2º Descobrindo a Vela no Jangadeiros reúne mais de 120 crianças

Presença dos campeões olímpicos Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze foi atração deste ano

Pelo segundo ano consecutivo, o Clube dos Jangadeiros abriu as portas para receber a comunidade no Descobrindo a Vela. Iniciativa construída e idealizada pelo Diretor da Escola de Vela Barra Limpa, Alexandre Paradeda, em conjunto com a comodoria do CDJ, tem como objetivo apresentar a jovens de 7 a 14 anos o maravilhoso mundo dos esportes náuticos através de uma velejada gratuita pelo Guaíba. Em sistema de rodízio, os pequenos se revesaram nos barcos, dando oportunidade de todos sentirem o gostinho de navegar.

Em 2017, a novidade é que os pais puderam acompanhar seus filhos de perto durante o trajeto. Eduardo Marquetti, pai da Beatriz e da Luisa acredita que as filhas tenham aproveitado a experiência. “Tudo o que é novidade, apresenta desafios, é válido. É o primeiro contato delas mais próximo com os barcos e achei muito positivo e creio que vai acrescentar bastante na vida delas, quem sabe elas não seguem navegando?”, conta Marquetti.

Jaime Pehls, pai do Guilherme, gostou tanto da velejada que pretende se associar no Jangadeiros. “Foi tudo de bom! O Guilherme adorou! Vamos até comprar um título aqui no Clube”, adianta Pehls.

Após o passeio de barco e o lanche com cachorro-quente e refrigerante, as famílias participaram de um bate-papo com os atletas olímpicos, Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze. Uma oportunidade única de ver de perto o maior medalhista brasileiro e as únicas mulheres a vencerem uma Olimpíada.

Entre uma resposta e outra, o multicampeão Robert Scheidt deu um conselho a quem está iniciando no esporte. ” A criança que vai velejar não tem que ter o intuito de virar um campeão, mas de ter prazer naquilo e viver em um ambiente saudável para, aos poucos, criar o instinto competitivo. Mas isso é até secundário. O principal é você aprender um esporte novo e maravilhoso como é a vela”.

Um momento que causou bastante movimentação no interior da Escola de Vela Barra Limpa, foi quando Martine anunciou que Kahena havia trazido a medalha de ouro olímpica. Foi só a campeã mostrar o objeto dourado para que  os jovens pedissem para tocar e tirar fotos com ele.

Satisfeito com o resultado do evento, Xandi agradeceu a participação dos atletas olímpicos e enalteceu os benefícios que a vela podre trazer aos jovens. “Fico feliz que conseguimos atingir mais jovens que no ano passado e assim mostrar o nosso esporte para um maior número de pessoas. Tenho certeza que a presença do Robert Scheidt, da Martine Grael e da Kahena Kunze colaborou e muito para esta presença em peso e por isso só tenho a agradecer a esses campeões. A vela é uma modalidade que pode vir a ter uma importância muito grande na educação de uma criança, transmitindo valores como: poder de decisão, respeito e cuidado com a natureza e responsabilidade com teu próprio barco. Além disso, é uma oportunidade de acabar com o tempo ocioso do jovem, que, hoje em dia, é um grande perigo da nossa sociedade”, finaliza Xandi.

Luíza Demoliner com a medalha de ouro

Luíza Demoliner com a medalha de ouro

Em entrevista, Robert Scheidt fala sobre os desafios de competir na 49er e deixa recado para os mais jovens

A partir das 19h de hoje (5), inicia a Copa Brasil de Vela. Mas enquanto os barcos não vão para a água, aproveitamos para falar com o medalhista olímpico Robert Scheidt. Durante a entrevista, minutos antes do treino, ele falou sobre a expectativa de começar em uma nova classe e da importância de preparar as futuras gerações olímpicas do Brasil.

Falando sobre o 2º Descobrindo a Vela no Jangadeiros, evento realizado no Clube neste domingo, ele também relembrou o seu início no esporte. “A vela é um esporte em que você interage com os elementos da natureza e foi isso que sempre me atraiu quando eu era jovem e começava no Optimist. Eu gostava do simples fato de colocar o meu barco na água e usar a força do vento, interagir com o ambiente”.

Confira a entrevista completa a seguir.

Como está sendo esse desafio de competir na 49er depois de tanto tempo no Laser?

É bem motivador! Eu que sempre velejei em barcos lentos, que possuem uma tática diferente, agora inicio em um extremamente rápido, com três velas e proeiro, que requer muita agilidade. É uma mudança grande, mas estou gostando muito. Tenho a sensação de que me completa como velejador aprender a competir em um barco assim. Ainda é cedo, eu velejei poucas vezes na 49er, então tenho muito o que melhorar, mas tenho um excelente proeiro, o Gabriel, com uma boa bagagem, o que ajuda muito. Estou bem feliz em estar aqui, em Porto Alegre, um lugar que sempre tive prazer em competir.

E o que tu podes nos dizer sobre essa raia aqui do Guaíba em que vais competir?

É uma raia muito dinâmica e, pelo Guaíba ser raso, há uma onda picada que dificulta bastante a condução do barco. O vento também é bom, mas você tem a chance de ter uma semana de vento fraco. Então, basicamente é preciso estar pronto para tudo aqui.

Até ontem tivemos o Brasileiro de 29er aqui no Jangadeiros, uma classe jovem que é como uma preparação para a 49er. Que recado você pode deixar para essa nova geração?

Eu acho que o 29er é um barco muito bom, especial para você ir ganhando experiência, já com proeiro e com balão assimétrico, em um esquife, que é o mesmo modelo do 49er. Então, começar cedo nesse barco já é um grande passo. Espero que a gente estimule cada vez mais essa classe, que precisa crescer bastante para depois termos esses velejadores migrando para a 49er, que aí o sonho olímpico começa a ser despertado.

Hoje tivemos o Descobrindo a Vela, que abriu as portas do Jangadeiros para os pequenos. O que a vela pode trazer para essas crianças?

Acho que é essa a mensagem: a criança que vai velejar não tem que ter o intuito de virar um campeão, mas de ter prazer naquilo e viver em um ambiente saudável para, aos poucos, criar o instinto competitivo. Mas isso é até secundário. O principal é você aprender um esporte novo e maravilhoso como é a vela.

Breno Kneipp e Ian Paim são campeões brasileiros de 29er

O terceiro e último dia do Campeonato Brasileiro de 29er parecia que seguiria o mesmo caminho da sexta-feira: pouco vento e previsão de chuva forte. O panorama desenhado angustiava os atletas que já estavam com seus barcos na água esperando por uma condição mínima para largar, e ela veio. Depois de cerca de 20 minutos, um Nordeste de intensidade moderada entrou e quatro provas puderam ser realizadas, somando sete no total. Melhor para a dupla do Jangadeiros, Breno Kneipp e Ian Paim, que assim conseguiram o número mínimo de regatas para um descarte e sagraram-se campeões.

“Em nenhum momento ficamos preocupados com a nossa largada queimada no primeiro dia e a consequente punição. Tínhamos certeza que havia ainda muito campeonato pela frente e precisávamos seguir tranquilos para realizar o nosso melhor, e foi o que aconteceu “, conta Ian. Com o descarte, a dupla somou 9 pontos, três a menos que Lorenzo Bernd e Phillipp Rump, também do Clube dos Jangadeiros, que ficaram em segundo, e oito a menos que Lucas Cazale e Richard Freitas Hilbert, do Iate Clube do Rio de Janeiro, que completaram o pódio.

“Foi um campeonato muito técnico, onde conseguimos seguir a nossa estratégia traçada a risca. Estamos muito felizes de deixar este título aqui em casa, no Jangadeiros, ainda mais com a presença de nosso familiares e amigos”, diz Breno.

Sempre entre os três primeiro colocados nas sete regatas, a dupla formada por Lorenzo Bernd e Phillipp Rump ficou contente com o resultado. Por estarem treinando juntos há pouco mais de duas semanas, os jovens atletas do Jangadeiros acreditam que eles têm muito a crescer ainda juntos. “O primeiro dia de campeonato foi nossa quinta velejada juntos e já veio este resultado expressivo. Nossa comunicação no barco fluiu muito bem e esperamos que possamos fortalecer esta parceira para o Sul-americano da classe no final do mês”, fala Lorenzo.

Para a dupla carioca terceira colocada, que também se formou há pouco tempo, não ter arriscado um pouco mais, especialmente nas largadas pode ter sido o que faltou para atingirem um lugar mais alto no pódio. Além disso, Lucas Cazale e Richard Freitas Hilbert destacaram a diferença entre as raias do Guaíba e do Rio de Janeiro, onde costumam treinar.

“Aqui, por se tratar de água doce, o barco afunda um pouco mais. Então, sempre procuramos andar rápido, às vezes orçando também, para tentar evitar a perda de desempenho”, revela Lucas.

Confira a classificação completa aqui

Pódio do Brasileiro de 29er 2017

Pódio do Brasileiro de 29er 2017

Próximo Campeonato Brasileiro de 29er será em São Paulo

Terminado o III Brasileiro de 29er, agora é olhar para frente. Satisfeito com o crescimento da classe – a edição do campeonato nacional deste ano foi a com maior número de barcos, 14 – o presidente da classe Hans Hutzler já confirmou a sede da competição em 2018. “Será no Yacht Club Santo Amaro (YCSA), em São Paulo. Acreditamos que o estado paulista tem um potencial imenso de crescimento e esperamos que também seja um sucesso como foi aqui no Jangadeiros. Ainda não há uma data definida, pois precisamos dar uma olhada no calendário de competições do ano que vem”, informa.

João Kraemer e Daniele Capiotti são terceiro lugar no Sulcat 2017

Os atletas do Clube dos Jangadeiros seguem fazendo bonito neste 2017, conquistando grandes resultados Brasil a fora. Hoje (4), a dupla formada por João Kraemer e Daniele Capiotti ficou em terceiro lugar no Campeonato Sul-Brasileiro de Hobie Cat 16 – realizado no Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha – em Florianópolis. Os gaúchos somaram 13 pontos em nove regatas e ficaram atrás apenas de Felipe e Geisa Frey, de São Paulo, e dos campeões Ricardo Augusto Halla e Marcela Pereira, de Santa Catarina.

Durante os três dias de competição o vento deu um show a parte. Com intensidade progressiva, ele começou com 10 nós, passando para 18 no segundo dia e chegando a incríveis 23 nós no terceiro.  A força do vento no último dia, inclusive, provocou avarias em alguns barcos. A água quente e cristalina e as belas paisagens da Ilha da Magia também foram destaques do Sulcat 2017.

João e Daniele foram os mais bem colocados da flotilha do Jangadeiros, mas os outros membros também representaram muito bem as cores do Clube. Mario Dubeux e Karoline Bauermann (4º), Aleks Vasconcellos, que competiu ao lado de Flávia Castro, de Santa Catarina, (10º), Clóvis de Oliveira e Kátia Debus (11º), Eduardo Citolin e Nathassia Aurich (12º) e Mário e Sandra Saffer (13º) também desempenharam um ótimo papel.

Terminado o Sul-Brasileiro as atenções voltam-se para a principal competição nacional da classe neste ano acontece, que, por sinal, acontece no Jangadeiros. O Brasileiro de Hobie Cat (Brascat) será realizado entre os dias 10 e 18 de novembro.

O Aviso de Regata já está disponível, para conferi-lo clique aqui.

João Kraemer e Daniele Capiotti em ação no Sulcat 2017 Foto: Gabriela Vera

João Kraemer e Daniele Capiotti em ação no Sulcat 2017 Foto: Gabriela Vera

Contagem regressiva: falta um dia para a abertura Copa Brasil e a Copa Brasil de Vela Jovem

 João Emilio Vasconcellos e Guilherme Perez que defenderão o Clube dos Jangadeiros no Laser Radial falam de suas expectativas para a competição

Falta pouco e está sendo difícil conter a ansiedade para que os barcos caiam nas águas do Guaíba e então se dê o início das duas maiores competições do calendário náutico nacional. No domingo, a partir das 19h, acontecerá a cerimônia de abertura oficial e na segunda-feira já se iniciam as regatas.

Treinando forte desde o início do ano, João Emilio Vasconcellos e Guilherme Perezparticiparão da II Copa Brasil de Vela Jovem, onde defenderão o CDJ na classe Laser Radial. Feliz por competir em casa, Joanete – como João Emilio é conhecido no esporte – está confiante em seu desempenho.

“Minha expectativa para a Copa Brasil é das melhores, pois estarei competindo no local onde velejo há bastante tempo. Estar com os amigos e, ao mesmo tempo, fazendo o se gosta é muito bom e não tem preço”.

A Copa Brasil de Vela Jovem será a segunda competição oficial onde os novos barcos, trazidos junto ao convênio com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), serão usados. Perez acredita que com os modelos recém-chegados as chances de um bom resultado são ainda maiores. “Eles (barcos) serviram de grande ajuda para nos aperfeiçoarmos. Só tenho a agradecer ao Clube por essa oportunidade e espero retribuir essa confiança da melhor maneira possível”.

Ao lado de grande estrelas do esporte, como Robert ScheidtMartine GraelKahena Kunze,Fernanda Oliveira e Ana Barbachan – que competirão na Copa Brasil de Vela -, os jovens atletas do Jangadeiros iniciam sua participação nas regatas no dia 6 a partir das 13h.

Kitesurfe será a novidade

Ao lado de feras do esporte olímpico, pela primeira vez a Copa Brasil contará com a presença do Kitesurfe. Nomes como Arthur VelosoNayara Rocha e Bruno Lobo, este último, o atual campeão brasileiro de Hidrofoil, já estão confirmados e farão suas manobras radicais nas águas do Guaíba.

“Para nós, é super importante ter o kitesurfe presente no principal evento de vela olímpica do país. Temos grandes chances de ter o kite aprovado como evento exibição nos Jogos de Tóquio, portanto, precisamos cada vez mais nos aproximar dos velejadores, de forma a iniciar uma preparação futura nessa importante classe. Estamos muito entusiasmados com a presença dos atletas do kite na Copa Brasil”, afirmou o Diretor-executivo da CBVela, Daniel Santiago.

A competição de Kitesurfe Hidrofoil em Porto Alegre contará com duas categorias: Tubular e Foil. Na primeira, os kites são equipados com velas infláveis, enchidas por uma bomba manual, ao contrário da segunda, em que se utiliza apenas o vento, durante a regata, para inflar as velas, formando uma espécie de parapente. A ideia da Associação Brasileira de Kitesurfe (ABK) é realizar várias outras etapas da modalidade ao longo do ano.

“Vai ser muito legal participar desta Copa Brasil e estamos na expectativa de grandes disputas, sobretudo entre os atletas nordestinos, que andam muito forte, e os do próprio Rio Grande do Sul, que também vêm com força para a competição. Sem dúvida, será muito bom inclusive para que eles se preparem para campeonatos internacionais”, avalia o Presidente da ABK, Augusto Sampaio. Além da competição de Kitesurfe em si, que acontece de 9 a 11 de março, o evento contará com uma clínica para instrutores, ministrada pela ABK, de 5 a 7.

Foto: Alessandro Silveira/ABK

Foto: Alessandro Silveira/ABK

Lorenzo Bernd e Phillipp Rump lideram o Brasileiro de 29er após três regatas

Dupla do Jangadeiros somou sete pontos no primeiro dia de competição

Ele começou rondando bastante, depois diminui de intensidade, quase parando, e voltou com força total depois das 15h. Como sempre, o vento foi quem comandou o ritmo das regatas do Campeonato Brasileiro de 29er. Após uma tentativa de largada ser cancelada após dois barcos queimarem, a primeira prova deu-se início às 14h15min com um vento próximo aos 6 nós.  Depois de duas pernas completadas, o vento parou e a Comissão de Regatas decidiu por anular a etapa em andamento.

Passados alguns minutos, um vento sul entrou e um novo procedimento de largada pode ser iniciado. Daí em diante, São Pedro ajudou e continuou soprando as velas dos barcos 29er. Começou-se então uma disputa acirrada entre três duplas: Breno Kneipp e Ian Paim (CDJ), Lucas Cazale e Richard Freitas Hibert (ICRJ) e Lorenzo Bernd e Phillipp Rump (CDJ). Nas duas primeiras regatas do dia a classificação foi a mesma, sempre com os cariocas em segundo entre as duplas gaúchas.

No entanto, na última prova desta quinta-feira, Breno e Ian, que haviam vencido as duas etapas anteriores, queimaram a largada e foram punidos. Com isso, o caminho estava aberto para Lucas e Richard e Lorenzo e Phillipp para assumirem a liderança do campeonato. Melhor para a dupla do Jangadeiros que venceu a regata, enquanto os cariocas fecharam em quinto lugar.

Hoje, está prevista a realização de, pelo menos, mais quatro regatas. A primeira deve acontecer às 14h horas. O Campeonato Brasileiro de 29er vai até o sábado, dia 4.

Clique aqui e confira a classificação completa após três regatas

Foi dada a largada para o Campeonato Brasileiro de 29er

14 duplas disputam o título da maior competição nacional da Classe

Ontem (2) o belo dia de sol e de alta temperatura em Porto Alegre foram o cenário ideal para o início do Campeonato Brasileiro de 29er. Já bem ambientados ao Clube dos Jangadeiros – alguns atletas passaram a folia do carnaval treinando nas águas do Guaíba – os competidores, ainda pela manhã, participaram do Congresso Técnico, onde o Coordenador da Comissão de Regatas do CDJ, Carlos Henrique de Lorenzi, o Dedá, repassou os procedimentos da competição que se encerra no próximo dia 04. Entre as considerações, o número de 10 regatas foi apontado como o planejado para o torneio.

Logo após a conversa, o Presidente Nacional da Classe 29er, Hans Hutzler convocou uma reunião para se votar na próxima sede do Campeonato Brasileiro. Em um primeiro momento, ficou decidido que São Paulo organizará a competição em 2018, ainda sem data definida. Um novo encontro entre os técnicos e atletas da classe deve ratificar a escolha pela capital paulista.

Encerrada a reunião, deu-se início a cerimônia de abertura do Campeonato, com direito a hino nacional, hasteamento de bandeiras e a fala do comodoro do Clube dos Jangadeiros, Manuel Ruttkay Pereira, que saudou os atletas. “É com grande honra que damos início ao Brasileiro de 29er. Apoiamos e muito esta classe pois acreditamos que ela representa o futuro da vela. Não é por acaso que hoje em dia o Jangadeiros possui a maior flotilha de 29er do país. Bons ventos a todos e que vença o melhor”, deseja o comodoro.

Este protagonismo que o Jangadeiros assumiu na Classe 29er muito se deve ao convênio firmado junto ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). No início deste ano, seis barcos de última geração chegaram ao CDJ por intermédio desta parceria.

A Classe 29er por Hans Hutzler

“Desenvolvida a partir dos skiffs australianos, a classe 29er reúne tudo que há de mais moderno na vela. São barcos extremamente rápidos que propiciam regatas muito mais dinâmicas e agradam a quem vê, produzindo um belíssimo espetáculo. Além disso, é uma ótima alternativa para os jovens que saem do optimist e buscam uma embarcação bastante próxima de uma classe olímpica, como é a 49er. No Brasil, ainda estamos em fase de disseminação da modalidade e este grande aporte do Jangadeiros, tornando-se a maior flotilha do país, é um ótimo incentivo para os demais estados”.

Estima-se que existam cerca de 25 embarcações da classe 29er no Brasil prontas para competir. Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife são as cinco capitais que mais investem na modalidade.

 Hans Hutzler, Presidente Nacional da Classe 29er
Hans Hutzler, Presidente Nacional da Classe 29er

2º Descobrindo a Vela no Jangadeiros terá a participação do multicampeão Robert Scheidt e das medalhistas de ouro olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze e Fernanda Oliveira


No domingo (5 de março), jovens de 7 a 14 anos terão o primeiro contato com o esporte náutico através de uma aula com velejada pelo Guaíba. A iniciativa, aberta à comunidade e gratuita, acontece das 10h às 13h. Inscrições pelo escoladevela@jangadeiros.com.br ou 51-30945770.

O Jangadeiros abre as portas da sua tradicional Escola de Vela Barra Limpa – pioneira no Rio Grande so Sul e uma das mais completas instituições de ensino náutico do país, com 40 anos de atividades – para apresentar a jovens e familiares o esporte da vela. Nesta segunda edição do projeto Descobrindo a Vela no Janga, crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, acompanhados de seus pais, estão sendo convidados a participar de uma aula experimental gratuita que terá a duração de uma hora, com direito a uma deliciosa velejada pelo Guaíba.

“Neste ano, além das crianças, os pais também poderão navegar. Será disponibilizado um barco grande, onde eles acompanharão seus filhos durante a velejada. Os pequenos também vão ter um bate-papo descontraído com grandes estrelas olímpicas como Robert Scheidt, maior medalhista olímpico do esporte brasileiro, Fernanda Oliveira, medalhista olímpica em Pequim 2008, e as atuais campeãs da Olimpíada Rio 2016, Martine Grael e Kahena Kunze, que estarão no Jangadeiros para a disputa da Copa Brasil de Vela, que tem abertura marcada também para domingo, às 19h. É uma ocasião e tanto para essa criançada, além de conhecer o nosso esporte, poder ver e tocar em uma medalha de ouro olímpica”, diz Alexandre Paradeda, diretor da Escola de Vela Barra Limpa.

A partir do Descobrindo a Vela 2016, muitos jovens escolheram o esporte para praticar. É o caso deLuca Phillip Walter, 7 anos. “O Luca já brincava muito de velejar, mas ele queria mesmo era aprender a guiar um barco sozinho. Com isso, depois do Descobrindo a Vela, matriculamos ele no curso de Optimist em 2016 e também no curso de verão no início deste ano. Ele está tão fascinado por este universo que vamos matriculá-lo no dia 12 de março nas aulas que podem incluí-lo na Flotilha da Jangada”, revela o pai, Ricardo Walter.

Com essa interação entre pais, crianças e professores, o Jangadeiros quer mostrar que o esporte da vela estimula valores importantes na vida dos alunos. “Nosso curso tem enfoque no lazer, na diversão com o esporte. Durante as aulas, a garotada aprende conceitos, a montar barcos e algumas práticas do esporte, e o que é mais importante, saem do curso com mais senso de responsabilidade e camaradagem. Eles passam a ter que tomar suas próprias decisões, conquistam amigos, aprendem a cuidar dos equipamentos e a ter cuidados pessoais”, diz Alexandre Paradeda.

A Escola de Vela Barra Limpa

Modelo no Brasil, da Escola de Vela Barra Limpa saíram gerações de atletas que conquistaram títulos nacionais e internacionais, como a atleta Olímpica 2016, Fernanda Oliveira e o multicampeão Alexandre Paradeda. Com a verba conquistada por meio do edital da Confederação Brasileira de Clubes (CBC) para o projeto Preparando o Futuro Olímpico, a escola ganha um significativo impulso de capacitação. Recebeu mais de 35 embarcações para as Classes Optmist Laser, e 29er, além de uma série de novos equipamentos. Inaugurada em 13 de dezembro de 1975, a escola – aberta a sócios e não sócios – foi uma doação fundamental de Werner Hunshe, em homenagem a seu filho Walter, um jovem iatista que tinha o apelido de Barra Limpa.

Programção 2º Descobrindo a Vela no Jangadeiros

Please display images10h às 12h – Jovens de 7 a 14 anos participam de velejada no Guaíba

Please display images12h às 12h30min – Apresentação da Escola de Vela Barra Limpa aos pais

Please display images12h30min às 13h – Bate-papo com campeões Olímpicos

A direita, Luca Walter aprecia a navegada no Descobrindo a Vela no Jangadeiros 2016

A direita, Luca Walter aprecia a navegada no Descobrindo a Vela no Jangadeiros 2016

Última semana de treinos antes do Brasileiro de 29er

Não há mais tempo a perder! A pouco menos de duas semanas do início do Campeonato Brasileiro de 29er, a flotilha do Jangadeiros intensifica o ritmo de treinamentos para a estreia. A competição, que acontece entre os dias 2 e 5 de março, é a primeira do movimentado mês que se avizinha. Além dela, os jovens atletas ainda participarão da Copa Brasil de Vela Jovem (5 a 11 de março) e do Sul-Americano da Classe (22 a 25 de março).

Para preparar toda esta equipe afinada, o auxiliar técnico da flotilha, Lucas Mazim, o Sorriso, conta como está sendo a rotina de treinamentos.

“Na primeira semana fizemos treinos de adaptação – velejadas sem a vela balão e com pouco contra vento – pois a maioria dos atletas ainda é nova na classe. Agora, estamos treinando mais manobras rápidas no leme, como trocar rapidamente de lado no barco, e controle de largada, para eles irem aprendendo a lidar com o balão assimétrico. Também realizamos regatas que simulam um pouco da competição que eles irão encontrar em março”, conta Sorriso.

Além da parte prática, na água, as lições também envolvem a observação de vídeos. O auxiliar técnico se reúne com a flotilha para mostrar regatas de atletas mais experientes e assim apontar os erros e acertos para os jovens. “Por mais tempo de competição que o velejador tenha, ele sempre vai cometer algum deslize. E é isso que eu procuro mostrar para os meninos. A perfeição não existe, mas podemos sempre buscar o mais próximo dela”, complementa.

 

 

 

 

Breno Kneipp: “Por sermos de casa e conhecermos a raia ajuda, mas é preciso ter muita atenção para que esta vantagem faça a diferença. Já estamos bem mais adaptados aos novos barcos, agora a regulagem está perfeita”.

 

 

 

 

Ian Paim: “Com os novos barcos, a flotilha aumentou e agora a competitividade, sempre amigável, de um puxando o outro, fica ainda maior. Isso é fundamental, ainda para mim e para Breno que defendemos o título da Copa Brasil de Vela Jovem. Além disso, vou ter o gostinho de velejar com o meu irmão na 29er”.

 

 

 

 

Vitor Paim: “Vai ser minha primeira experiência na classe. Agora, com um companheiro no barco, é preciso ainda mais atenção e sintonia. Além disso, procuro ouvir os mais velhos. O meu irmão, Ian, e principalmente o Breno, que é timoneiro também, são os que mais me dão conselhos”.

 

 

 

 

Gabriel Simões: “Eu e o Vitor saímos a pouco do Optmist, mas temos certeza que com o ensinamentos do Sorriso, assim como foram os do Átila e do Salvatore, iremos longe na 29er também. Nossos primeiros treinos foram bons e estamos muito pilhados para os campeonatos”.

 

 

 

 

Guilherme Plentz: “Começamos agora na classe, ainda não possuímos muita experciência, mas prometo dar o melhor de mim para conseguir um bom resultado. Semana passada, estreamos os barcos novos e foi uma velejada bem tranquila. Estamos aprendendo rápido!”.

 

 

 

 

Francisco Ruschel: “Estou gostando muito dessa nova classe. Achei os barcos muito legais e pude perceber nos treinos que tanto o proeiro quanto o timoneiro têm importância fundamental. Vejo que a 29er está crescendo muito, todo mundo que sai do Optimist quer ir para ela”.

 

 

 

 

Gabriel Kern: “O fato de velejarmos há muito tempo na raia ajuda muito e deve compensar o pouco tempo que temos de classe. O Diego, minha dupla, tem um pouco mais de tempo no 29er, espero me entrosar rápido com ele para que possamos fazer um bom papel”.

 

 

 

 

Diego Falcetta: “Tenho competido em muitas classes diferentes neste ano (laser e snipe) e espero que essas experiências possam me ajudar no 29er. Além disso, minha parceria com o Gabriel, que é campeão Sul-Brasileiro de Optimist, pode gerar bons frutos também”.

 

 

 

 

Giovanne Pistorello: “Vou correr com o Luizinho e nós estamos muito ansiosos para estes campeonatos e pretendemos seguir na classe. Ter um barco novinho em folha dá muito ânimo para competir e esses barcos do projeto são show”.

 

 

 

 

Luiz Pejnovic: “Curti muito os novos barcos eles representam um grande incentivo para nós que estamos começando na flotilha. Vou procurar dar o meu melhor nos campeonatos de março e trazer um pouco da minha experiência no Snipe para esse novo desafio”.

Estrelas da Copa Brasil de Vela: o multicampeão Robert Scheidt

Robert Scheidt é o maior medalhista olímpico da história do Brasil, estará convivendo e treinando no Jangadeiros nesta edição da Copa Brasil. O iatista é dono de 5 medalhas em Jogos: ouro em Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser); prata em Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star) e bronze em Londres/2012 (Star).

O bicampeão olímpico ainda disputou mais uma Olimpíada, a sexta na carreira, na Rio 2016. E aos 43 anos, disputando com atletas até 20 anos mais jovens, conseguiu a quarta colocação na classificação geral.

No total, Scheidt soma 176 títulos, sendo 90 nacionais e 86 internacionais, o que inclui 11 mundiais na Laser e 3 na Star.

Em 2017, aos 43 anos, faz sua primeira temporada em uma nova classe, a 49er. Dessa experiência pode nascer um novo ciclo olímpico do iatismo para Tóquio 2020. Na etapa de Miami da Copa do Mundo de Vela, disputada em janeiro, no City of Miami Regatta Park, nos Estados Unidos, conseguiu o 16º lugar na disputa que reuniu 26 barcos com os melhores iatistas do planeta.

Ao lado do proeiro Gabriel Borges, o bicampeão olímpico sabe que vai precisar de tempo para se adaptar ao desafio de velejar em um barco maior, mais veloz e com estratégias diferentes das classes Star e Laser, que o consagraram no iatismo. Por isso, encara todos os treinos e competições como uma forma de ganhar experiência até decidir se estará na raia olímpica em Tóquio.

Robert Scheidt é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex, com os apoios de COB e CBVela.

Robert Sheidt competindo na nova classe, a 49er

Robert Sheidt competindo na nova classe, a 49er