O multicampeão Xandi Paradeda

Naquela época não existia treinador, então os pais e tios tinham um trabalho fundamental na formação. Este exemplo segue até hoje, os mais velhos ajudando os mais novos. Eu aprendi muito com os caras da geração anterior

Ao longo de sua história, o Clube dos Jangadeiros já formou vários campeões nacionais, sul-americanos e mundiais em diversas classes da vela. Contudo, um nome chama a atenção e se destaca: Alexandre Paradeda, maior vencedor da história em campeonatos nacionais de Snipe.

Na última semana, Xandi esteve no Janga para a disputa do 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, e mais uma vez, conquistou o título de campeão. Foi o segundo ano consecutivo que o velejador, ao lado de Lucas Mazim, venceu a principal competição do país na classe, alcançando impressionantes 12 títulos do torneio. Além disso, o atleta conta com mais de 40 troféus nacionais e internacionais, como duas medalhas Pan-Americanas e o ouro no Mundial de Snipe, em 2001.

“O Snipe é uma classe muito forte na América Latina. No Brasil é um barco acessível, é relativamente barato, em comparação as classes olimpicas. Para quem está em formação é ideal, pois compete em alto nível em um barco muito tático. E dentro do Janga, a história do clube se mistura com a história da classe. O Janga fez o Mundial de 59, foram os primeiros títulos, a construção da Ilha, tudo se mistura ao Snipe. Se tem uma classe de vela que representa o Jangadeiros é o Snipe”, comentou o multicampeão.

A história de Xandi na vela se mistura com sua passagem dentro do Jangadeiros. Muito jovem, com 10 anos, o atleta já começava a aprender os primeiros ensinamentos do esporte na sede do Clube, auxiliado por familiares e amigos mais experientes.

“Eu sou a segunda geração de uma família tradicional. Já nasci aqui dentro, comecei a velejar no Optimist. Naquela época não existia treinador, então os pais e tios tinham um trabalho fundamental na formação. Este exemplo segue até hoje, os mais velhos ajudando os mais novos, é uma tradição aqui de Porto Alegre, eu aprendi muito com os caras da geração anterior.

Isto era um ensinamento, tu ajudar os outros e depois decidir o título na água. O que fizeram por mim, eu fiz pelos mais novos e eles vão fazer pelos próximos. É uma cultura do Janga, é por isso que saem velejadores tão fortes daqui”, contou.

Hoje, aos 45 anos, Xandi segue a tradição da família com sua filha Melissa, de 10 anos. Mel veleja desde os 6 anos de idade e já conquistou resultados expressivos, como o 2º lugar Mirim Feminino no 46º Brasileiro de Optimist, realizado no Yach Clube da Bahia. Melissa aproveita as dicas do pai para aprender mais sobre a vela: “É bom ter o meu pai ensinando, ele me ajuda bastante. Eu gosto muito do Janga, mas agora vamos morar em outra cidade, em Ilhabela. Não é a mesma coisa, gosto mais daqui.”

Melissa

Melissa Paradeda continua a tradição da família na vela!

Mesmo que tenha fortes raizes com o Jangadeiros, Alexandre Paradeda busca novos desafios na carreira e na vida pessoal, por isso, o multicampeão aceitou uma mudança, morar em Ilhabela, em São Paulo.

“Foi uma proposta profissional boa, para fazer algo que gosto muito, ligado a formação na vela de competição. Lá também tem um projeto social, é um lugar onde posso fazer a diferença na vida dos caras. Isso te gratifica, pesou muito. É um ótimo lugar também para criar as minhas filhas pequenas”, avaliou.

Depois de mais uma campanha vitoriosa no Brasileiro da Classe Snipe, Xandi iniciará a sua preparação para a eliminatória do Pan-Americano de 2019, em Lima, no Peru. “É o campeonato mais importante e onde vamos dar foco total”, salientou.

Sócios, a assembleia geral para aprovação de contas de 2017 é neste sábado!

De acordo com o que determina os artigos 40, 41, 42 e parágrafo b do Estatuto Social, estamos convocando os senhores sócios proprietários, proprietários ilha, contribuintes e aspirantes, maiores de 18 anos e com um mínimo de um ano na categoria respectiva para a Assembleia Geral no sábado (27), no Espaço Jangadeiros.

A primeira convocação vai acontecer às 10h e a segunda às 11h, com término às 12h, com a seguinte ordem do dia:

Aprovação das contas do exercício anual anterior, tendo em vista o parecer do Conselho Fiscal e a recomendação do Conselho Deliberativo. O Regimento a ser observado na Assembleia Geral encontra-se a disposição dos senhores associados na Secretaria Administrativa e nos quadros de aviso do Clube.

Contamos com a presença de todos vocês!

Manuel Ruttkay Pereira
Comodoro do Clube dos Jangadeiros 

Equilíbrio na disputa pelo título e ventos fortes marcam penúltimo dia do 69º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe

O penúltimo dia do 69° Campeonato Brasileiro de Snipe foi marcado pelos fortes ventos no Guaíba (média de 20 nós), que inclusive danificaram alguns barcos durante o percurso da segunda regata. Após mais uma tarde de competições, a disputa pelo título segue bastante equilibrada. Alexandre Paradeda e Lucas Mazim continuam na liderança geral, seguidos de perto por Roberto Paradeda e Phillip Grochtmann. A diferença entre as duplas do Clube dos Jangadeiros é de apenas dois pontos.

Roberto e Phillip foram o grande destaque da sexta-feira, vencendo uma das provas e conquistando a segunda colocação na outra. Xandi e Lucas também mantiveram o alto nível, com uma vitória e um sexto lugar.

Roberto comentou os bons resultados obtidos e falou da disputa familiar na ponta de cima da tabela de classificação: “Foi um dia bem duro, com bastante vento, forte. Nós fizemos os contraventos muito bons hoje e os resulados acabaram refletindo a boa tática. O Xandi ganhou tanto que deve achar esquisito alguém com possibilidade de ganhar dele de algum jeito. Ele segue sendo favorito. Ele sempre foi referência, passei muitos anos sem velejar de Snipe e voltei por conta dele. Hoje foi um dia extraordinário pra nós, repetir um dia assim é muito difícil, mas tomara que tudo dê certo amanhã”.

Enquanto isso, Xandi Paradeda não considera uma surpresa a concorrência com seu irmão, e lembra de outra oportunidade em que ambos foram concorrentes do mesmo título: “Nós sempre nos ajudamos. Já corremos juntos e vencemos um Brasileiro de Snipe. Nós aprendemos do mesmo jeito, é uma prazer disputar com ele. Já fizemos uma dobradinha em 2015, fiquei com o título e ele em segundo. Vamos ver como serão as regatas de amanhã, de qualquer maneira é um prazer”.

Mesmo com a pequena diferença entre os líderes, outros velejadores seguem brigando pelo título da competição. Na terceira colocação, com 25 pontos de distância para o primeiro lugar, estão Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski, do Iate Clube de Santos. Mário Sérgio de Jesus e Júnior Willian Gomes Moura, da Escola de Vela de Ilhabela, terminaram o dia na quarta colocação, empatados em pontos, mas atrás pelos critérios de desempate. João Pedro Souto de Oliveira e Fernando Tovar, do Iate Clube do Rio de Janeiro, fecham o Top 5, com um ponto a menos que os classificados imediatamente a sua frente.

Neste sábado ocorrem as últimas regatas do Brasileiro de Snipe, começando às 12h. A expectativa é que possam ser realizadas três provas, para recuperar uma disputa cancelada na última quarta-feira.

Xandi Paradeda e Lucas Mazim assumem liderança do 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe

Depois de um dia sem regatas, por conta das condições do vento, o 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe voltou a ativa nesta quinta-feira (25), com a realização de três provas, para recuperar uma das disputas canceladas na quarta-feira.

Após a realização de cinco regatas, a dupla atual campeã nacional, formada por Alexandre Paradeda e Lucas Mazim, do Clube dos Jangadeiros, é o grande destaque, ocupando a liderança geral.

O equilíbrio marcou o segundo dia de torneio. O presidente da comissão de regatas, Cuca Sodré considerou que o “vento esteve ideal” para a realização da competição nessa tarde. Na primeira prova, Leonardo Lombardi e Fábio Kohler, do Iate Clube do Rio de Janeiro, chegaram na frente. Enquanto Roberto Paradeda e Phillip Grochtmann, do Clube dos Jangandeiros, venceram a segunda etapa. No último páreo, Xandi e Lucas levaram a melhor, resultado fundamental para assumir a ponta da tabela de classificação.

A diferença entre os primeiros colocados ainda é pequena, algo natural na classe Snipe, que é marcada justamente pelo equilíbrio e pela alta exigência técnica dos atletas.

A expectativa é que nesta sexta-feira possam ser realizadas outras três regatas, com a inicial começando às 13h. A disputa será encerrada no sábado, com as provas finais e a premiação dos velejadores.

Confira os cinco primeiros colocados no 69º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, até o momento:

1° – Alexandre Paradeda e Lucas Mazim

2° – Roberto Paradeda e Phillip Grochtmann

3° – Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski

4° – João Pedro Souto de Oliveira e Fernando Tovar

5° – Tiago Brito e Antônio Rosa

Confira o resultado completo: https://goo.gl/wF5J1M

 

Confira as fotos da super festa SUNSET Party no Janga!

Aqui no Jangadeiros, momentos da super festa para comemorar o grande encontro do Campeonato Brasileiro da Classe Snipe 2018, e de sócios e amigos do Clube.
Que bom estar com vocês!!

Vencedores na Regata de Abertura, dupla de Santos termina terça-feira (23) na liderança do 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe

Na tarde desta terça-feira (23) começaram as regatas de pontuação do 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe, no Clube dos Jangadeiros, em Porto Alegre. Depois de conquistarem a Regata de Abertura, mais uma vez o destaque do dia foi a dupla Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski, do Iate Clube de Santos, que está na primeira posição geral.

Mesmo após o bom início no Brasileiro, Rafael Gagliotti mantém a cautela quando comenta a disputa pelo título: “o campeonato só termina quando acaba. Temos que nos concentrar, mesmo indo muito bem hoje. Faltam muitas regatas e só com um descarte, ainda tem chance para todo mundo. Mesmo quem está mal, tem possibilidades de terminar muito bem”.

A primeira prova foi marcada pelo adiamento da largada em três oportunidades, devido a mudança constante na direção do vento. Na quarta tentativa, às 15h30, os 120 atletas inscritos iniciaram a competição. Nesta disputa, Felipe Rondina e Cristian Shaw levaram a melhor, com Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski chegando logo atrás.

Na regata subsequente, os vencedores foram João Pedro Souto de Oliveira e Fernando Tovar, novamente com Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski terminando na segunda posição.

Os atuais campeões e velejadores da casa, Alexandre Paradeda e Lucas Mazin, finalizaram o dia com o terceiro lugar geral.

Os barcos voltam para a água do Guaíba nesta quarta-feira, às 14h. Serão disputadas duas regatas por dia, até sábado (27), data da premiação do evento.

Confira os três primeiros colocados na classificação geral:

1° – Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski

2° – João Pedro Souto de Oliveira e Fernando Tovar

3° – Alexandre Paradeda e Lucas Mazin

 

Cerimônia de abertura e premiação da Regata de Abertura:

 

Primeiro dia de regatas, terça-feira (23):

Agenda de eventos

 

 

Dos 11 aos 74 anos: Grande nome da vela mundial, Paulo Santos disputa Brasileiro de Snipe em Porto Alegre

Há milhões de pessoas no mundo, inúmeros personagens de uma mesma história. Entre tantos, alguns se destacam e chamam a atenção quando conhecemos as suas experiências. Paulo Santos é uma dessas pessoas que encantam. O atleta é um dos grandes nomes da vela mundial, principalmente na classe Snipe. O velejador está em Porto Alegre para a disputa do 69° Campeonato Brasileiro da categoria, que ocorre até sábado (27), no Clube dos Jangadeiros.

Paulo Santos é um dos competidores mais experientes do torneio. Aos 74 anos, soma cinco títulos Brasileiros, dois Europeus e duas medalhas de bronze em Mundiais, entre outros títulos na extensa carreira.

Apesar de hoje ser mais brasileiro do que qualquer outra coisa, Paulo nasceu em Angola, uma das ilhas próximas a Portugal. Muito jovem, com apenas 11 anos começou velejar nas águas de sua terra natal.

“Meu pai tinha barcos em Angola, em uma praia linda. Sempre gostei de ver os barcos a vela, me inscrevi na escolinha e como tinha um certo dom, consegui desde pequeno me destacar”, lembrou.

O talento natural logo ficou evidente e a carreira como velejador virou uma obviedade na vida de Paulo Santos. Inclusive, o atleta estava classificado para representar Portugal na Olimpíada de 1972, em Munique. Contudo, a Guerra Civil de Angola obrigou Paulo a encontrar um novo lar: o Brasil.

“Não consegui ir para a Olimpíada. Tive de fugir para o Brasil. O meu barco chegou e não deu tempo nem de abrir o caixote. Esta foi uma experiência muito negativa, mas já havia visitado o Brasil e escolhi este país para morar. Para mim, é o melhor país do mundo”, contou.

Há mais de 40 anos em terras brasileiras, Paulo Santos virou um dos principais destaques da classe Snipe no país, respeitado pelos títulos conquistados e pela história. Aos 74 anos e com a motivação de um garoto, o velejador ainda busca conquistas na carreira e tem uma nova oportunidade aqui, em Porto Alegre. O atleta projeta uma participação positiva no 69º Campeonato Brasileiro da Classe Snipe.

“Fiquei no Rio de Janeiro treinando 10 dias seguidos, em média 4 horas por dia. Para qualquer campeonato importante treinamos no mínimo 30 horas. Expectativa é de um bom resultado, dependendo dos ventos. Já conheço bastante as provas aqui, em Porto Alegre. Inclusive fui campeão brasileiro velejando no Jangadeiros”, comentou.

Por ser uma das referências da Classe Snipe e um dos velejadores mais experiências atuando em competições de alto nível, Paulo Santos ressalta a importância da categoria para o mundo da vela: “O Snipe é a classe que mais me apaixona, não só pela dificuldade, é uma classe muito difícil pelo preparo físico e que exige muita técnica. Por isso eu escolhi a classe nestes meus últimos anos de vela, por exigir muito de mim e ser extremamente competitiva. É um barco antigo, que exige muita dedicação, muito treino, muitas horas em cima do barco. É um barco que exige muito. O Brasil é referência, um dos maiores vencedores do Snipe. Além disso, é uma classe que cria grandes e novos velejadores. Robert Scheidt começou no Snipe, Torben Grael a mesma coisa”.

A primeira regata de pontuação iniciou nesta terça-feira (23), às 14h. As regatas seguem até sábado (27). No mesmo dia, às 18h, acontece a premiação na Sede da Ilha.

 

Giovanne Pistorello e Gabriel Simões representam o Janga no Campeonato Brasileiro de 29er, em São Paulo

É dada a largada do Campeonato Brasileiro da Classe 29er, no Yacht Clube Santo Amaro, São Paulo!

Bons ventos para a nossa dupla Giovanne Pistorello e Gabriel Simões! A primeira regata inicia às 13h. Com a previsão de até 10 duplas, a Represa Guarapiranga sediará regatas até domingo (28).

Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski vencem Regata de Abertura do 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe

Na tarde desta segunda-feira (22), os atletas que chegaram em Porto Alegre para competir no 69° Campeonato Brasileiro da Classe Snipe entraram na água pela primeira vez. A Regata de Abertura durou cerca de uma hora, em condições de vento norte, com velocidade média de 12 a 14 nós e chuva fraca.

A dupla Rafael Gagliotti e Henrique Wisniewiski, do Iate Clube de Santos (bicampeões Sul-Americanos em 2010 e 2011), cruzou a linha de chegada na primeira colocação. Com isso, os velejadores recebem o prêmio Fernando Avellar de 2018. É importante ressaltar que esta prova não conta pontos para o restante do Brasileiro.

“É uma prova que nós gostamos de competir. Foi uma regata de percurso, um passeio de luxo. Conseguimos treinar e conhecer alguns adversários. Amanhã o bicho pega para valer, o campeonato começa, com um total de 10 regatas”, diz Rafael Gagliotti, também secretário nacional da classe.

Ao todo, 24 barcos, completaram o percurso, enquanto os demais participantes apenas realizaram o reconhecimento das raias. Cuca Sodré, presidente da Comissão de Regatas, disse que “este é o momento tanto de treino para as tripulações, como para a organização e o corpo de júri dos árbitros. Foi uma boa regata, com vento norte, que não é normal na região. Uma prova bem disputada, com um percurso grande”.

A Cerimônia oficial foi aberta pelo Comodoro Manuel Ruttkay Pereira, que destacou a importância do Snipe para o Jangadeiros: “A história do clube em grande parte se confunde com a história da classe Snipe, introduzida em 1953. O clube tem 76 anos, ou seja, quando o Jangadeiros estava assumindo a sua maioridade a classe já era praticada. Poucos anos após, iniciou-se uma trajetória maravilhosa, com muitos campeões brasileiros e mundiais”. Ao todo, o Janga conquistou o Brasileiro de Snipe em 26 edições do campeonato.

A primeira regata de pontuação começa nesta terça-feira, às14h, com a participação de cerca de 120 atletas e encerra no sábado (27), com a cerimônia de premiação, às 18h.

Confira o resultado geral da Regata de Abertura: https://goo.gl/TsKQbo