Arquivo para Tag: Dedá

Campeonato Estadual de Snipe terá troféu próprio em homenagem ao Dedá

Troféu foi criado e produzido pelo capitão da flotilha de snipe, Guilherme Medaglia 

No mês de novembro, o Clube dos Jangadeiros irá receber o Campeonato Estadual da Classe Snipe. A competição terá uma boa novidade. Pela primeira vez, contará com o próprio troféu que levará o nome de Carlos Henrique de Lorenzi, o famoso Dedá. É uma merecida homenagem ao gerente nacional de Regatas que já conquistou grandes títulos na Snipe como o campeonato mundial e o pan-americano em 67.

A taça traz a imagem de uma narceja, ave que mede cerca de 30 cm de comprimento, possuindo bico longo e reto, além de um dorso escuro com faixas amareladas. Em inglês, o nome da ave é “Snipe” e é o símbolo dessa tradicional classe do iatismo.

A ideia da homenagem partiu do atleta Guilherme Medaglia. Há cerca de um ano, ele estuda entalhe em madeira na Casa do Artesão de Porto Alegre com o mestre Ary Minotto. Resolveu então usar esse novo talento em prol da flotilha da qual é capitão. “Demorei uns três meses para fazer o troféu, mas não o produzia diariamente. É uma contribuição a mais que pude oferecer para nossa flotilha”, diz Medaglia.

Dedá também representará o clube em Florianópolis

O Jangadeiros não estará representado apenas por velejadores no 65º Campeonato Brasileiro da classe Snipe. Além das sete duplas que disputarão regatas a partir do próximo domingo, 2 de fevereiro, em Florianópolis, Carlos Henrique De Lorenzi, o Dedá, marcará presença no evento, atuando como juiz de protesto. Ele também exercerá a mesma função durante o Circuito Oceânico de Santa Catarina, que será realizado pelo Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha, entre os dias 8 e 11 de fevereiro.

Sócio benemérito, laureado e integrante vitalício do Conselho Deliberativo, Dedá tem uma vida inteira dedicada à vela. Primeiro como velejador, quando conquistou os títulos brasileiro, pan-americano e mundial da classe Snipe, em 1967, ao lado do também sócio benemérito Nelson Piccolo; depois, atuando em Comissões de Regatas e Comissões de Protestos. “Eu velejava em uma época em que a vela era muito mais amadora do que é hoje”, conta, ressaltando que a profissionalização do esporte o conduziu para outros rumos. “Comecei a atuar em comissões de regatas em 1980, no Mundial de 470 que foi sediado pelo Jangadeiros. De lá pra cá, estudei bastante as regras, esclareci dúvidas com especialistas como Nelson Ilha e  Ricardo Navarro e, assim, consegui trabalhar em mais de 100 competições, atuando em mais de 10 estados brasileiros”, revela o associado de 71 anos.

O impressionante currículo inclui ainda alguns campeonatos mundiais e também os Jogos Pan-Americanos de 2007. “Trabalhei em eventos de quase todas as classes de monotipos. Alguns bem difíceis, como os brasileiros de Laser e de Optimist, que concentram um grande número de competidores na raia”, enfatiza, e ensina, em seguida: “O importante é que eu faço o que gosto”.