AULA EXPERIMENTAL DE VELA: “É uma sensação de conquista que fica para a vida”.

No último sábado (29), o Janga ficou colorido com a presença das crianças que participaram da Aula Experimental de Vela. Além da equipe da Escola de Vela Barra Limpa, os sócios e velejadores Francisco Freitas e Eduardo Pellanda colocaram a mão na massa compartilhando fotos e vídeos do evento

Vídeo assinado por Eduardo Pellanda: https://www.youtube.com/watch?v=x4U8lgsbHGU

Acompanhem a conversa com o Eduardo Pellanda, também professor e pesquisador da PUCRS, que ficou impressionado com a seriedade com que os alunos encararam a aula e as tarefas.

Que benefícios o aprendizado na Escola de Vela traz à criança?

Eu era uma criança agitada e cheia de energia, a Escola e a vela me ensinaram a ter paciência e entender a natureza, além da responsabilidade de ser comandante da sua própria embarcação. São aprendizados que eu levei para toda a vida e me transformaram como pessoa. Ao voltar para vela me lembrei de como foram importantes estes anos da minha infância e adolescência.

Quem da sua família participou da experiência?

Meu sobrinho, o Rodrigo Pellanda. Ele veleja conosco no iL Maestro e no Tanictis e pegou gosto. Fez a aula experimental, adorou e já está matriculado. Vai ser muito legal ver ele tendo estes mesmos aprendizados para a vida.

Na filmagem, o que você mais observou nos pequenos?

Me chamou a atenção a seriedade como eles encararam a aula e as tarefas ao mesmo tempo que sentiram orgulho pelas conquistas. Foi isso que eu senti aos nove anos, é uma sensação que fica para a vida.

E a sua história no Janga?

Ingressei em 1981 na escola de Vela Barra Limpa com nove anos de idade. Meu pai, Luiz Ernesto, comprou o título no mesmo ano e foi colaborador intenso da Flotilha da Jangada e do Clube. Velejei até perto dos 15 anos e depois ainda cheguei a correr regatas de Pinguim e de Oceano com o meu tio Aristóteles Bourscheid, que foi outro grande incentivador.

Fiquei um tempo afastado do Janga para tocar a minha carreira de professor e pesquisador na PUCRS. Voltei mesmo em 2013 quando comprei um Delta 26 do meu tio que tinha um significado muito especial para a nossa família. Dois anos depois, trocamos para um Delta 32 e no ano passado construímos do zero um Delta 36, o iL Maestro 2 que ficou como sonhávamos. Minha esposa, Mágda Cunha, é a grande incentivadora para voltar ao Clube e velejar.