De carro ou de barco, lá vai Paulo Vier

Velejando com os amigos ou em seu motor home, o sócio é um conhecedor das belas paisagens do Brasil ou da América do Sul. Na terra ou na água, o sócio Paulo Vier costuma ir longe. Literalmente. Dono de um motor home, uma casa sobre rodas, há 15 anos ele viaja pelo Brasil e pela América do Sul, conhecendo de geleiras a desertos.

“Eu tenho esses hobbies. a vela e o motor home. Sou campista de motor home, uma coisa que gosto  muito e que até tem prejudicado minhas atividades náuticas”, brinca Vier, 68 anos, engenheiro químico  aposentado que descobriu nas viagens uma maneira de conhecer o continente e se aventurar, seja com  os amigos, de barco, ou com a esposa, Vanda, de carro.

Já viajou, assim, três vezes de motor home a Ushuaia, a cidade mais ao sul da América do Sul, e à  Patagônia, na Argentina, assim como ao Pantanal mato-grossense, ao deserto de Atacama, no Chile,  ao Recôncavo Baiano. Onde há belezas naturais, lá está Vier e seu veículo.

“Acho que conheço mais o Chile e a Argentina do que o Brasil. A Patagônia em si é uma região linda,  apesar de árida. A Carretera Austral (uma estrada de 1.240 quilômetros que corre pela verde Patagônia  chilena de Puerto Montt, à beira do Pacífico, até o sul do país) é uma espécie de Transamazônica  chilena”.

Viajar de carro inclui algum desconforto, mas o casal jamais reclama. “Tem que ser meio desprendido e  não se importar de estar com as mãos sujas sempre. Antigamente, eu dormia na barraca. Hoje procuro  passar a noite onde tem postos de gasolina”.

Nas viagens, Paulo e Vanda não têm pressa. Ir a Ushuaia, com suas montanhas nevadas, o trem do fim  do mundo e as geleiras, não costuma levar menos de 35 dias – são 13 mil quilômetros. É uma aventura  que já foi mais difícil, mas que hoje conta com uma estrada asfaltada e em ótimas condições; “Eu passei  em janeiro e já está 95% asfaltada. A não ser que o cara queira voltar pela Rota 40, que corre junto com  a cordilheira, é uma viagem bem tranquila. A Patagônia é um lugar bastante seguro”.

Estar na própria casa sobre rodas é uma vantagem sobre o turismo convencional. Enquanto as levas de  visitantes que chegam a Puerto Madryn, na Argentina, fazem idas rápidas à “pinguinera”, onde vivem os  pinguins, Vier e a esposa mais de uma vez já passaram a noite no local. “Uma coisa é visitar, ficar duas  horas e ir embora. Outra é dormir lá. Em Cabo dos Bahias (em Chubut), dá até para se meter no meio  dos bichos”.

Além da Patagônia, destaca a beleza de algumas paisagens brasileiras: “Eu gostei muito da Chapada  Diamantina. É muito espetacular. Bonito e incrível”.

Já as viagens de barco envolvem outro tipo de aventura. Na companhia dos amigos, Vier conhece rios e  lagoas. Por exemplo: no Graxaim, barco do sócio Luiz Fernando Schram Pereira, conheceu a Lagoa  Mirim. E quanto à esposa? “Nas velejadas, ela não gosta de ir. Navega muito por aqui”.