Jangada News – 09 de setembro de 2016





Jangada News
Newsletter do Clube Jangadeiros – Porto Alegre – Edição 09 de setembro de 2016


“O esporte desenvolve solidariedade, amizade, lealdade e competitividade saudável“, diz a psiquiatra e sócia do CDJ, Patrícia Vilas Boas

Perder peso, descarregar as energias ou fazer novos amigos. São muitos os motivos que levam as crianças a começarem a praticar esportes desde cedo. Mas, aliado a todos esses benefícios, o pequeno ainda desenvolve importantes habilidades sociais. Segundo a psiquiatra e sócia do Jangadeiros, Patrícia Vilas Boas, é na infância que desenvolvemos hábitos que levaremos para a vida adulta. “A vela, por exemplo, é um esporte que pode ser praticado a vida toda e que propicia o convívio entre diferentes gerações. Ainda, pelo atleta estar inserido em uma flotilha, ele desenvolve habilidades como solidariedade, amizade, lealdade e competitividade saudável que se estabelecerá nos campeonatos”.

Na foto, Patrícia e a filha Joana, atleta da Flotilha de Optimist

Patrícia diz que o esporte pode ser um aliado na educação das crianças, formando, junto com a escola e os amigos, um tripé social. Porém, ela é categórica ao afirmar que é importante que toda atividade seja prazerosa, sem pressão por parte dos adultos. “Acredito que as competições mimetizem situações que as crianças enfrentarão ao longo da vida nos estudos e no trabalho. Mas é importante que os pais e treinadores saibam lidar com isso e não passem essa tensão e estresse para os pequenos. O problema maior é quando os adultos estão frustrados com aspectos de suas próprias vidas e acabam precisando do sucesso da criança para sua própria satisfação”.

Patrícia é mãe de Joana, atleta da Flotilha Optimist há quatro anos. Ela conta que já notou na filha alguns traços de personalidade desenvolvidos por conta do esporte. “Joana tem um temperamento doce, sendo muitas vezes excessivamente permissiva. Este ambiente da vela tem lhe ensinado a se posicionar de forma mais firme e a “brigar” por seu espaço de forma mais efetiva”

A engenheira química Daniele de Oliveira Capiotti, velejadora e mãe da Maiara, 8, aluna da Escola de Vela dos Jangadeiros, também já notou o efeito do esporte na filha. Ela conta que a menina começou as aulas há um ano e tem se mostrado bastante adaptada. “Eu percebo que, na EVBL, ela tem desenvolvido muito as relações sociais, se dá bem com todos os coleguinhas e adora ir para lá”.

A decisão de participar ou não de competições ficará a cargo de Maiara, mas Daniele acredita que a filha irá lidar bem com esta questão. “Ela me vê competindo e sempre pergunta se eu ganhei. Caso eu diga que não, ela só diz que acontece, que é assim mesmo.”

      Daniele e a filha Maiara                                                Maiara pronta para as aulas na EVBL

O treinador Lucas Mazim presencia de perto a evolução das crianças. Com alunos de 7 a 12 anos, ele afirma que a vela, especificamente, desenvolve o senso de maturidade e responsabilidade. “Cada um cuida do seu próprio equipamento, então eles precisam manter o material em ordem, montar o barco e organizar os cabos. Eles também velejam sozinhos, então precisam tomar as próprias decisões sem a ajuda de ninguém, isso faz com que percebam que são muito capazes.”

Luiza Moré é campeã feminina do Sul Brasileiro de Optimist!

O 38º Campeonato Sul-brasileiro da classe Optimist foi marcado pelo ciclone extratropical que atingiu o estado e não permitiu a realização de regatas nos dois últimos dias em Porto Alegre por excesso de vento, que chegou aos 42 nós.

Nossa velejadora Luiza Moré, 12, fez bonito, terminando a competição em 14º geral e obtendo o melhor desempenho entre todas as meninas. Ela afirma que a competição estava difícil pelo nível dos velejadores e “não esperava obter este resultado.” Luiza é bicampeã brasileira de Optimist e campeã feminina da Seletiva e Brasil Centro em Ilhabela. Outro atleta do CDJ que se destacou foi Lorenzo Balestrin, 13. Com o 9º lugar geral, foi o velejador do Jangadeiros com a melhor colocação na competição.

A medalha de ouro geral ficou com o argentino Máximo Videla, enquanto o campeão Sul Brasileiro foi o Lucas Stolf, do Veleiros do Sul. Na categoria estreantes, Mário de Carvalho, de SP, conquistou o título geral da competição. Já Clara Meyer Cardoso, de SC, foi a campeã Sul Brasileira.

 

Confira a classificação geral dos nossos velejadores

Veteranos

9º – Lorenzo Balestrin
14º – Luiza Moré
16º – Pedro Breternitz
21º – Giovanne Pistorello
33º – Vinícius Koeche
34º – Joana Ribas
40º – Vítor Paim
52º – Gabriel Simões
79º – Francisco Hagemann

Estreantes

31º – João Pedro Sartini
43º – Melissa Paradeda
47º – Lucas Zorzi

Parabéns a todos os competidores!

Súmula Veteranos: clique aqui

Súmula Estreantes: clique aqui 

Flashes dos 75 anos de Jangadeiros

  Gabriel Gonzales e Nelson Piccolo embarcam para Bemudas
em 1956, primeira participação do Jangadeiros em campeonatos
no exterior

Jangadeiros se prepara para receber o Mundial da Classe 470, em 1980

Amanhecer na Ilha depois de uma grande festa de Reveillon, em 84/85


Circuito Conesul
começa amanhã!

A mais importante competição de Vela de Oceano do Rio Grande do Sul reúne três dos principais troféus: a Regata Troféu Seival, a Regata Troféu Farroupilha e o Velejaço Farroupilha. 

Na classe RGS, o Barco Conquista, do comandante Marcelo Azevedo, é um dos favoritos. Campeão no ano passado, a tripulação entra com toda a vontade de defender o título. “O fato de termos sido vencedores na edição anterior não nos coloca nenhuma pressão, mas sempre que corremos campeonatos queremos ganhar, é normal.”

Já na ORC Internacional, um dos representantes do CDJ é o Barco Hobart, comandado por Airton Schneider, que busca sua primeira medalha de ouro. Desde 2013, a embarcação sempre ficou com o vice-campeonato. “Sabemos que é difícil e que vem muita gente boa, quem errar menos, ganha. Nos preparamos bem e estamos otimistas”.

 

Também pela ORC, Leonardo Silva Sant’Anna faz a sua estreia como comandante, a bordo do Drakkar. Ele, que sempre participou do campeonato como membro da tripulação de outras embarcações, conta que esta fazendo o possível para deixar tudo regulado e nos conformes para o evento. “A expectativa é alta, claro, mas o mais legal de tudo sempre é a confraternização com os amigos e o clima do evento”.

Em foco: o sócio Rodrigo Linck Duarte

Rodrigo é formado em administração e trabalha no Porto de Rio Grande. Atleta do CDJ desde pequeno, tem no currículo nada menos que duas Olimpíadas. A conexão com o Clube é tanta que escolheu o local para ser o cenário do seu casamento

Velejador com duas Olimpíadas no currículo, Atenas (2004) e Pequim (2008), Rodrigo, 36, começou a escrever sua história na vela bem cedo. Seu avô, Frederico Linck Neto e tio avô Geraldo Tollens Linck já eram sócios do clube (e chegaram a inclusive a ocupar o cargo de Comodoro, Geraldo de 60 a 62 e Frederico no período entre 71 e 73) e a tradição foi passando de geração em geração. “Frequento o Janga desde que nasci, mas, quando eu tinha quatro anos, meus pais compraram uma casa bem na frente da portaria do Clube, e aí sim, o CDJ virou praticamente o nosso quintal.”

Aos oito anos de idade, Rodrigo começou a frequentar a Escola de Vela. Ate então, ele só velejava no barco da família, o Água Viva, um Carter 33, que era do seu avô e hoje pertence ao seu pai. Mas foi com 13 anos que ele começou a levar o esporte a sério, participando de campeonatos locais, estaduais e brasileiros. “Em 1995, saí do Optimist e fui para a classe 470, porque naquele ano aconteceria vários campeonatos aqui em Porto Alegre, inclusive um mundial. Então aproveitei esta oportunidade”, ele lembra.

  

Ao longo da sua carreira, Rodrigo velejou de outras classes também, como Snipe, com o qual foi duas vezes campeão brasileiro e vice-campeão mundial; 420, 5º colocado no Mundial da Juventude em 1999, Oceano e 49er, com o qual disputou as duas Olimpíadas ao lado do André Fonseca, o Bochecha. “Ele me convidou para fazer dupla e tentar o qualificatório olímpico. Optamos pela classe 49er em função do nosso biotipo e do desafio. No mundial de 2003 acabamos em 9º lugar e conseguimos a classificação”. Em Atenas, a dupla acabou na 6ª colocação, resultado que traz muito orgulho aos meninos. “Até hoje temos o diploma.”

A experiência se repetiu quatro anos mais tarde, quando a dupla se classificou para Pequim e encerrou a competição na 7ª colocação. “Velejamos bem, mas nossos adversários velejaram melhor”, lembra Rodrigo. “Mas ainda assim consideramos um bom resultado. Só participar de uma Olimpíada já é algo sensacional, toda essa jornada vai ficar marcada para sempre”.

Hoje, Rodrigo é formado em Administração e trabalha no Porto do Rio Grande. Nas horas vagas, não deixa de curtir a Praia do Cassino, e, sempre que pode, vem a Porto Alegre e visita o Jangadeiros, onde gosta de rever os amigos, praticar KiteSurf e passear com a esposa, Letícia, com quem se casou em abril desse ano. Aliás, adivinha onde foi a cerimônia? No Jangadeiros, claro. Como disse Rodrigo, “não poderia ser diferente.”

Vem aí o Velejaço de fim de setembro

Sócio cruzeirista, prepare-se. Acontece no fim do mês um super velejaço com pernoite, para congregar todos os velejadores em um ambiente descontraído e animado. Fique atento, mais informações quanto ao local e a data do evento vão ser divulgadas em breve!

“Vamos nos basear na meteorologia, para escolher o fim de semana com a temperatura melhor e conseguir juntar mais velejadores. Será um momento de confraternização total entre os associados”
, disse o Diretor de Vela de Oceano, Pedro Boletto.

Licitação do projeto Preparando o Futuro Olímpico entra em fase final

Ótima notícia para os nossos atletas, que estão próximos de serem beneficiados com mais equipamentos de ponta para a prática da vela! Após a fase de recurso, foram declaradas vencedoras as seguintes empresas: Pró-Nautic, vencedora do lote 1 (Optimist); Equinautic, lote 2 (laser) e Lote 3 (29er) e, Polimarine, lote 5 (bote inflável).

Agora, o processo vai para homologação do Comodoro Manuel Ruttkay Pereira e, logo após, a assinatura dos contratos. A partir daí começa a contar o prazo de 90 dias para a entrega dos equipamentos.

Regata Nando Krahe adiada para 22 de outubro


Relembramos que, devido ao vento forte na quarta-feira (7), a tradicional Regata das Gerações Nando Krahe foi transferida para o dia 22 de outubro (sábado)!

Se agende e participe deste evento em homenagem ao nosso grande velejador.

 

              Confira a agenda para Setembro

    Data             Campeonato        Local
9 a 17 Campeonato Mundial de Soiling Kingston, Canadá

10, 11, 17 e 20        

XXV Circuito Conesul de Vela de Oceano Veleiros do Sul, POA

24 e 25

Campeonato Estadual Classe Laser, 420 e 29er – 1ª etapa Veleiros do Sul, POA

24 e 25

Campeonato Estadual Classe Soiling, Hobie Cat 16 e Hobie Cat 14 – 1ª etapa Clube dos Jangadeiros, POA

 

 

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