa produtividade era semelhante à da Coreia do Sul e do Japão. Hoje eles estão na frente e nós estamos um pouquinho acima de 1950″.

No caso do Brasil, Staub vê o país tomado por ilhas de inovação, citando a fábrica de aviões Embraer e áreas de excelência como siderurgia, agronegócio, veículos e vinhos. “Nos anos 50, nossa produtividade era semelhante à da Coreia do Sul e do Japão. Hoje eles estão na frente e nós estamos um pouquinho acima de 1950. Fala-se muito em inovação no Brasil, mas enquanto estamos falando, alguém já inventou alguma coisa”.

O Jangadeiros, na visão do sócio, consegue se destacar como um clube inovador. “A história do Clube é vitoriosa. É um dos clubes náuticos que mais conquistou medalhas e tem a Escola de Vela Barra Limpa formando atletas há mais de 40 anos”. Além de vice-comodoro, é um sócio antigo, já jubilado. “Meus filhos, Luis Fernando e Flávio Ernesto já velejaram pelo Clube”, diz.

Fora do Jangadeiros, é diretor da Staub Comunicação e Marketing e há 15 anos atua como voluntário no PGQP, no qual também integra o Comitê de Inovação, além de participar e ter cadeira de conselheiro em uma infinidade de outras instituições.

“O PGQP serviu de base para montar a Fundação Nacional de Qualidade. É um modelo para outros programas. Às vezes me pergunto o que seria do Rio Grande do Sul sem o PGQP”.