Memória do Janga
O Memória do Janga desta semana resgata mais um momento da história de reconhecimento e sucesso náutico do Clube dos Jangadeiros. O ano era 1993 e, mais uma vez, todas as atenções do mundo da vela se voltavam para o Clube, com a realização do 36º Campeonato Mundial da classe Snipe.
Depois de 34 anos, o Jangadeiros recebia novamente a principal competição da classe no mundo e as grandes duplas que disputariam o tradicional título do campeonato que ocorre a cada dois anos. Com grande mobilização da Comodoria e demais parceiros, a Ilha dos Jangadeiros estava preparada para recepcionar os velejadores para prestigiar o grandioso evento da vela.
A gestão 1992/1994, que estava a frente do Clube durante a realização do evento, era composta pelo Comodoro Pedro Pesce, o Vice-Comodoro Administrativo Thomas Henrique Gahrmann, o Vice-Comodoro Esportivo Ivan Nogueira de Carvalho, o Vice-Comodoro de Obras Luiz Szabo Adasz, que também já foi Comodoro do Jangadeiros, e o Vice-Comodoro de Planejamento Werner Siegmann.
Na primeira foto da matéria, que apresenta a premiação do Mundial, o ex-Comodoro Edmundo Soares (pegando um dos troféus) é o grande responsável pela comunicação e divulgação do evento e, mais uma vez, marca presença na cerimônia. Ainda na imagem, o ex-Comodoro Jorge Debiagi (o quarto da esquerda para direita) foi um dos grandes apoiadores do Mundial e participa da premiação.
Camiseta com a estampa do Mundial de Snipe de 1993
Sobre os preparativos que antecederam as regatas, foi assim que a edição de dezembro de 1993 do Snipe Bulletin, famoso e tradicional periódico com notícias e informações da classe, destacou e detalhou a todos sobre a realização:
“O XXXVI Campeonato Mundial de Snipe voltou ao local do Mundial de 1959, vencido por Paul Elvstrom. O Clube dos Jangadeiros cresceu desde aqueles dias, necessitando da construção de uma ilha fora do local original do clube. Os competidores saíram da ponte estreita para um dos locais mais perfeitos para uma grande regata. Os dilemas das medições foram resolvidos sob um pátio coberto, completo com armários, um bar de ‘sanduíches’ e cerveja e estandes de patrocinadores. Nas proximidades ficava a sede da administração, onde estavam disponíveis tradutores de todos os idiomas conhecidos. Perto do final da ilha, havia a sempre popular piscina e restaurante. À direita, ficava a casa do comitê de regata e dos barcos espectadores. Os Snipes foram lançados de uma rampa no litoral da ilha com a ajuda de funcionários do clube”.
Bote com a Comissão de Regatas do Mundial. Foto – edição Snipe Bulletin dezembro de 1993
Para a disputa das regatas do Mundial, o Clube dos Jangadeiros recebeu 46 duplas de 17 países. Eram 92 velejadores de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Estados Unidos, Dinamarca, Espanha, Portugal, Suécia, Finlândia, Noruega, Itália, Bélgica, Japão, Bahamas e Porto Rico.
A dupla George Nehm e Nando Krahe. Foto – edição Snipe Bulletin dezembro de 1993
Jimmie Lowe e Rob Lindley, dupla das Bahamas. Foto – edição Snipe Bulletin dezembro de 1993
Após a acirrada competição nas águas do Guaíba, o título ficou com os argentinos Santiago Lange e Mariano Parada. Com uma vitória na última regata do campeonato, a dupla brasileira George Nehm e Nando Krahe garantiu o vice-campeonato do Mundial. Em terceiro lugar ficaram Guillermo Parada e Sergio Ripole (Argentina), em quarto ficou Paulo Santos e Ricardo Santos (Brasil), e a dupla Ricardo Fabini e Jose Chiaparro, em quinto, fechou o top 5.
Santiago Lange e Mariano Parada estampam a capa do Snipe Bulletin de 1993.
Foto – edição Snipe Bulletin dezembro de 1993.
Súmula Final do Mundial de Snipe de 1993. Foto – edição Snipe Bulletin dezembro de 1993.
Assim se encerrava mais um evento de sucesso da vela mundial promovido pelo Clube dos Jangadeiros. um campeonato grandioso que certamente ficou na memória de todos.