Bons ventos no Mundial de Laser Radial da Juventude GUILHERME PEREZ!

O estudante de Direito vai disputar em Kiel, na Alemanha, de 18 a 25 de agosto, com 272 velejadores no Masculino de cerca de 50 países

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– Vais enfrentar muitas feras …

– Vou! O campeonato é de nível muito elevado, com os melhores velejadores da classe do mundo, até 18 anos. Acontece em Kiel, lugar considerado a capital da vela na Alemanha porque tem ótimas condições para o esporte, além de sediar vários campeonatos importantes como este mundial. A raia é um pouco complicada pelas rajadas, o vento ronda muito.

– Treinar no Guaíba é uma vantagem competitiva?

– É vantagem sim treinar no Guaíba e aqui no Janga porque tu já sai direto no vento. É um lugar onde contamos com todo o tipo de vento. Então, isso ajuda a formar um velejador mais completo.

– No meio de tantos craques, como estás preparado?

– Venho treinando direto. Meu nível de velejo aumentou bastante em tática, técnica, no preparo físico e, principalmente, no emocional. Eu acho que estou crescendo como pessoa e isso está me ajudando também dentro da água.

– Bacana isso “crescer como pessoa” … 

– A vela ajuda. O cara aprende muito a respeitar a natureza, a respeitar os competidores. É um esporte que ajuda muito a conviver com as diferenças das pessoas e da natureza.

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Treinamento forte no Janga para enfrentar as águas de Kiel, na Alemanha 

– Conta um pouco sobre a estreia internacional em 2017

– Eu fui para Miami em dezembro de 2017, para o Orange Bowl International Youth Regatta, que é um campeonato muito importante nos EUA, com mais de 100 barcos e eu fiquei na vigésima sexta posição. Mas lá eu fiquei com a sensação de que eu poderia ir muito melhor. Acho que faltou administrar esta coisa do emocional.

– Você vai competir novamente este ano em Miami?

– Penso que sim. A competição é de um excelente nível, deverá reunir em torno de 100 barcos e eu espero conseguir um resultado melhor.

– E o início na vela e no Laser?

– Eu velejei pouco tempo no Optimist, mais ou menos um ano e meio. Eu já era muito grande para o barco. E daí eu saí e fui para o Laser 4.7. Me diverti muito. Velejei uns dois anos só na brincadeira e agora estou levando mais a sério o Radial. Adoro o laser porque ele é um barco rápido, simples,  solitário, quando eu tenho vontade de treinar, de velejar é só sair, não dependo de ninguém para fazer meu treino evoluir.

– Vais seguir no Radial?

– Eu pretendo ficar mais um tempo na classe, velejando com o pessoal da minha idade. Se eu conseguir mais peso e mais altura vou para o Standard. Também penso em velejar no Snipe, que é um barco que eu gosto bastante e tenho vários amigos no Clube que velejam também.

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Com a bandeira do Janga, entre a equipe super campeã na Copa da Juventude 2018

– Qual a tua opinião sobre a Vela Jovem do Jangadeiros?

– O Janga tem a melhor vela jovem do Brasil. Na Copa da Juventude, na Bahia, a gente provou isto trazendo muitos títulos para “casa”. É um Clube que deve muito à formação no Optimist na Escola de Vela Barra Limpa. Isso é que forma os bons atletas. O Clube facilita muito para a gente, ainda mais com os barcos do projeto da CBC, que incentiva o pessoal a velejar. No ano passado, fomos para a Copa da Juventude em Recife com cinco barcos e uma prancha. Neste ano, competimos com nove barcos e duas pranchas.

– Deixa uma mensagem para o Lorenzo Balestrin, que é o próximo a competir em um Mundial.

– O guri é muito bom. Está velejando muito. É um guri que começou cedo no Optimist, sempre foi meu amigo. Eu desejo muita sorte para ele. Lorenzo pode e vai fazer um bom campeonato no Mundial de Optimist, no Chipre. Ele merece muito. É um guri espetacular!

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 Com João Emilio Vasconcellos, 1º e 2º no Laser Radial no 76º aniversário do Sava Clube