76º Aniversário foi também momento de agradecer as grandes conquistas

Orgulho e sentimento de dever muito bem cumprido, são as melhores palavras para representar o Jangadeiros na sua bonita noite de celebração do 76º aniversário, no sábado (2). O ano de 2017 foi especialmente intenso em atividades, campeonatos e conquista de títulos para o Clube. Em dois momentos,  março e novembro, o Janga se tornou o centro da vela brasileira

Os brindes começaram no lounge montado no deck do Restaurante da Ilha, com a comodoria recebendo os sócios que começavam a chegar quando o sol ainda estava se pondo no Guaíba. Entre espumantes e coquetel, todos aproveitaram para confraternizar e apreciar a decoração assinada por Cristina Pereira, que se inspirou no verão para criar os arranjos distribuídos pelos salões.

Do lounge, os sócios passaram para as mesas, onde teve início o jantar e após voltaram ao deck para as homenagens, cantar parabéns, assoprar as velas, apreciar a espetacular e tradicional queima de fogos e dançar. Os grandes homenageados do aniversário foram Nelson Piccolo e Carlos Henrique De Lorenzi, o Dedá, pela passagem dos 50 anos de conquista do Mundial da classe Snipe, nas Bahamas, pela conquista do Brasileiro e dos Jogos Panamericanos, em Winnipeg, no Canadá. “1967 foi um ano mágico”, comentou o comodoro Manuel Ruttkay Pereira.

Dois sócios que participaram da primeira comemoração de aniversário do Clube, dois “cúmplices” dessa longa história de vitórias – Verônica Ruttkay Pereira e Kurt Keller – foram convidados a assoprar as velinhas do bolo de 76 anos. O momento também foi de agradecimento pelas conquistas de 2017. Nossos velejadores defenderam a camiseta do Jangadeiros em inúmeros campeonatos, realizados aqui e fora do País, e trouxeram medalhas de ouro, de prata e de bronze. Atletas que entraram para a nossa história e para a história da vela nacional e mundial. Agradecimentos fundamentais aos nossos sócios, parceiros de todas as jornadas e razão maior do Jangadeiros!

A partir da esquerda: Dedá, o comodoro Manuel Ruttkay Pereira, Nelson Piccolo, Pedro Pesce,
vice-comodoro Administrativo, Paulo Renato Paradeda, presidente do Conselho Deliberativo e o
Capitão de Mar e Guerra, Amaury Marcial Gomes Júnior

Carlos Henrique de Lorenzi recebeu a homenagem das mãos da esposa, Vanira De Lorenzi,
e Nelson Piccolo das mãos da filha Daniela Piccolo

“Me sinto extremamente lisonjeado com a homenagem que recebemos na noite do aniversário do Clube. Não esperava, foi uma surpresa tão gratificante. Ganhamos no mesmo ano o Panamericano, o Brasileiro e o Mundial de Snipe, e essa placa foi um reconhecimento pelo nosso esforço”.

Nelson Piccolo
“Foi uma noite muito especial para mim e para o Nelson, o dia do aniversário de 50 anos da nossa vitória no mundial de snipe nas Bahamas, em 1967. É uma data muito significativa para nós, as lembranças vem à tona, as dificuldades, as alegrias, a chegada em Porto Alegre, a carreata no carro dos bombeiros. Devemos muito ao Jangadeiros, o Edmundo Soares foi um elemento-chave para podemos viajar e competir. Ficamos muito sensibilizados com a lembrança”

Carlos Henrique De Lorenzi

Verônica Ruttkay Pereira e Kurt Keller assopraram as velinhas pela passagem dos 76 anos do Clube

“Eu tinha apenas cinco ou seis anos e lembro muito bem do primeiro aniversário do Janga. Nós, crianças, estávamos vendendo rifas de um pequeno veleiro orientados pelo “tio” Leopoldo (Geyer) “para fazer dinheiro para o Clube”. De lá para cá, o Jangadeiros não para de crescer. Sempre que vem um diplomata da Hungria levo para visitar. A gente tem muito orgulho”.

Verônica Ruttkay Pereira

“Quando o Jangadeiros completou um ano de vida eu apaguei as velinhas. Por isso que a emoção hoje é muito grande. Especialmente para mim que participei da construção da história do Clube ao lado de quatro importantes nomes: Geraldo Linck, Edgar Siegmann, Edmundo Soares e Luiz Chagas. De verdade é uma emoção enorme. Às vezes me sento na mesa que considerávamos nossa aqui no Janga e me lembro deles. Muitas vezes até choro lembrando dos nossos feitos”.

Kurt Keller

“Somos sócios desde 2003 e vamos sempre. O Janga é uma obra feita a várias mãos, construída por um time que pegou junto, pedrinha por pedrinha. Um orgulho para nós”.

Marcio Lima, comerciante e proprietário da loja Equinautic e Claudia Lima, dentista
“O Janga tem uma das vistas mais lindas de Porto Alegre. Somos privilegiados em sermos sócios desde 2011. Parabéns Jangadeiros por esses 76 anos de história”.

Leonardo Oliveira, comerciante, e Michele Guiramand, professora

Rafael e Marga Paradeda

“É muito amor que tenho pelo Clube, cada dia fico mais orgulhosa de fazer parte desta história. É uma emoção estar na ilha celebrando os 76 anos do Janga em uma noite de lua cheia. Me enche de satisfação estar no lugar mais lindo de Porto Alegre”.

Marga Paradeda, professora e promoter de eventos
“A festa de aniversário é sempre muito legal e importante para o clube. É quando celebramos o aniversário da nossa segunda casa. Um evento que todo sócio deveria prestigiar e aproveitar para confraternizar”.

Rafael Paradeda, piloto comandante de helicóptero 

Alex Lopes e Maiara Sanches

“Para nós, a festa de aniversário do Clube é uma experiência nova, pois recém completamos um ano como associados. Estamos aproveitando muito, vir para cá tem sido a nossa melhor terapia”.

Alex Lopes, advogado, e Maiara Sanches, funcionária pública

Pedro Cesar de Oliveira Filho (ex-presidente do Conselho Deliberativo) e Claudia Wentzel de Oliveira com Ralph Johnstone e Claudia Koch Johnstone (membro do Conselho Deliberativo)

 “A festa é um encontro de grandes amigos que convivemos quase que diariamente. É ótimo       participar”

Pedro de Oliveira Filho e Claudia Wentzel de Oliveira

“Somos sócios há muitos anos e achamos ótimo participar desse momento de confraternização. Um orgulho fazer parte de mais um ano de vida do Clube”.

Ralph Johnstone e Claudia Koch Johnstone

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Regatas do 76º Aniversário: muitos títulos para o Janga, camisetas de diferentes clubes e mais de 100 atletas empolgaram o encerramento da agenda de 2017

O momento de premiação da tradicional Regata de Aniversário do Jangadeiros encerrou um ano de atividades na qual o Clube foi protagonista de grandes momentos e de grandes campeonatos da agenda nacional da vela. Na Semana da Vela, encerrada no meio de novembro, recebemos mais de 200 atletas de todo o Brasil, uma grande parte formada por jovens que representam o futuro da vela. E agora no último evento esportivo de 2017, a Regata de Aniversário mais uma vez trouxe para o Clube mais de 100 atletas das classes Oceano e Monotipos.

A entrega dos troféus, no final da tarde deste último domingo (3), foi empolgante. A casa estava cheia e por todos os lados podia-se observar camisetas de diferentes cores e de clubes co-irmãos, atletas de todas as idades, um clima de celebração ao esporte e uma demonstração da importância do Jangadeiros na preservação e desenvolvimento desta cultura.

Os participantes receberam, além de prêmios, o reconhecimento e a admiração do Jangadeiros. Uma dupla em especial, Breno Kneipp e Ian Paim, foi destacada com o tradicional Troféu Edmundo Soares, um dos mais importantes jornalistas esportivos da extinta Folha da Tarde, grande incentivador do iatismo e que viveu o Clube de maneira intensa.

Os dois atletas receberam a homenagem pelo enorme talento e grandes conquistas na classe 29er em 2017, que incluem o Brasileiro, o Sul Americano, a Copa da Juventude, o Estadual e o 1º Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude de Vela.

No sábado, os ventos de 8 a 10 nós favoreceram a realização de uma regata barla sota bem em frente à Ilha, possibilitando um pequeno show de manobras aos nossos sócios e visitantes. No balanço geral, o Janga fez valer a sua vocação de campeão conquistando muitos títulos em boa parte das classes.

Na regata de Oceano, na classe ORC Internacional, o Jangadeiros venceu todos os lugares do pódio. O grande campeão é o barco Delirium, do comandante Darci Rebello Júnior, o vice ficou com o Magia Black, do comandante e vice-comodoro esportivo, Rodrigo Castro, e o 3º foi conquistado pelo Tuareg, de Marcelo Kern.

Na classe RGS, mais uma vez o Clube sai na frente e chega ao lugar mais alto do pódio com o barco Conquista III, do comandante Rodrigo Baldino.

Na XVI Regata em Solitário, na categoria Dupla Mista, os três primeiros vencedores também são do Jangadeiros. No Cruzeiro 23, 1º lugar para o barco Maori, do comandante Luiz Serrano. No Cruzeiro 40, o Ouro ficou com o barco Pazzo Per Te, do comandante Josiene Paim e na Força Livre, com o Hobart, do comandante Airton Schneider.

No XVIII Velejaço, de sete categorias, o Jangadeiros venceu em quatro. No Cruzeiro 20,o campeão foi o barco Águia Real, de Peter Nehm, representante do Brasil nas Olímpiadas de 84 em Los Angelos e baterista da banda The Sailors nas horas vagas.

No Cruzeiro 23, cumprimentos para o barco Alvará, do comandante Cid Paim, e no Cruzeiro 30, o título foi para Paulo Angonese, comandante do Kuana III. Na Força Livre, quem levou o prêmio foi o barco Maná, do comandante Márcio Lima.

OURO TAMBÉM PARA OS MONOTIPOS

Na vela jovem, o destaque é para Manoela Pereira da Cunha, na categoria Juvenil Feminino da classe Optimist Veteranos

Entre os talentos da Vela Jovem, quem fez bonito neste aniversário do Janga foi a atleta Manoela Pereira da Cunha, Ouro na classe Optimist Veteranos, na categoria Juvenil Feminino.

Na Snipe, a liderança nos primeiros lugares também são do Clube. O nosso Bolinha, o atleta Gabriel Kieling e Taylã Freiras ficaram em 1º, enquanto a dupla Rodrigo Fasolo e Philipp Grochtmann, em 2º.

Na classe Hobie Cat 16, o Janga repete o bom desempenho e leva o primeiro lugar com a dupla João Felipe Kraemer e Maryanne Estrella, e é vice com o experiente atleta Claudio Mika, quem faz dupla com Juliana Baino.

Na 29er, os grandes campeões foram Gabriel Kern e Ian Paim e na 420, o Ouro voltou a ser do Jangadeiros com a dupla Martina Szabo e Tiago Brito.

“No sábado, um lindo dia de sol com uma brisa agradável permitiu animadas regatas para as classes de Monotipos e Oceano Solitário ou Dupla Mista.

No domingo o dia cinzento não tirou o ânimo dos velejadores das classes de Oceano e Velejaço. Enfim uma programação completa para comemorar o encerramento de um dos anos mais movimentados da longa história do Jangadeiros”, diz Rodrigo Castro, vice-comodoro Esportivo e 2º lugar na classe ORC Internacional, com o seu Magia Black.

Jantar do Cruzeirista: Entrega do Prêmio Cruzeirista CDJ 2017 ao velejador mais destacado

O encontro de final de ano dos Cruzeiristas vai ser de fortes emoções, pois o prêmio Cruzeirista CDJ 2017 vai ser entregue ao velejador mais destacado, como forma de homenageá-lo. Foram 27 eventos que contaram com a participação de mais de 250 pessoas e 59 embarcações. Sucesso absoluto. A comemoração vai ser na quinta-feira (7), no Restaurante da Ilha, às 20h.

Um dos muitos encontros dos Cruzeiristas em 2017 Andre Serafini, Claudio Pena, Henrique Freitas, Ivan Sperb e Cristian Yanzer (Credito Paulo Angonese)

Encontro sempre animado dos Cruzeiristas em 2017: Andre Serafini, Claudio Pena,
Henrique Freitas, Ivan Sperb e Cristian Yanzer

Também vai ser noite de revelar os planos para 2018 e fazer um relato bem detalhado de todas as atividades realizadas em 2017. Dentre as propostas para o próximo ano, estão as velejadas na lua cheia, cruzeiraço, palestras e brechó náutico. O ingresso do jantar, que pode ser adquirido no restaurante da Ilha por R$ 65,00 sem as bebidas, dá direito a uma camiseta que será entregue na noite do evento.

Henrique Freitas

“O jantar será a última atividade do calendário dos Cruzeiristas. Uma grande confraternização. E o prêmio Cruzeirista CDJ 2017 é uma distinção ímpar e de reconhecimento pela contribuição dos velejadores ao ambiente e à vela de cruzeiro”

Henrique Freitas,
diretor de Oceano/Cruzeiro

Como nasceu o Jangadeiros

Mais uma vez, o sócio Claudio Aydos relembra a história do Janga.
Sua ligação com o Clube começou aos treze anos e desde lá vive intensamente cada trecho da história do Clube. C
onvidamos a todos a saborear os seus ricos relatos

O Clube dos Jangadeiros foi fundado em 7 de dezembro de 1941, ao final de um ano em que Porto Alegre fora assolada pela maior enchente da história do rio Guaíba. A ideia de sua fundação nasceu da inspiração do Sr. Leopoldo Geyer que liderou um pequeno grupo de apreciadores da vela que residiam na zona sul e que se ressentiam da falta de um clube de vela na região.

Em novembro de 1941, Leopoldo adquiriu a chácara onde está situada a sede do continente e então saiu à procura de sócios para a criação dos Jangadeiros. No dia 7 de dezembro daquele ano foi festivamente fundado o Clube, contando já então, com 98 sócios fundadores.

Hoje, o clube tem muitos sócios e, em dezembro está completando 76 anos de profícua existência, com uma trajetória brilhante no esporte da vela, tendo conquistado, ao longo desse tempo, vários campeonatos nacionais, sul-americanos e mundiais e tendo, inclusive, participado de 7 olimpíadas. Além disso, organizou e sediou 4 campeonatos mundiais de vela, além de inúmeros sul-americanos e brasileiros.

É em função desse invejável acervo de realizações e conquistas que o Clube dos Jangadeiros é hoje, conhecido e respeitado no circuito mundial do iatismo.

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 Visionário: chácara comprada por Leopoldo Geyer para fundar o Jangadeiros

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O emocionate momento de inauguração do Janga em dezembro 1941, pelo prefeito de Porto Alegre, José Loureiro da Silva, ao final de um ano em que a capital foi assolada pela maior enchente da história do rio Guaíba

Quem te viu e quem te vê

“Tenho certeza, entretanto, que a grande maioria das pessoas que hoje caminham despreocupadamente pela nossa ilha, não tem a mais pálida ideia das dificuldades que tiveram que ser superadas. Eu, de minha parte, quando piso o seu solo, o faço quase que respeitosamente, pois sei perfeitamente o quanto de trabalho tem em cada metro
quadrado de sua área”

O sucesso do Campeonato Mundial de Snipe de 1959 provocou tal crescimento do esporte da vela no Clube dos Jangadeiros, que ficou evidente a necessidade de ampliação do seu espaço físico.
Há quase 57 anos, em dezembro de 1960, a diretoria mostrou ao Conselho Deliberativo essa necessidade, ao mesmo tempo em que alertava ser impossível crescer via aquisição das chácaras lindeiras, face aos preços exorbitantes pedidos.

Mostrou-se, então, ao Conselho que o indicado seria colocar em prática uma antiga ideia do nosso Patrono, Leopoldo Geyer, que era a construção de uma ilha. Esta solução seria o ideal, pois além de garantir a ampliação da área, proporcionaria, também, um ancoradouro com águas abrigadas para receber uma futura flotilha de barcos de oceano e cruzeiro.

Na ocasião, foi apresentado ao Conselho um primeiro esboço, muito rudimentar, de como seria a nossa ilha, acompanhado de uma bela explanação das ideias que a diretoria tinha sobre o assunto.
O Conselho entusiasmou-se com as ideias apresentadas e deu “luz verde” para que a diretoria prosseguisse com os estudos necessários para a realização desse projeto.

Então, depois de um intenso trabalho burocrático e de inúmeros contatos com técnicos e especialistas no assunto e com autoridades municipais, estaduais e da marinha, no dia 5 de abril de 1962, em uma histórica reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, a diretoria pôde apresentar o projeto da Ilha dos Jangadeiros constituído por um dossier contendo plantas baixas, cortes e detalhes como altimetria da ilha e até uma batimetria da área atingida pela obra e seu entorno. Além disso, havia um extenso memorial descritivo e, para arrematar, uma lindíssima maquete.

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Após uma minuciosa explanação do projeto e dos questionamentos de alguns conselheiros, prontamente respondidos pela diretoria, o Conselho Deliberativo aprovou o projeto de construção da ilha, e mais, colocou-o como plano a ser seguido por todas as diretorias seguintes. Foi um dia glorioso para todos os envolvidos com a ideia da ilha.

Desse dia em diante, foram praticamente dois anos de andanças atrás de pareceres, despachos e licenças para aprovação do projeto junto aos poderes municipal, estadual e federal, além de providências administrativas e logísticas, até o início efetivo das obras, pois somente no começo de 1964 foram colocadas as primeiras pedras do enrocamento dos molhes de proteção do ancoradouro.

“Havia, na época, um pequeno grupo de sócios (que felizmente aumentava a cada semana), cujo esporte favorito, durante meses, era “jogar pedras n’agua”, ajudando os dedicados funcionários do clube a descarregar os dois batelões semanais, com 45 a 50 metros cúbicos de pedra cada”.

Enfim, depois de muito trabalho, nossa ilha ficou pronta e aí está, cada dia mais bonita, encantando a todos os que nos visitam e àqueles associados que disfrutam regularmente as belezas de nosso clube.Tenho certeza, entretanto, que a grande maioria das pessoas que hoje caminham despreocupadamente pela nossa ilha, não tem a mais pálida ideia das dificuldades que tiveram que ser superadas. Eu, de minha parte, quando piso o seu solo, o faço quase que respeitosamente, pois sei perfeitamente o quanto de trabalho tem em cada metro quadrado de sua área.

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As Gurias e suas inesquecíveis histórias

Em tempos de aniversário do Clube, a Jangada News conversou com as Gurias do Jangadeiros, um grupo de sócias que se encontra, há cerca de dois anos, no Restaurante da Ilha, todas as sextas-feiras à tarde, e que conhece a história do Clube como ninguém

Doces, encantadoras e bem-humoradas, entre uma e outra taça de café, as Gurias contaram passagens divertidas, emocionantes e memoráveis, que talvez nenhum livro tenha registrado. Todas super experts no assunto, elas deram uma verdadeira aula sobre a história do Jangadeiros.

Siegried Schuler 
é conhecida por Pupi. Por Siegried ninguém a conhece. Sócia desde que era muito pequena, ela conta que seu pai comprou um chalé ao lado de onde hoje fica o Clube. “Eu vinha veranear nessa casa, pois morava no centro de Porto Alegre e era sempre uma farra, diversão garantida. Minha mãe dizia que íamos para fora, o que significava, na realidade, ir para o Jangadeiros e passar as férias de verão. Leopoldo Geyer, fundador do Clube, comprou um terreno com uma casa do lado do nosso chalé, e essa casa ainda existe, é o Pimenta Rosa, restaurante do Continente. A ideia dele era inaugurar um clube na zona sul da cidade, pois na zona norte ele já tinha fundado um, o Veleiros do Sul, que ficava no Bairro Navegantes. Acompanhei toda a história do Jangadeiros, desde a chegada de Geyer, me sinto parte de todos esses momentos especiais. Sua fundação foi em dezembro de 1941, quando eu tinha 10 anos, lembro muito bem. Tinha um pessegueiro belíssimo por lá, que dava pêssegos maravilhosos na temporada de calor”.

Erica: “Além de ter carregado pedras, os Filhotes também trouxeram prêmios para o clube como velejadores, fazendo com que o Janga se tornasse conhecido mundialmente”

“Sou filha do Jangadeiros”, menciona Erica Keller Kessler, que vive, desde que nasceu, numa linda casa quase em frente ao Janga. Ela chama Leopoldo Geyer de visionário e de inspiração, e imediatamente explica o motivo: “Foi ele que criou os Filhotes do Jangadeiros, o que tem de mais importante na história do Clube. Ele reuniu nas redondezas jovens meninos para formar um grupo. Eram cerca de 12. Geyer fez inclusive uma cerimônia para apresentar os adolescentes e convidou jovens da marinha para participarem do evento. Foi lindo, inesquecível. Bem em frente ao clube morava o Orlando, um marinheiro que consertava barcos, e foi nesse terreno que Geyer instalou os Filhotes. Ele construiu um galpão super grande para os jovens se encontrarem, tinha até lugar para eles dormirem caso quisessem. A ideia era fazer com que começassem a participar do mundo da vela, já que desde o início a proposta de Leopoldo era construir um Clube focado nesse esporte.

A turma dos Filhotes acabou sendo, por muito tempo, os dirigentes do Janga. Geyer pensou longe, encaminhou esses guris para que levassem adiante o seu sonho. E de fato deram continuidade. Eles participaram ativamente da construção da Ilha, feito que levou uns quatro anos para terminar, mas que quando terminou encheu de orgulho todos os que ajudaram. Junto dos sócios e funcionários, os adolescentes, que na época já não eram tão adolescentes, carregaram pedra por pedra num trabalho árduo, mas muito gratificante.

Além de ter carregado pedras, os Filhotes também trouxeram prêmios para o clube como velejadores, fazendo com que o Janga se tornasse conhecido mundialmente. Kurt Keller, por exemplo, importante velejador de Snipe na década de 50, conseguiu trazer para o Clube um importante campeonato mundial de Snipe. Foi o primeiro mundial de snipe que aconteceu abaixo da linha do equador, o que fez com que nosso Clube ganhasse fama de excelente anfitrião”.

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À esquerda, de blusa branca, Aimée Soares, logo acima, Erica Keller, e sentada à direita, Margit Lamachia 

Margit: “Ali onde hoje fica a Escola de Vela Barra Limpa tinha uma pequena praia, a gente ía até lá com cadeiras, guarda-sol e brinquedos”

Margit Lamachia também é parte da história do Jangadeiros e adora dividi-la: “O Clube sempre foi a extensão da nossa casa, pois minha vida era colégio e Janga desde muito pequena, e tenho muito orgulho disso. Sempre aproveitei muito: ali onde hoje fica a Escola de Vela Barra Limpa tinha uma pequena praia, a gente ía até lá com cadeiras, guarda-sol e brinquedos, e quando chegava era uma festa. Lembro também da primeira regata feminina que Leopoldo Geyer promoveu no Clube. Eu participei, pois velejava de snipe.

Competi com muita gente afiada, mas venci e o prêmio foi um porta pó-de-arroz dourado belíssimo que guardo comigo até hoje. Geyer ficou tão entusiasmado que disse que ía instituir a Taça Margit. Outra lembrança são as quermesses que organizávamos no Clube, eram sempre um sucesso. Pessoas que não eram sócias também podiam entrar, pois o objetivo era arrecadar q maior quantidade de dinheiro possível para que os velejadores participassem de campeonatos fora do Janga. Tinha banquinhas de comida, de tiro ao alvo e de pescaria, era ótimo, momentos especiais”.

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Aimée Soares, sócia desde 1942, conhecedora orgulhosa da história do Clube

Aimée: “Quando tinha 6 anos, passei um mês de fevereiro inteiro
veraneando no Clube e fui muito feliz lá”

No time das Gurias também tem Aimée Soares, uma senhora cativante que conhece o Jangadeiros como a palma da sua mão. Sócia desde 1942, ela guarda na memória histórias incríveis e compartilha algumas com a Jangada. “Quando tinha 6 anos, passei um mês de fevereiro inteiro veraneando no Clube e fui muito feliz lá. Hoje em dia pode parecer estranho falar em veraneio no Janga. Acontece que, quando fundou o clube, Leopoldo Geyer adquiriu a chácara da Rua Ernesto Paiva, 139, que era local de veraneio da família Wahrlich. A casa existente passou a ser a sede do Jangadeiros.

Posteriormente, foi adquirida a chácara vizinha, à esquerda de quem entrava no clube, e alunos tinham também uma linda casa. Pois esta segunda casa ficava à disposição dos sócios que quisessem veranear. Era espaçosa, com muitos quartos onde várias famílias podiam hospedar-se simultaneamente. Lugar tranquilo e bonito à beira do Guaíba. Muito brinquei na beira do rio, puxando um barquinho que ganhara de meu pai. As refeições a gente fazia no Jangadeiros e eu passava o tempo todo na rua, brincando e aproveitando para fazer novos amigos. Nunca mais esqueci daquele verão. Também recordo com carinho da campanha Compre 1m² de Piscina, que foi muito bem sucedida.

Tratava-se de ajudar financeiramente o Clube para que a piscina da Ilha fosse construída e os sócios pudessem aproveitá-la. Aliás, muita coisa na nossa Ilha foi feita com base na colaboração dos associados. Por exemplo, os sócios doaram também grande parte das pedras do enrocamento da Ilha. Cada batelão de pedras, que era trazido de uma pedreira na Ponta Grossa, custava um tanto, e os sócios pagavam o valor”.

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 Marga Paradeda: “Amo o Janga de paixão”

Marga: “Lembro com muito carinho da super festa de 50 anos do Janga que ajudei a organizar. Mais de mil pessoas compareceram, teve apresentação da orquestra da OSPA e de um dos ícones da Bossa Nova, Toquinho”

Outra associada que traz alegria para as tardes de sextas-feiras é Marga Paradeda, esposa de Marco Aurelio Paradeda, mãe de Rafael e Andréa Paradeda e tia e madrinha do multicampeão de Snipe Xandi Paradeda. Marga tem muitas histórias para contar, pois frequenta o Janga desde que nasceu, mas tem uma que faz brilhar seus olhos mais do que as outras: o dia do seu casamento. “Foi velejando no Clube, na classe Pinguim, que conheci Marco. Namoramos por oito anos, ficamos noivos por um e finalmente nos casamos, em 9 de dezembro de 1969, uma terça-feira.

Nossa festa não poderia ser em outro lugar, tinha que ser no Jangadeiros, pois nossas vidas sempre tiveram entrelaçadas com o Clube e com a vela. Até o patrono e fundador Leopoldo Geyer, foi no nosso casamento e nos deu um presente lindo. Foi um momento inesquecível, temos belíssimas fotos daquele dia. Depois vieram os filhos, Andrea e Rafael, que deram continuidade a nossa história no Clube. Andrea velejava de Optimist, e Rafael de Pinguim, de Laser e de Snipe. Agora o Rafael foi eleito para fazer parte do Conselho Deliberativo do Clube.

Na verdade quem me ensinou a gostar tão intensamente do Janga foi meu pai, Edgar Siegmann, que foi comodoro e me levava para brincar lá enquanto trabalhava. Eu adorava. Morávamos na mesma rua do Clube e ainda hoje moro nas proximidades. Outro momento que lembro com muito carinho foi a super festa de 50 anos do Janga que organizei ao lado do Marco e da grande comodoria. Meu irmão Werner Siegmann foi um grande parceiro na roganização. Mais de três mil pessoas compareceram, houve apresentação da OSPA e de um dos ícones da Bossa Nova, Toquinho.Eu amo de paixão o Jangadeiros”.

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 Casamento de Marga e Marco Aurélio Paradeda: comemorado no Clube com a presença do patrono Leopoldo Geyer

Leila Beatriz Schultz também participa dos encontros das Gurias do Jangadeiros. Sócia desde 1974, dentre uma vida de histórias para contar sobre o Clube, Leila narra uma do tempo em que velejava de snipe: “Um belo dia, saímos para velejar. Estávamos Tânia Sudbrack, Nelson Pena e eu. A ideia era dar uma volta pelo Guaíba, mas eis que o tempo muda consideravelmente e os nossos planos de apenas dar uma volta literalmente foram por água abaixo. Numa virada de bordo, eu caí na água, e naquele tempo não existiam roupas apropriadas para velejar, a gente usava as roupas do dia-a-dia. Caí na água de slack, que era uma calça jeans, e uma blusa de lã. Sorte que eu sabia boiar, pois fiquei dentro do Guaíba um bom tempo, subindo e descendo, até que o Nelson conseguisse virar de bordo para me resgatar. E o que fez ele demorar para chegar até mim foi o  casaco da Tânia que ficou pendurado no mastro. Quando Tânia conseguiu se desprender, Nelson pôde virar de bordo e me resgatar. História com final feliz”.

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Momento de apagar as velinhas para Erica Keller (no centro): ao seu lado direito,
Aimée Soares, e esquerdo, Leila Amorim

Patrícia Kraher, Adriana Sleutjes e Sonia Szabo também participaram do papo e foram unânimes em comentar histórias divertidas e inesquecíveis sobre a participação do Clube em Desfiles de 7 de Setembro, nos quais os sócios íam uniformizados com peças de roupa que estampavam o logotipo do Clube. De acordo com elas, eram momentos sempre animados, os quais lembram com muito carinho. As Gurias também relembraram dos muitos bailes de Carnaval que participaram juntas representando o Jangadeiros. “Fazíamos blocos, era muito bom”, destaca Sonia.

O que todas as Gurias, em comum acordo, comentaram a todo o momento foi: “Queríamos ver o Jangadeiros crescer, sempre tivemos um amor muito grande por ele”. O Janga cresceu e hoje é um dos mais importantes, prestigiados e tradicionais clubes náuticos do Brasil, enchendo de orgulho seus sócios.

Chegou o momento de brindarmos a bonita e vitoriosa história de 76 anos do Jangadeiros

Se você ainda não comprou seu ingresso, ainda há tempo. Vamos, juntos, levantar a taça e comemorar um ano de grandes conquistas do Clube neste sábado, no jantar de aniversário, a partir das 20h, no restaurante da Ilha. A programação segue com a Regata de Aniversário e premiação no domingo

O ano de 2017 foi de grandes emoções e de muitas realizações no Jangadeiros. Relembramos o bem sucedido plantio em julho, pelos nossos sócios e comodoria, de 526 mudas nativas na Ilha, a conquista de mais um edital de licitação na Confederação Brasileira de Clubes (CBC) para seguirmos estimulando a Vela Jovem e a garra e o talento dos nossos atletas, em diferentes classes de barcos, que trouxeram para o Janga novos títulos mundiais, nacionais, sul-americanos, sul brasileiros e estaduais.

Os ingressos para o jantar comemorativo, com músicas selecionadas pelo DJ Eduardo Irigaray, estão disponíveis na Central de Eventos ou na Secretaria Administrativa pelo valor de R$ 100,00, sem bebidas.

A programação da tradicional Regata de Aniversário, no sábado (2) e no domingo (3), tem largada prevista para às 13h, envolvendo todos os clubes de Porto Alegre e classes de barco. Domingo, depois das regatas de Oceano e um Velejaço que irá colorir o Guaíba, será o momento de homenagear os vencedores, às 19h30min, também no restaurante da Ilha.

Mais informações sobre as regatas você confere no link:
http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2017/11/2017-A-Reg-Aniver-Cdj-76-anos.pdf

Manuel Ruttkay Pereira: “A família Jangadeiros sabe receber, sabe fazer e sabe acontecer”

“É comum olharmos para trás quando atingimos determinadas datas ou marcas em nossa existência, fazendo um balanço do período que se encerra. Como exemplo, isso acontence nos finais de ano, nas conclusões de cursos e também em nossos aniversários! Podemos fazer o mesmo com o querido Janga! Em meio ao mar revolto por incertezas no qual insiste em navegar nosso país, nosso maravilhoso refúgio singrou com coragem e chegou em vários portos com segurança e altivez durante o ano que passou! Os recursos financeiros limitados aceleraram a busca de uma administração mais enxuta e propositiva como forma de melhorar as condições de utilização de todas as nossas benfeitorias.

Câmaras de segurança, melhorias significativas na iluminação, incluindo aí trocas de luminárias por outras que propiciam mais economia, aperfeiçoamento do sistema elétrico, aumento do número de torres nos trapiches, padronização de procedimentos no estaleiro e no porto, recuperação de infláveis de apoio, trocas de mesas e cadeiras na área da piscina e cobertura de duas churrasqueiras adicionais foram objetivos atingidos com o esforço de um time de funcionários dedicados e competentes!

E como cereja no bolo, os campeonatos de vela do segundo semestre, principalmente aqueles realizados em novembro, trouxeram alegria, novos campeões e a certeza de que a família Jangadeiros sabe receber, sabe fazer e sabe acontecer quando o assunto é navegar! Imperfeições continuam a existir e sonhos persistem em nosssas mentes pedindo para que se tornem realidade! Temos consciência plena dos desafios que se colocam diante de nós e das nossas limitações, mas confiamos na capacidade de superação do quadro social do Janga e entendemos que sempre deve existir um momento para festejar! Esse momento é agora! Setenta e seis anos de vitórias e conquistas que já pedem um cantinho chamado de Museu do Clube! Feliz aniversário Clube dos Jangadeiros! Que o novo ano traga alegrias e realizações pessoais e institucionais!”

Parabéns a todos!”

Comodoro Manuel Ruttkay Pereira

Vice-comodoro Esportivo, Rodrigo Castro (à direita), durante a Semana da Vela, com o Diretor de Esportes da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul

 “É hora de celebrarmos a tradição do nosso clube na vela, se ja esportiva ou de lazer, e colocarmos o maior número de barcos na água. Opções não faltam: teremos no sábado regatas das classes Monotipos e para os barcos de Oceano e Cruzeiro teremos a regata em Solitário ou Dupla Mista. No domingo, um grande velejaço para os barcos de oceano e cruzeiro com largada em frente à ilha”

Rodrigo Castro, vice-comodoro Esportivo

Mais títulos para o Jangadeiros! O Clube é Ouro e conquista os três primeiros lugares do Estadual da Classe Snipe Fevers 2017!

Logo depois do grande momento que foi a Semana da Vela no Jangadeiros, o Clube sedia mais um importante competição e sai vencedor nos três primeiros lugares da tradicional classe Snipe e é vice na classe 470 do Campeonato Estadual da Federação Gaúcha de Vela (Fevers) 2017.

Foram seis regatas em três dias de competição de eventos instáveis, chuva e sol, bom índice técnico e muita garra dos atletas. Nossa dupla Gabriel Kieling, o Bolinha, e Átila Pellin sagraram-se os grandes campeões do Snipe e foram merecedores do primeiro Troféu Rotativo Carlos Henrique de Lorenzi. Uma emocionante homenagem ao Dedá, histórico campeão brasileiro e mundial do Snipe em 67,  Ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, atual Juiz Nacional de Regatas e sócio do Jangadeiros desde a década de 50.

O 2° lugar ficou com Fernando Kessler e Guilherme Medaglia que,  além de premiado atleta assina a criação do Troféu Rotativo, e o 3° foi conquistado pelos campeões mundiais Júnior e também do Sul Brasileiro de Snipe 2017, Tiago Brito e Antônio Rosa. E para completar o pódio  da classificação geral foram premiados em 4º lugar a dupla do Veleiros do Sul, Henrique Dias e Vilnei Goldmeier, e em 5º Carlos Felipe Hofstaetter e Chistian Hofstaetter.

Na classe olímpica 470, a dupla vencedora é Geilson Mendes e Gustavo Thiesen, do Veleiros do Sul, seguido pelas nossas atletas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, e em 3º, a dupla Ignacio Varisco e Frederico Garcia, do Club Náutico San Isidro e Yach Clube Argentino.

Parabéns atletas !!!

“Foi um campeonato preparatório para o Brasileiro que vai acontecer aqui no Clube em janeiro. Este Estadual foi duro, com bastante vento, condições similares do que será o nacional.  Foi importante estarmos velejando juntos porque depois do mundial que corremos não estávamos conseguindo treinar.  Foi uma competição maravilhosa, conseguimos velejar bem, treinar manobras e conquistar o título. Também teremos o Sul Americanos em Porto Alegre e a preparação para as duplas mistas do Pan-Americano.

Gabriel Kieling e Átila Pellin, campeões estaduais da classe Snipe 2017

 “É uma grande satisfação podermos homenagear o Dedá colocando o seu nome no Troféu Rotativo do Estadual de Snipe.  Este troféu chega no momento certo, porque ele faz parte da história do Snipe do Jangadeiros e do mundo.  Nosso Clube tem tradição de conquistar grandes títulos na classe. Parabéns Dedá, você nos orgulha e tem sido muito importante nos inúmeros campeonatos no quais és juiz”

Pedro Pesce, comodoro Administrativo

“Este troféu que a classe Snipe me oferece é muito significativo para mim, eu fico muito comovido e agradecido ao pessoal,  porque sou oriundo da classe onde naveguei e tive o prazer de trazer títulos aqui para o Jangadeiros”.

Carlos Henrique de Lorenzi, o Dedá

Confira a súmula completa aqui: http://jangadeiros.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Estadual-Snipe2017-final.pdf 

Felipe Frey e Ícaro da Macena são campeões brasileiros no Hobie Cat 16 e Adam Mayerle leva o título no Hobie Cat 14

Felipe Frey e Ícaro Da Macena são os campeões do Brasileiro de Hobie Cat 16. Nas últimas duas regatas da competição, disputada no Guaíba, em Porto Alegre, neste final de semana, a dupla de São Paulo conseguiu se manter na liderança, superando os paraibanos André Henriques e Juliana Baino, que ficaram com o segundo lugar. Claudio Cardoso e Mequias Queiróz, de Pernambuco, terminaram em terceiro.

A competição encerrou, nesse sábado, a Semana da Vela, que reuniu no Clube dos Jangadeiros três importantes competições do calendário nacional e mais de 200 velejadores. Além do Brasileiro de Hobie Cat 14 e 16, também passaram pelo Guaíba os barcos do 39º Sul Brasileiro de Optimist e do 1º Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude de Vela, num clima especial de confraternização.

Em mais uma tarde de céu nublado, Frey e Da Macena foram para a largada da última regata com a tranquilidade de apenas precisar manter os quatro pontos de vantagem que os separava da dupla segundo colocada. Henriques e Baino se esforçaram, mas não conseguiram reverter a diferença.

Com os barcos já em terra, alguns velejadores entraram com recurso, causando uma espera e expectativa de quase duas horas até a divulgação dos resultados do dia. Na classificação definitiva, no entanto, a dupla Frey/Da Macena ficou com 23 pontos; Henriques/Baino, com 31, e Teixeira/Oliveira, 16.

Foi uma semana literalmente de ouro para os dois campeões, que já haviam vencido no domingo (12) a regata de abertura pouco mais de 12 horas depois de Frey ter chegado à Porto Alegre. Apesar de um discurso de que estavam na cidade apenas para participar do campeonato, os dois velejadores logo entraram na disputa pelo título, se mantendo sempre entre os três melhores e fazendo boas regatas até que assumiram a liderança, na sexta-feira (17).

“Desde o começo do ano que eu não velejava. O último campeonato, o Sul Brasileiro, foi no carnaval, que disputei com minha esposa (Geisa Frey – a dupla ficou em segundo lugar)”, contou Frey. “Ela agora está com sete meses de gravidez e não tinha condições de vir. Eu também não participaria, mas o Ícaro e o Mario Dubeux acabaram dando força para vir. Foi bom porque tudo isso deixou a cabeça mais tranquila para competir”, finaliza.

“O campeonato foi dentro da expectativa”, avaliou Mario Dubeux, presidente da Associação Brasileira da Classe Hobie Cat e Campeão Gaúcho da classe, que também competiu em dupla com Karol Bauermann e terminou em 11º lugar. “O tempo foi meio sacrificante por uns dias, mas o Hobie Cat é assim mesmo”.

A outra dupla do Jangadeiros, João Kraemer e Lawson Beltrame, terminou em quinto lugar na classificação geral. Encerrado o Brasileiro, a próxima competição importante do Hobie Cat nacional será em março, na disputa do Sul Brasileiro, que poderá ser em Tapes (RS) ou Florianópolis (SC).

Mayerle vence no Hobie Cat 14

Na Hobie Cat 14, o domínio dos velejadores catarinenses ao longo da semana se manteve no pódio. Adam Meyerle ficou com o título, com 14 pontos, enquanto Eduardo da Silva, com 21, ficou com a medalha de prata. O terceiro colocado foi Gustavo de Souza, com 39 pontos.

A semana no Hobie Cat também teve a realização do 1º Campeonato Brasileiro Feminino de Hobie Cat 16, na quarta-feira (15). Karoline Bauermann, do Jangadeiros, e Marcela Mendes, do Iate Clube de Santa Catarina Veleiros da Ilha, foram as vencedoras.

Confira as súmulas:

Crédito das fotos: Claudio Bergman

Ouro, prata e bronze para o Jangadeiros no 1º Brasileiro da Juventude de Vela e no 39º Sul Brasileiro de Optimist!

A tarde foi de ouro, prata e bronze para o Clube dos Jangadeiros no último dia de regatas do 1ª Campeonato Brasileiro Interclubes da Juventude de Vela e do 39º Sul Brasileiro de Optimist. Nas águas do Guaíba, em Porto Alegre, Lorenzo Balestrin foi campeão no Optimist, enquanto Breno Kneipp e Ian Paim ganharam o ouro no 29er e Guilherme Plentz, na classe RS:X. João Emílio Vasconcellos, no Laser, e Luiza Moré, no Optimist Juvenil Feminino, conquistaram medalhas de prata. Também no 29er, Giovanne Pistorello e Gabriel Simões ficaram com o bronze.

O último dia de regatas foi de comemoração para os medalhistas e os demais 200 atletas que participaram dos dois campeonatos, organizados em conjunto pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), pelo Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e pelo Clube dos Jangadeiros.

Ballestrin arranca e vence

Com o céu nublado e bons ventos, Tadeu Rioja, do Yacht Club Santo Amaro, começou as últimas regatas na liderança do Sul Brasileiro de Optimist, mas obteve como melhor resultado apenas um 10º lugar. Com isso, Lorenzo Ballestrin assumiu a ponta, garantindo o título com 21 pontos.

Marina da Fonte, do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, ficou com o segundo lugar na classificação geral, com 23 pontos, enquanto Tadeu Rioja foi o terceiro, com 28.

“Foi um campeonato difícil”, comentou Balestrin, de 14 anos. “A maior dificuldade foi me manter bem concentrado, mas deu certo”.

O vento no Guaíba estava moderado durante a prova, o que, segundo Alexandre Neves, um dos juízes, exigiu habilidade dos velejadores. “O vento médio exigiu uma regata mais ‘técnica’ do que no primeiro dia, quando estava mais forte”.

No Juvenil Feminino, Marina da Fonte, do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, ficou com o título de campeã, com 23 pontos. Em segundo, Luiza Moré, do Jangadeiros, com 63, e Julia Olivier em terceiro, com 102. Já no Infantil o campeão é Erick de Mattos, com 49, seguido de Gustavo Glimm, com 52 (ambos do Veleiros do Sul), e Leonardo Didier (Yacht Clube Santo Amaro), com 91.

Clara Mateus (Iate Clube de Santa Catarina) ficou com a medalha de ouro no Infantil Feminino, com 147 pontos. O segundo lugar foi de Sofia de Faria (Iate Clube de Santa Catarina), com 152, e Gabriela Vassal (Clube de Campo de São Paulo), com 169.

Estreantes – Após a chegada, Felipe Fraquelli (Veleiros do Sul) comemorava a medalha de ouro, mas o resultado foi contestado. Alex Kuhl (Escola de Vela de Ilhabela) chegou a ser anunciado como novo campeão. No entanto, o resultado original acabou mantido. Com 12 pontos, Felipe superou Millena Holler (Veleiros do Sul), com 15, e garantiu o título. O terceiro lugar foi de Thais Freires (Cabanga Iate Clube de Pernambuco), com 16. Alex Kuhl terminou o campeonato em quarto lugar, com 25 pontos.

Ouro, Prata e Bronze no Brasileiro Interclubes

A sexta-feira também foi de ouro, prata e bronze para o Jangadeiros no 1º Brasileiro Interclubes da Juventude de Vela. No 29er, com seis pontos em sete regatas disputadas, Breno Kneipp e Ian Paim, do Clube dos Jangadeiros, terminaram em primeiro lugar, garantindo o título, e Giovanne Pistorello e Gabriel Simões em terceiro, ficando com o bronze. Guilherme Plentz foi o campeão da RS:X e João Emílio Vasconcellos conquistou a medalha de prata na Laser.

A segunda colocação no 29er foi da dupla Tiago Monteiro/Vinicius Pereira, do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, com 12 pontos. Giovanne Pistorello e Gabriel Simões, donos do bronze, terminaram o campeonato com 17 pontos.

“A gente teve quatro dias com diversas condições de vento e isso serviu para mostrar que estamos treinando forte”, disse Breno Kneipp. “O vento favoreceu e deu para aproveitar bastante. Foi um campeonato interessante”, completou Paim.

Os dois campeões agora se preparam para o Mundial da Juventude de Vela, em Sanya, na China, em dezembro.

Comemorações também para Gabriel Simões, ganhador do bronze junto com Pistorello. “Foi um campeonato diferente, com muitos barcos e boa estrutura. Deu para pegar mais experiência”.

Na 420, Gabriel Lopes e João Antonio (Veleiros do Sul), garantiram o título de campeões, com seis pontos. As duplas José da Silva/Samer Kayali (Iate Clube de Santa Catarina) e Letícia da Silva e Joana Ribas (Veleiros do Sul) terminaram ambas com 15 pontos, mas nos critérios de desempate a prata ficou com os primeiros enquanto as duas meninas ganharam o bronze.

João Emílio Vasconcellos garantiu a medalha de prata no Laser, completando a tarde de títulos para o Jangadeiros. Ele terminou com 16 pontos após oito regatas. O campeão da classe foi Tiago Quevedo, com 10 pontos, enquanto Nicolas Mueller (ambos são do Veleiros do Sul) ficou em terceiro, com 19.

“Foi um campeonato muito bom, que vai servir de preparação para 2018”, disse.

Na RS:X, Guilherme Plentz, do Jangadeiros, marcou cinco pontos e ficou com o título brasileiro. A medalha de prata é de Larissa Schenker, do Team Brazil, com 9.

“Foi um baita treino para as próximas provas”, disse. Plentz agora se prepara para a III Copa Brasil de Vela Jovem, em dezembro.

Hobie Cat tem emoção até o fim

Na regata de abertura do Brasileiro de Hobie Cat 16, no domingo, a dupla Felipe Frey/Ícaro Da Macena foi a vencedora, com André Henriques/Juliana Baino, em segundo lugar. As duas duplas agora repetem a disputa que só neste sábado (18) deverá definir o campeão. Se André Juliana começaram as regatas da tarde desta sexta-feira na liderança e com três pontos de vantagem, Frey e Ícaro assumiram a primeira posição com três vitórias em quatro regatas. As duas últimas provas definem o título a partir de meio-dia deste sábado.

Com a classificação, Frey/Da Macena lideram com 14 pontos enquanto André Henriques/ Juliana Baino estão em segundo lugar, com 19. Já os atuais campeões brasileiros, Claudio Teixeira/Bruno Oliveira, estão em terceiro lugar, com 36 pontos.

“Está indefinido ainda, mas se o vento ficar parecido com o de hoje, acho que temos chance”, comentou Felipe Frey.

“Foi um bom dia. Liderei as duas primeiras regatas, mas o concorrente conseguiu ganhar e tirar a diferença”, disse André. “Mas nada está definido ainda”.

“Se um dá uma bobeira, o outro passa e leva o título”, brincou Mario Dubeux, presidente da Associação Brasileira da Classe Hobie Cat e que também compete em dupla com Karol Bauermann. “Hoje o vento esteve tranquilo e essa disputa no fim só valoriza o campeonato”.

Na Hobie Cat 14, o domínio dos velejadores catarinenses continua. As duas regatas do fim da competição, Adam Meyerle lidera o Campeonato Brasileiro e é favorito ao título neste sábado, com 8 pontos. Eduardo da Silva, com 19 pontos, é o segundo colocado e Gustavo de Souza é o terceiro, com 31 pontos.

Parabéns aos nossos atletas!!

Crédito das fotos: Claudio Bergman.

Jangadeiros foi cenário perfeito para o desfile da Open Closet

O belíssimo sol do entardecer de quarta-feira (15), no Janga, foi o cenário do desfile da Open Closet, marca das meninas Martina Szabo e Ângela Aronne. À beira da piscina superlotada do Jangadeiros, modelos femininos e masculinos desfilaram a primeira coleção do Clube, entre música do DJ Noah, cerveja artesanal, espumante, distribuição de plantas, muito calor e um astral animadíssimo que durou até a noite.

Camisetas polo, moletons, tricôs, shorts, bermudas em sarja, vestidos longos e uma linha fitness foram apresentados com muito charme e elegância. As cores navy da bandeira do Clube, vermelho, branco e marinho, deram o tom às peças desenhadas pela dupla de sócias e designers. Os detalhes dos modelitos impressionaram pelo requinte e charme, e foram aplaudidos do início ao fim por sócios e convidados que curtiram o desfile em meio ao encantador pôr do sol da tarde.

Além da coleção inédita do Janga, Martina e Ângela lançaram a própria coleção da Open Closet, a Open Closet Collection, toda inspirada na descolada classe Hobie Cat. As cores das peças lembraram os anos 80, auge do barco por aqui, e o rosa, o amarelo e o verde-limão apareceram com muita força, dando um toque singular às roupas. Os manequins desfilaram blusas, macacões, vestidos, maiôs, biquínis, shorts e bermudas, peças que apresentaram ilhoses e amarrações feitas com cabos de barcos. Para embalar a galera, uma trilha contagiante e repleta de hits bacanas.

Num lounge gostoso e aconchegante, montado perto da piscina, sandálias, rasteiras e alpargatas com o logo do Jangadeiros, eram mostradas por Gabriele Romano, proprietária da marca La Playa. “Faremos em breve alpargatas com o logo das classes de barcos”, conta a novidade. Além do lounge, um food truck da Dandara, marca de cerveja artesanal. Para servir, ninguém menos do que quem faz: Tiago Brito, atual campeão de Snipe Junior. E para agradar gregos e troianos, também tinha espumante da Dama Rótulos, empresa de Fernanda Bertollo e Marielly Lautert que patrocinou o brinde no final do desfile.

Emocionadas, Ângela e Martina se dizem orgulhosas pelo trabalho que conseguiram mostrar. “Somos muito gratas ao Clube, em especial ao Pedro Pesce, vice-comodoro administrativo, que abriu as portas para nós”, comenta Ângela, designer com mais de 20 anos de experiência no mundo fashion. Segundo ela, a coleção que foi exibida retrata um estilo de vida real, uma vivência inspirada num life style que une moda e esporte. “Fazemos tudo com verdade e com história”, declara.

Quem compareceu ao show de beleza que foi o desfile da Open Closet, com certeza ficou com gostinho de quero mais.

Confira belíssimas imagens do desfile da Open Closet neste feriado de quarta-feira:

Crédito das fotos: Claudio Bergman.