Atletas do Clube dos Jangadeiros disputam a 33ª Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro

Organizado pelo Iate Clube do Rio de Janeiro entre os dias 5 e 7 de setembro, competição vai reunir as classes olímpicas, pan-americanas, da juventude, open e Optimist.

Seguindo os protocolos de prevenção, os atletas do Clube dos Jangadeiros retornarão a disputar competições neste mês de setembro, com a realização da 33ª Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro.

Para as regatas do campeonato, organizado pelo Iate Clube do Rio de Janeiro entre os dias 05 e 07 de setembro, o Jangadeiros será representado pelos velejadores Guilherme Perez e João Emílio Vasconcellos (Laser Standard), Isadora Dal Ri (Laser Radial) e também pelos velejadores Lucas Geyer e Pedro Rosa, da classe Optimist.

“Estamos ansiosos para disputar este campeonato. Será muito bom participar para ter uma experiência no mar, em água salgada, e também retornar ao ritmo das competições depois de um longo tempo parado, analisando como isso vai se refletir em relação aos outros competidores”, disse Guilherme Perez.

A 33ª Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro vai reunir as classes Optimist, 420 (Masculino e Feminino), 29er (Masculino e Feminino), Laser Standard, Laser Radial (Masculino e Feminino), Laser 4.7 (Masculino e Feminino), RS:X (Masculino, Feminino e Jr.), IQFoil, Finn, Snipe, 470 (Masculino e Feminino), 49er, 49FX e Nacra 17.

As largadas para a competição, que vai seguir as regras de distanciamento social e protocolos de prevenção ao Coronavírus, estão previstas para às 13h.

Atletas do Jangadeiros competem na Semana de Vela de São Paulo

Velejadores Guilherme Plentz, Gabriel Simões e Manoela Pereira da Cunha representam o Clube no campeonato que acontece de 05 a 07 de setembro, nas águas da Represa Guarapiranga.

O Clube dos Jangadeiros também vai contar com velejadores para a disputa da Semana de Vela de São Paulo, que será realizada no Clube de Campo do Castelo entre os dias 05 e 07 de setembro, nas águas da Represa Guarapiranga.

Os atletas Guilherme Plentz (Formula Foil) e a dupla Gabriel Simões e Manoela Pereira da Cunha (29er) vão representar o Jangadeiros na competição que contará ainda com regatas para as classes Optimist, 420, Laser 4.7, Laser Standard, Laser Radial, Snipe, Star, Mini Oceano, DaySailer, Hobie Cat 16, Finn e Radio Controlado (IOM).

“Essa nova classe é um desafio muito grande, porque agora as pranchas velejam mais rápido que o vento e apenas a quilha fica em contato com a água, aumentando a dificuldade para controlar o quanto você vai orçar, a velocidade, o toque e a rajada. Além disso, também é preciso controlar a altura em que a prancha está na água. Estou gostando bastante dos treinos e desta transição e adaptação e, após o campeonato, vou para Ilhabela treinar com o atleta Mateus Isaac”, revela o atleta Guilherme Plentz.

A Semana de Vela de São Paulo conta com o apoio da FEVESP (Federação de Vela de São Paulo), YCSA (Yacht Clube de Santo Amaro), SPYC (São Paulo Yacht Club), YCP (Yacht Clube Paulista), CCSP (Clube de Campo do São Paulo) e APVRC (Associação paulista de Veleiros Radio Controlados).

Sua Foto no Janga

Sua Foto no Janga

O Sua Foto no Janga encerra esta semana com a belíssima imagem captada pela Tatiana Tedesco Garcia, na Ilha dos Jangadeiros.

Agradecemos a todos que seguem compartilhando com a gente os seus lindos registros de cada cantinho do Clube. Siga mandando suas imagens para o e-mail comunicacao@jangadeiros.com.br. e participe!

Janga Sail Talks Live relembra a conquista do título do Campeonato Mundial de Snipe de 1967

Os velejadores campeões Nelson Piccolo e Carlos Henrique de Lorenzi compartilham as histórias do feito em bate-papo que destaca a tradição do Clube dos Jangadeiros na classe.

Janga Sail Talks Live relembra a conquista do título do Campeonato Mundial de Snipe de 1967

Para começar o mês de setembro, a nova edição do Janga Sail Talks Live vai contar com a participação especial dos campeões do Mundial de Snipe de 1967 Nelson Piccolo e Carlos Henrique de Lorenzi, o Dedá, em bate-papo que acontece na próxima quinta-feira, dia 03.

Com transmissão ao vivo no Youtube do Clube dos Jangadeiros a partir das 19h, o bate-papo vai relembrar os preparativos para viagem, as regatas e a conquista da dupla no Campeonato Mundial de Snipe, realizado em 1967 em Nassau, nas Bahamas.

Os campeões contarão os detalhes da competição, além de falar do ano vitorioso da dupla, que também conquistou o Campeonato Brasileiro e a medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Winnipeg. A condução do programa será realizada pelo Coordenador de Vela Jovem do Jangadeiros, Jurandir Simões.

Não perca! O Janga Sail Talks Live inicia às 19h, no Youtube do Jangadeiros. Para assistir, basta acessar o canal do Youtube no horário do programa. A live também será disponibilizada posteriormente do Facebook do Clube.

Nota de Pesar

O Clube dos Jangadeiros manifesta suas condolências pelo falecimento do sócio Dr.  Paulo Damiani, que veio a falecer nesta quinta-feira, 27 de agosto.

Associado desde 1985, o médico Paulo participou da Comodoria da gestão do Comodoro Paulo Renato Paradeda. Atuando como Diretor de Parques e Jardins, sempre foi cuidadoso com a criação de novos espaços verdes no Clube, sendo responsável pela plantação e nominação das árvores que estão atualmente nas churrasqueiras e no pavilhão de lanchas.

Agradecemos os anos de carinho dedicados ao Clube, e desejamos força para os amigos e familiares neste momento de dor.

Cruzeirista da Semana | Comandante Thais Lima Oliveira

Cruzeirista da Semana

Comandante Thais Lima Oliveira, do veleiro Dreamy II.

Cruzeirista da Semana Comandante Thais Lima Oliveira, do veleiro Dreamy II.

A Cruzeirista da Semana do Clube dos Jangadeiros é a Comandante Thais Lima Oliveira, do veleiro Dreamy II, um Velamar 24.

Segundo Thais, que é sócia do Clube há dois anos, “a vela representa muito aprendizado, união da família, respeito e dedicação”. A associado conheceu o Jangadeiros após visitar a sede com seu marido, Carlos Belo, que estava à procura de um veleiro para comprar. Nisso, veio o primeiro barco, o Ranger 22 Dreamy.

Confira abaixo a entrevista especial com a Comandante Thais Lima Oliveira:

– Como foi sua chegada no clube?
Meu marido, Carlos Belo, estava olhando barcos para comprar e encontrou o Dreamy no Janga. Fui lá conhecer o barco e me apaixonei pelo clube. A ideia inicial era levarmos o barco para outro lugar, mas pelo nosso calado, não seria possível o acesso. Felizmente, a decisão foi de ficar no Janga e nos associamos!

– O que mais gosta no clube? Quais as melhores lembranças?
O Janga é o clube mais bonito de Porto Alegre, tem uma energia ótima e dá uma paz incrível. Adoro tudo, desde a entrada, sempre somos recebidos com sorrisos pelos funcionários, que sempre são prestativos e educados. As minhas melhores lembranças são dos churrascos com familiares e os eventos no restaurante com os casais de sócios que viraram amigos. Muitas saudades também do evento Janga Sail Talks presencial!

– Quais veleiros já teve?
Tivemos o Dreamy, um Ranger 22 e agora o Dreamy II que é um Velamar 24.

– Eventos de vela que já participou:
Nunca participei de um campeonato para valer, apenas acompanhando os veleiros participantes. O evento que participei: Desfile de 7 de setembro que o Janga organizou, mas houve a participação dos demais clubes também, mais de 20 veleiros, foi lindo!

– Para você, ser cruzeirista é:
Ser livre para sair acompanhando o vento, sem horário para chegar no destino combinado, apreciando a paisagem no caminho.

– Uma grande recordação de velejada:
Foi o passeio do clube com churrasco dos sócios na Praia do Tranquilo. Um evento maravilhoso que espero que se repita mais vezes, pois tive a oportunidade de conhecer vários sócios e confraternizar com amigos queridos.

– O que não pode faltar no barco?
O barco deve ser confortável e funcional para quem veleja, temos que nos sentir em casa! O ideal é se preparar bem para a velejada com alimentos e muita água potável. Equipamentos de segurança e de navegação são fundamentais.

– Quais as principais dicas que você daria para quem gosta de velejar e comprar um barco?
Para quem gosta de velejar, é importante fazer um curso de vela oceânica para ter uma boa noção… Quanto ao barco, começar por um pequeno, até se sentir seguro para ir para um veleiro grande. Para velejar no nosso Guaíba, sugiro optar por um de quilha retrátil, pois facilita nas secas e para se aproximar mais nas nossas praias.

– Lugares memoráveis que gostaria de conhecer e velejar:
Tenho muita vontade de desbravar a nossa Lagoa dos Patos, velejar por Paraty, Caribe, Malta e Croácia.

– Um recado final para os velejadores:
Sou muito nova na vela para deixar recados, mas aprendo muito ouvindo as experiências e conselhos dos sócios velejadores.

Nota de Pesar

O Clube dos Jangadeiros manifesta suas condolências pelo falecimento do sócio e jornalista Flávio Wornicov Portela, que também integrava o tradicional Grupo dos Piranhas do Jangadeiros e, infelizmente, veio a falecer nesta quinta-feira, 27 de agosto. Agradecemos os anos de carinho dedicados ao Clube, e desejamos força para os amigos e familiares neste momento de dor.

Os atos fúnebres acontecem ao longo desta tarde, no Cemitério Jardim da Paz (Avenida João de Oliveira Remião, 1347), com enterro marcado após às 17h.

 

Assista o Janga Sail Talks sobre as Histórias de Navegação na Lagoa dos Patos!

No primeiro episódio de três lives sobre a região, jornalista e historiador Tau Golin compartilhou os detalhes da Lagoa no período Brasil Colônia.

Assista o Janga Sail Talks sobre as Histórias de Navegação na Lagoa dos Patos!

Na noite desta quinta-feira, 27 de agosto, foi realizada mais um edição do Janga Sail Talks Live, bate-papo sobre experiências náuticas promovido pelo Clube dos Jangadeiros.

Em um programa especial de uma série de três lives sobre a Lagoa dos Patos, o primeiro episódio sobre as histórias de navegação na região contou com as informações e detalhes compartilhados pelo jornalista, historiador e professor Tau Golin, falando sobre o período do Brasil Colônia.

Para conferir na íntegra, basta acessar um dos links abaixo:

Confira o relato da última etapa do veleiro Uruguaiana 3 rumo a Refeno 2020

Comandante Henrique Freitas revela os detalhes da chegada da tripulação à Recife para participar de um dos principais eventos da vela no Brasil.

Confira o relato da última etapa do veleiro Uruguaiana 3 rumo a Refeno 2020

Os detalhes da última etapa da navegação do veleiro Uruguaiana 3 rumo à 32ª edição da Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha, a tradicional Refeno, foram detalhados no novo relato compartilhado pelo Comandante Henrique Freitas.

Agora, o foco será na participação da Refeno, que tem largada prevista para o dia 10 de outubro, no Marco Zero, no Recife. A regata conta com mais de 300 milhas náuticas, o até o Mirante do Boldró, em Fernando de Noronha. Confira abaixo o Diário de Bordo do Comandante!

Etapa 3 – 27/7 [29] CNC a [16]20/8 | Cabanga: Niterói, Forno, Vitória, Abrolhos, Ilhéus, Camamu, Salvador, Maceió, Recife.

“O veleiro Delta 41, Uruguaiana U3, do Comandante Henrique Freitas, com a brava e paciente (risos) parceria de César Missiaggia e a alegria de Paulo Dariva na perna Vitória-Salvador, por fim chegou ao final da 3ª etapa e está ancorado em Recife. As etapas seguintes serão: a Refeno em si, em 10 a 12 outubro, e depois a volta para casa, a contar de 23 de outubro.”

“O apronto no Clube Naval Charitas, em Niterói/RJ, com apoio bárbaro de Henrique Velloso (do veleiro Gentileza) e do marinheiro Nilo, fantástico, deu-se em 27 e 28 julho, rancho, diesel, faxina, etc., e zarparam em 29/7 para Cabo Frio, praia de Forno. Na chegada, deveriam acessar uma enseada e seus baixios por uma “porteira” numa fortaleza de pedra, mas a feição do mar, do vento e das ondas levaram a tripulação a decidir circundar a região por fora, tendo uma vista esplendorosa de Cabo Frio!”

“Chegando de tardinha na praia do Forno, vazia, linda, uma casinha no canto, uma escadaria de acesso… Ali pernoitamos e ficamos o dia seguinte (30 de julho). Sempre estudando a ‘méteo’, inclemente, com ventos de 35 a 40 nós e com ondas de 4m. Ali, de longe, podia-se ouvir o mar “roncar”!”

“Nos dias 31/7 e 1/8 nos deslocamos a Vitória, antes disso, com muita luta para vencer o Cabo São Tomé. Parecia que o barco lutava com o vento e com o mar e suas ondas enormes, e sobretudo, não avançava. Foi muito cansativo e mesmo tenso. Avistamos uma rede ali, a metros de nós, desviamos a tempo numa manobra ousada.”

“Chegamos em Vitória de noitinha, onde, por sorte, o rádio no VHF 73 de surpresa mostrou um rádio operador atento, chamou-nos já pelo nome, instruiu, orientou para não entrar pelo canal dos navios, mas sim do ladinho: nunca visto antes tal atenção. A entrada, em certo momento, força a gente a dobrar 90 graus em direção a meio entre uma laje e um baixio, e então dobra aqui e ali, e acessa-se a famosa “Curva da Jurema”. Chegamos sem nada notar da região, meio perdidos, meio preocupados, muito escuro.”

“No dia seguinte, acordamos no paraíso! Um astral, uma vida plena! Remos, nadadores, água limpa, pedras lindas, uma vista maravilhosa! Bikes, caminhantes… Dali, surge num veleirinho monotipo, o anjo Edmar! A surpresa ao acordar no local, o astral, o Sheraton! A escola de vela! A poita de água! Tudo tinha. O Edmar se apresenta, já havia designado um aluno para nos ajudar com a água, outro com o diesel, outro com o supermercado. Parecia mesmo um índio de Uruguaiana, hospitaleiro, simples, de fala mansa e boa, generoso, e ainda trouxe pela mão um bote a motor e disse: “vou deixar aqui para vocês, caso precisem!”. Dali do barco se avistava também uma ponte por baixo, da qual passavam lanchas, saídas do clube, o qual, de veleiro, somente pelo outro lado, mas dependendo de maré, horário, etc.”

“Em Vitória, sobe a bordo o Paulo Dariva, vindo de Porto Alegre. Zarpamos para Abrolhos, longe e a 33 milhas náuticas da costa. A chegada é de tirar o sopro até da alma, é magia pura, delicado imaginar que tal exista. Baleias, golfinhos, e mais baleias. Uma natureza exuberante, maravilhosa! Contemplação, chegada bem calma, mas com vento e ondas sempre. No rádio, um veleiro já fundeado do outro lado evoca: “estamos aqui e desejamos amizades!”. (Risos) Ocorre que ele estava mais ao Norte do arquipélago, e a gente, para lá se dirigindo, viu aquele veleirinho caturrando, aparecia inteiro, até a quilha, for a d’água. Não! Ali não vamos fundear, e voltamos ao ponto indicado pelo Gentileza, ali perto da siripa, mas com a onda quebrada pela emenda com a Redonda. Belíssimo dia, azul, passamos bem, fizemos assadinho, contemplação pura, descanso. Dois contatos rádio, rádio farol e Parque Nacional. Esperamos a visita, em vão. Ao partir, uma baleia saltou inteira for a d’água, a 50m de nós!! Uhul! Ali então foi, entre ida e estada, 2, 3, 4 agosto.”

“No dia 5 de agosto, indo a Ilhéus, nosso anzol fisgou um peixão, enorme, pesado, o César ficou maluco! Peixa para lá, peixe para cá, e… uma baleia passa lentamente entre o barco e o peixe, o barco andando a 6, 7 nós. Estávamos a 8, 9 nós quando o César pediu “mata o barco!” O peixe acabou rompendo a linha…foram os percalços e novidades de pesca de corrico: tem que recolher uma vela, cortar eventualmente o motor de apoio, mudar o rumo, gerenciar as ondas altas e o vento que bate de algum lado, forte. Mas tudo isso era a primeira vez que fazíamos.”

“Em Ilhéus, descansamos. A chegada com calma e devagar, muitos pesqueiros, mas bem abrigados atrás de um porto. Realmente, foi uma boa ter parado ali. Assim, quebramos uma noite que seria no mar. Nos dias 6 e 7, então, indo a Camamu, onde ficamos nos dias 8 e 9, perto da pousada Chez Petit, da Patrícia e do Ricardo, que nos receberam muito bem, com camarões e tal. Enfim, ainda na ida a Camamu, o César finalmente teve uma apoteose na sua pesca: fisgou um dourado, lindo, amarelão, cheio de tons, foi bárbaro! Filmamos tudo! E preparamos maravilhas ao forno e mais algumas ‘cositas’. Também, tivemos que jogar baldes de água no convés, ficou todo melecado de peixe (risos). E o forno ganhou duas formas de peixe, cebolas, batatas, temperos, etc. Ficou muito bom.”

“Nos dias 10 e 11 de agosto, fomos a Porto Salvador Marina, onde encontramos o Dominique! Uma figura, gentil, atencioso. O centro, bem no Elevador Lacerda, bastante no prejuízo, com a cidade meio em pandemia e com muita coisa fechada. Nos dias 12 a 14, fomos a Maceió, longe, 2 dias e 2 noites no mar, delicado a gerenciar essa saída de Salvador, não se dava vencimento da corrente contra, das ondas, do mar, do vento, tivemos que dar um longo bordo negativo quase, para entrar mar adentro e daí sim poder os subir. Chegando em Maceió, dia 14, os pescadores te rodeiam, ficas sem bem entender, querem te oferecer carona para terra e peixes. Tem ali a associação de vela, que oferece banho quente e algum outro apoio. Veio perto do barco o “seu Dita”, isso já no dia seguinte, quando estávamos quase levantando âncora. Pediu se tinha ‘cafezinho’. Eu disse: “vou fazer um cafezinho para o senhor!” Ao provar, ele olhou muito para a minha canequinha de estimação, de alumínio, e fulminou: “gostiou mutio!” Na terceira vez que ele repetiu essa frase, não tivemos como resistir, e, embora já tivéssemos presenteado ele com outras coisas, ele ganhou de presente também a canequinha. Um ser do bem, fica bem guardada a caneca. Ao levantarmos âncora, o guincho deu uma falhada, o que por sorte contornamos.”

“Nos dias 15 e 16 de agosto, então, afinal a ida a Recife. Um pouco de saudades de casa, é verdade. Se a gente entrasse em Barra de São Miguel, dali não conseguiríamos avançar, todo povo festeiro lá se reunindo (risos)! Não poderíamos fazer nada a não ser aderir ao movimento! Chegamos, com mais uma noite no mar, atentos ao acesso, um 360 para não jibar, recolher a genoa, e entrar no canal de dentro, do porto, muitas surpresas agradáveis, tudo lindo, bem moderno misturado com o antigo, muita gente cedo passeando, recebemos muitos acenos, muitas selfies foram feitas conosco de fundo. Fundeamos para esperar a maré subir. Meio-dia veio um bote do Cabanga para nos acolher e fazer entrar com apoio. Tudo perfeito.”

“De 16 a 19, o Leo e a Sueli nos acolheram muito bem, o seu Almir do porto e todo seu time bárbaro. O restaurante com cozinha muito boa! As piscinas, não desfrutamos. Mas eram lindas. Infra total, apoio, marinheiro Max, top do top, e pessoal de serviço, Jaque na capotaria, seu João no motor, seu Claudemir na vedação e refixação do guincho de âncora, entre outros. Eusébio no SSB e VHF.”

“Nessa subida toda, foram preciosas as dicas recebidas do Gigante, da Bruna e do Jairo, do Henrique Velloso. A nossa G3 auto-cambante chegou ‘cambaleante’, na parte da saia, a vela de kevlar mostrou que sentiu a viagem. Sentimo-nos seguros em toda viagem, raramente alguma preocupação maior. Na tripula, merece um baita agradecimento o César, incansável no apoio. E os checklists, por ‘Diós’, são fundamentais para que tudo seja feito em segurança. E assim, vai-se aprendendo, a tirar o melhor do barco, a lidar com os pirajás, a vencer o mar, e também em que e como prestar atenção.”

“O uso da vela mestra de Delta 32 foi um fator de sucesso, pois andava-se a 6, 7, 8, 9 nós e mesmo 10 e 11. E sempre bem estabilizado o barco. As sessões ali por 20h, no telão, com o coach Eduardo Bojunga de Oliveira, sobre rotas e ‘passage-plan’ (onde vamos estar em que momento, andando a média tal e partindo a tal hora) e ‘méteo’ e suas evoluções, bem como o que havia se passado, e como se lidou com aquilo, permitiram ir consolidando o aprendizado. As condutas para enfrentar o Cabo São Tomé e depois para sair de Salvador, ainda custaram algumas horas extras de velejada, mas aprendemos a vencer. É fundamental preparar e planejar cada etapa, cada perna, monitorar a ‘méteo’, situações de mar de um lado e vento de outro trazem desconforto.”

“As lições são incontáveis. Usar as poitas, muitas em mau estado, emendar rapidamente cabos para dar conta de uma situação, subir e descer o bote em certas circunstâncias, estudar os ‘passage-plans’, estudar a ‘méteo’ constantemente, passar a perna no rádio, com um mau contato qualquer, costurar a mestra num cantinho que estava se descosturando [a nossa velha, de Delta 32]. Usar escotas da genoa, de bombordo e de boreste, mesmo se com a escota auto-cambante ‘a full’, ajuda a melhor trimar regular as velas. E não que numa certa hora, por alguma razão, a auto-cambante soltou um pino da manilha, mas ficou presa entre as outras 2 escotas que colocamos, por sorte! Testamos algo no nosso controle do bow thruster, tivemos ajuda do Junior Araken, via fone. E sempre ajuda do nosso coach, com quem discutíamos as ações. As poitas, uma novela cada uma delas, algumas em estado deplorável. Usar luvas, ter cuidado, pois é bem fácil se machucar. Saímos ilesos. E aprender também no respeito e no convívio com o outro, na tripula em si. Fundamental. Outro aspecto essencial é o AIS! Mas cuidado com os pesqueiros, a maioria não tem! Enfim, inúmeros aprendizados, preparar antes toda comida da próxima perna, deixar tudo temperadinho, certinho, fechadinho hermeticamente, previsto para toda tripula, etc. E estamos em Recife, prontos para a Refeno!”

Sua Foto no Janga

Sua Foto no Janga -Flavia Howes

O lindo registro do entardecer da Ilha captado pela associada Flavia Howes é o nosso registro do ‘Sua Foto no Janga’ desta semana.

Compartilhe o seu clic com a gente! Mande sua foto no Clube para o e-mail comunicacao@jangadeiros.com.br. As imagens são divulgadas semanalmente nas redes sociais do Jangadeiros.