Cláudio e Lucy Aydos, o casal Jangadeiros

A ligação de Cláudio Alberto Aydos com o Clube dos Jangadeiros  se dá aos treze anos e a partir do dia da fundação do clube, levado pelas mãos do seu pai, Alberto Dubois Aydos (presidente do Conselho Deliberativo). “A festa de fundação do Clube dos Jangadeiros aos olhos de um garoto de 13 anos foi um deslumbramento. Eu nunca tinha visto tanta gente reunida, nem tanta alegria numa reunião. Lembro-me como se fosse ontem do doutor Nilo Ruschel junto àquela porta lateral da Sede do Continente e, transformando a escadaria como um palanque, fazer a leitura do discurso inaugural. Se sua vida é a própria história do clube, é bem verdade que nesta travessia uma pessoa muito especial esteve sempre ao seu lado: a esposa Lucy Aydos, que conheceu quando fazia parte do Departamento Feminino de Vela e competia como timoneira no barco. Hoje, entre suas rotinas no clube, são vistos no salão do Continente, em nosso restaurante, durante o almoço. E passeiam pela ilha, como sempre fizeram ao longo deste tempo.CASAL AYDOS_01

Talvez nenhuma outra entidade, até hoje, tenha sido cercada, no seu nascedouro, de tanto otimismo e de tanta unanimidade” recorda Aydos um trecho da fala de Ruschel na ocasião do ato de fundação, em sete de dezembro de 1941. Otimismo este que já estava no sangue do ainda menino velejador, batizado nas águas do Guaíba em seu primeiro Biguá, um barquinho de apenas três metros. E onze anos mais tarde, em 1952, 24 anos, assumia sua primeira Vice-Comodoria ao lado de Walter Günttler, Comodoro daquela gestão. E não parou mais de participar e de se envolver com todas as atividades do clube, em especial, pelo Departamento de Vela. Hoje, aos 86 anos, Cláudio Aydos é a memória viva do clube, conhecedor das lutas e dedicação das Comodorias ao longo destas sete décadas. E como ele mesmo diz: “cultivar a história e a tradição é sempre muito importante porque, se os pessimistas dizem que quem esquece o passado está condenado a revivê-lo, mas como otimista que sou, prefiro dizer que quem não esquece o passado, tem história para contar”.

E são muitas as histórias e estórias neste universo de vela e de navegação que o Comandante do Minuano e o sempre Vice-Comodoro Cláudio Aydos não deixa no esquecimento aquele menino de calças curtas que hoje é vivido pelo seu neto, o Silvaninha (Lucas) na classe Optmist, a quarta geração da família Aydos.  São 60 anos de convivência e três filhos:  Luiz Alberto (Xumbico), Carlos Alberto (Cabeco) e Jorge Alberto (o Silvana) e três netos:  Luiza, Maria Eugênia e Lucas, o herdeiro do avô Cláudio que mantém o barco na água e o espírito da família pela prática do esporte de vela.