XANDI PARADEDA GARANTE VAGA PARA O BRASIL NOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE 2019
O GAÚCHO ALEXANDRE PARADEDA VENCE O CAMPEONATO SUL-AMERICANO MISTO DA CLASSE SNIPE E GARANTE A VAGA PARA O BRASIL NOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE 2019
Depois de três dias de competição iniciada no último domingo (25) e um total de seis regatas nas águas do Guaíba, no Clube dos Jangadeiros, em Porto Alegre, finalmente foi decidido nesta (terça-feira, 27) os quatro países que conquistaram vagas para os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019: Brasil, Argentina, Porto Rico e Uruguai.
Campeão mundial em 2001, doze vezes campeão brasileiro, quatro no Sul-Americano e Medalha de Ouro no Pan-Americano do Rio, em 2007, e Prata em Winnipeg, em 1999, o multicampeão Alexandre Paradeda venceu quatro das seis regatas do campeonato, garantindo ao lado da jovem atleta Ana Júlia Tenório, de 17 anos, a vaga para o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima.
Ele ficou com uma diferença de nove pontos do segundo lugar na categoria Misto, a campeã mundial Feminino Juliana Duque, em dupla com Rafael Martins, ambos da Bahia. A vaga para a Argentina foi conquistada pelo argentino Luciano Pesci e Bárbara Brotons, classificados em terceiro lugar.
A vaga de Porto Rico, foi defendida pelo campeão mundial Raúl Ríos, de 24 anos, e pela sua proeira Sofia Rivera, 7º lugar no Misto. Raul foi Medalha de Ouro no Pan-Americano de 2015, em Toronto, três vezes campeão norte-americano e campeão nacional nos Estados Unidos em 2013, 2014 e 2015.
O país vizinho Uruguai, também conquistou a sua vaga com o multicampeão, Ricardo Fabini, classificado no misto em 8º lugar ao lado de Florencia Panizari. Fabini foi campeão mundial em 1989, venceu o campeonato do Hemisfério Ocidental de Snipe em 1991, foi campeão sul-americano em três edições e Medalha de Prata no Pan-Americano em 1995.
O top 5 na categoria Misto foi completado com a dupla argentina Luis Soubie e Brenda Quagliotti, 4º lugar, e Mário Sérgio Júnior, da Escola de Vela de Ilha Bela, em dupla com Amanda Rodrigues, do Clube dos Jangadeiros, em 5º.
FOCO NO PAN-AMERICANO
“Foi um campeonato bem difícil, longo, de vento forte, uma competição dura. Muita gente lutando pela vaga no Pan-Americano, com quatro campeões do mundo, para se ter uma ideia o cubano, bicampeão Pan-americano e mundial não conseguiu a vaga, para ver o nível de dificuldade do evento. Amanhã (quarta-feira), vou seguir correndo com a Ana até sábado no Sul-americano Aberto. E depois, vamos correr juntos todos os campeonatos dentro do Brasil para pegar entrosamento e ter chance de brigar pela vaga na eliminatória do Pan, em novembro”, diz Alexandre Paradeda.
Na categoria Master (timoneiros com idade acima de 45 anos, e com o timoneiro e proeiro atingindo o limite de 80 anos) o grande campeão foi a dupla Fernando Kessler e Rolf Peter Nehm, do Clube dos Jangadeiros.
Nos três dias de competição não faltou emoção e muita disputa entre os 120 atletas de oito países que buscavam as suas vagas para o Pan-Americano. A delegação cubana chegou uma semana antes para se adaptar aos rebeldes ventos gaúchos, que mudam com muita constância. As condições de tempo desde o primeiro dia foi de tempo nublado e chuva, com ventos que variaram muito, chegando ao limite máximo permitido de 23 nós.
Hoje, dia decisivo para as realizadas das duas regatas do dia, a chuva veio acompanhada de uma neblina que praticamente não deixava o presidente da comissão de regatas, Cuca Sodré, enxergar a boia na raia da Baía da Pedra Redonda. Mesmo assim, todos os atletas elogiaram a “beleza” da disputa da segunda regata, com ventos mais regulares e com os barcos em condições mais competitivas.
RESULTADOS
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