Comandante do barco Delirium, Darci Norte Rebelo Jr. recebeu o convite para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva após a indicação do Comitê de Oficiais de Regata.
Um grande reconhecimento e uma forma gratificante de afirmar o trabalho e esforço. É assim que Darci Norte Rebelo Jr., associado do Clube dos Jangadeiros, define a sensação de receber o convite para integrar o quadro de Auditores do Pleno Superior Tribunal de Justiça (STJD) da Confederação Brasileira de Vela (CBVela).
O convite foi recebido em fevereiro deste ano, mas tudo começou em 2019. Em outubro, Darci participou do seminário para formação de juízes de regata incentivado pelo amigo e mentor, Nelson Ilha, palestrante do evento. O empenho e o interesse pelo tema aliados à sua experiência profissional foram os principais fatores que o levaram para este caminho, conforme destaca.
“Quando comecei na engenharia eletrônica, no início da década de 80, os circuitos integrados, compiladores, vinham com caixas de manuais e, a partir daí, adquiri o hábito de ler e estudar muito, ainda que os textos fossem em inglês. Em 2002 migrei para o direito, onde a leitura e o estudo contínuo são compulsórios. Na palestra em outubro, foram alguns dias de intensa imersão em cima do livro de regras, com debates acalorados de casos, que culminou com uma prova bastante exigente e, mesmo após ela, não parei de estudar tudo encontrava sobre a atividade judicante ligada à vela”, revela.
Entre estudos e conversas, Darci fez algumas sugestões de alteração das regras de regata, que são revisadas a cada quatro anos. As mesmas foram encaminhadas para Ricardo Lobato, conhecido como Blu, que integra o Comitê de Oficiais de Regata (COR) como o Líder dos Subcomitês de Juízes e Árbitros. A partir daí, a troca de experiências com Ricardo também contribuiu para o aprimoramento de seus conhecimentos.
A hora de colocar em prática tudo aquilo que aprendeu e adquiriu de conhecimento chegou através da participação como redator de diversos protestos do júri de algumas regatas, sobre a coordenação do Nelson Ilha e de Flávio Naveira, que também é um juiz internacional. Foi então que, em fevereiro, recebeu uma mensagem de Ricardo Lobato perguntando sobre o interesse em participar da reestruturação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD da Confederação Brasileira de Vela – CBVela.
“Percebi que existia um enorme desafio para compatibilizar a parte de infrações e sanções do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – CBJD, que foi criado pensando no futebol, à realidade da vela. Apesar pouco tempo que estou envolvido na atividade judicante da vela, ainda que veleje há várias décadas, em função da minha experiência profissional no direito, inclusive participando de colegiado que julga processos, pois fui Conselheiro Seccional da OAB/RS por nove anos, entendi que teria condições de dar uma contribuição positiva nesse tema da reestruturação do STJD”, ressalta Darci.
E foi através da indicação do Comitê de Oficiais de Regata que, em 06 de fevereiro, Darci aceitou o convite confirmado pelo Presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro, para integrar o quadro de Auditores do Pleno STJD da CBVela, cuja competência é processar e julgar em última instância as questões decorrentes de descumprimento de normas relativas à disciplina e às competições.
“O desafio é muito grande, pois certamente exigirá muita dedicação, mas sem dúvida esta indicação da CBVela é uma honra e um reconhecimento do meu esforço, o que é sempre gratificante. Tudo o que estiver ao meu alcance fazer para contribuir com o desenvolvimento do nosso esporte será feito, pois entendo que a vela pode dar uma grande contribuição na formação dos nossos jovens, não só no âmbito esportivo, mas também no âmbito da cidadania”, destaca.
