Saiba como está o processo de autorização para o desassoreamento do Canal do clube

Com o verão chegando e o pequeno índice de chuvas expressivas fazendo o nível do guaíba baixar, fica mais uma vez crítico o acesso das embarcações em nosso canal. 

Nos últimos dois anos, o Clube dos Jangadeiros  já solicitou mais de uma vez autorização à Fepam  para efetuar a dragagem dos pontos de menor profundidade mas teve seus pedidos recusados.  No momento, uma nova solicitação de autorização para desassorear o canal  está condicionada pela Fepam à emissão de uma LO (Licença de Operação).  O escritório contratado para conduzir o processo de emissão desta LO é o MGD e Salvaterra Gestão Ambiental, dirigido pelo sócio  Adriano Salvaterra.

Um dos entraves mais críticos para emissão da LO foi a concepção de um novo sistema de captação do esgoto da Ilha, tarefa para qual foi contratado o escritório Saemvig Saneamento. Prontamente os estudos e projetos foram feitos mas eles ainda não foram aprovados pelo DMAE. Motivo pelo qual o comodoro Pedro Pesce reuniu-se há algumas semanas com seu Diretor  Alexandre Garcia e pediu a maior celeridade na analise do processo SEI_22.10.000007243_1.

Outro ponto-chave é a emissão Laudo técnico da cota máxima de inundação, documento que precisa ser emitido pela divisão de hidrovias da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul. Estamos desde março de 2022 aguardando este documento sem sucesso. E a última ação do clube  para tentar resolver esta questão foi trazer este assunto a uma reunião com o Governador do Estado, Ranolfo Vieira Jr, sobre providências urgentes para dragagem das hidrovias do RS. Reunião onde participaram a FIERGS, FARSUL, FECOMÉRCIO, FEDERASUL bem como do presidente da Portos RS, o Sr Cristiano Klinger e os diretores Wilen Manteli  e Fábio Avancini Rodrigues, da HidroviasRS, associação civil, sem fins lucrativos composta pelas principais entidades estaduais e empresas que utilizam o transporte hidroviário interior. A reunião ocorreu no dia 11 de novembro.

Profissionais envolvidas no processo de emissão de autorização para desassorearmos o canal:

  • Bióloga Tatiana Colla (MGD e Salvaterra Gestão Ambiental) : Responsável pela emissão da LO
  • Arquiteta Rosângela Jardim (Arq4): Responsável pelo EVU
  • Engenheiro Luiz Felipe Delong Jr: Responsável pela licença para dragagem
  • Engenheiro Márcio Martins: Responsável pelo projeto do bombeamento do esgoto e aprovação no DMAE
  • Engenheiro Reinaldo Leite Gambim (chefe de divisão de hidrovias da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS)) – Cotas de inundação
  • Alexandre Hagemann – Superfície Engenharia – Empresa já contratada para a dragagem.

Já que mais este ano a situação de acesso das embarcações ao clube já está crítica, também já foi solicitada uma reunião com o presidente da Fepam para tentar estudar alguma medida emergencial que nos permita, mesmo que em caráter precário, fazer o mínimo trabalho possível de dragagem  a fim de desobstruir o canal de acesso ao clube.

Situação se agravou depois das obras do PISA:

Dois fatores que agravaram o assoreamento do canal de acesso ao Clube foram as obras do PISA (Projeto Integrado SócioAmbiental)  e o assoreamento oriundo do esgoto (originalmente pluvial) da Avenida Otto Niemeyer. A Grande movimentação de areia do fundo do Guaiba e seu depósito nas imediações do clube alterou significativamente a circulação de água  entre a ilha e o continente, fazendo com que pontos de acumulo de sedimentos se formassem. Da mesma maneira, a diminuição da circulação de água pela face leste da ilha, em virtude da grande quantidade de areia e dejetos oriundos do esgoto da Avenida Otto Niemeyer fazem com que quase se possa atravessar à pé por este caminho. Nesta foto de satélite de janeiro de 2012 fica muito explícito alguns dos pontos de despejo dos rejeitos da dragagem.

Foto de satélite de janeiro de 2012 mostrando o efeito danoso do despejo de rejeitos do PISA em áreas perto do Clube dos Jangadeiros.