1990: a década do cinquentenário do Clube dos Jangadeiros
Os anos de 1990 ficaram marcados por três grandes eventos: o cinquentenário do Clube e a organização dos Mundiais de Snipe e 470. Os títulos, as mudanças na infraestrura e a participação em mais uma Olimpíada também foram destaques da década.
Década de 1990
Comodoros: Marco Aurélio Paradeda, Pedro Pesce, Paulo Renato Paradeda e Michael Weinschenck
Presidentes do Conselho Deliberativo: Claudio Aydos, Carlos Franco Voegel, Waldemar Bier e Manuel Ruttkay Pereira
1991
Neste ano de comemoração de meio século de vida, o Jangadeiro fez jus a data e celebrou à altura. Os associados foram homenageados com um belíssimo show de Toquinho, do grupo Traditional Jazz Band e de apresentação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA).
O comodoro deste período, Marco Aurélio Paradeda, lembra que a apresentação da OSPA na Ilha – uma semana antes do aniversário do Clube – foi aberta ao público e atraiu pessoas da Tristeza e de outros bairros. Alguns dos moradores da região trouxeram, inclusive, seus próprios banquinhos, lotando o gramado próximo às piscinas.
“Tinha um vento leste soprando, que prejudicou os músicos um pouco, mas eles foram em frente e o evento foi um sucesso. Na semana da festa do cinquentenário, o show do Toquinho, no auge da sua carreira, tocando uma música popular brasileira de muita qualidade também foi muito legal. Por fim, no dia do aniversário do Clube, a apresentação da Traditional Jazz Band, de São Paulo, animou os associados até o dia amanhecer”, relembra Paradeda.
O início da década também foi marcado pelos campeonatos importantes que sediamos. Em 1991, foram cinco. Os campeonatos Sul-americanos de Snipe e de Optimist e os brasileiros de Snipe, 470, Hobie Cat 16 e Super Cat 17. Neste ano também organizamos a segunda edição do Troféu Cayru de Vela de Oceano.
Competições remetem a títulos e, em 1991, conquistamos o primeiro lugar em cinco importantes campeonatos. Vencemos o Mundial de Penguin, com Thomas Burger e Laerte de Jesus, os Sul-americanos de Snipe, com George Nehm e Henrique Bergallo, e o de 470, com Alexandre Paradeda e Caio Vergo. No âmbito nacional, subimos no lugar mais alto do pódio das classes Super Cat 17, com Nelson Piccolo, e Snipe, com George Nehm e Henrique Bergallo.
1992
A infraestrtura do CDJ também passava por modernizações. Obras que haviam sido iniciadas no início da década foram finalizas. O pavilhão Edgar Siegmann, onde fica a academia de ginástica foi inaugurado. Foi feito também o desassoreamento do rio na antiga área de monotipos e os quebra-ondas na Vila Assunção, para proteger o trapiche do Clube do vento Minuano
Na parte esportiva, vencemos o Campeonato Sul-americano e Brasileiro de Snipe, com a dupla multicampeã Alexandre Paradeda e Caio Vergo, e os Nacionais de 470, com Cícero Hartmnn eRolf Peter Nehm, e de Super Cat 17, com Nelson Piccolo.
1993
Pela segunda vez, o Clube recebia o Campeonato Mundial de Snipe. Comodoro à época, Pedro Pesce lembra que para a preparação do grande evento, uma importante mudança na nossa infraestrutura foi feita. “Até então, o pavilhão dos monotipos ficava onde hoje se localiza as lojas, no Continente. Trouxemos os barcos para a Ilha, até para atender a grande demanda de espaço”, conta.
Ao todo, 157 velejadores dos Estados Unidos, Bahamas, Bélgica, Chile, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Inglaterra, Itália, Japão, Noruega, Paraguai, Porto Rico, Portugal, Suécia, Uruguai e Brasil participaram da competição. Nando Krahe e George Nehm, representando o CDJ, ficaram com a segunda colocação.
Pesce conta como se sentiu ao organizar, junto com a ajuda de seus vice-comodoros de Obras, Luiz Szabo Asdz, de Esportes, Ivan Nogueira de Carvalho, de Administração,Thomas Enrique Gahrmann e de Planejamento Werner Siegmann – além do diretor de comunicação, Edmundo Soares -, o Mundial de Snipe de 1993. “Ser comodoro do CDJ, uma instituição tão importante para vela internacional, já é motivo de orgulho para quem assume este posto. Estar a frente do Jangadeiros em um momento especial, em um evento deste porte, foi ainda mais marcante. Além disso, o Campeonato possibilitou que nossos atletas convivessem com iatistas do mundo tudo. Foi uma experiência inesquecível”, confidencia.
Seguindo no âmbito esportivo, vencemos mais um título nacional. Vitor Hugo Schneider e Cristiano Schenider conquistaram o Brasileiro de 470. Fora das águas, outro acontecimento importante foi a inauguração da central de abastecimento de combustíveis, localizada na Ilha. O conjunto, composto por dois tanques aéreos, com cinco mil litros de capacidade cada um está em funcionamento até hoje.
1994
Foi instituída neste ano a Copa Cidade de Porto Alegre, importante prova do calendário de regatas que homenageia o aniversário da Capital. Em 1994, vencemos o Brasileiro de Snipe, com George Nehm e Nando Krahe, e também o Campeonato Nacional de Optimist, com Frederico Plass Rizzo.
1995
No ano de 1995, organizamos mais um campeonato em nosso Clube: o Brasileiro de 470. Na área dos títulos, iniciou-se uma hegemonia de quatro anos no Snipe. Alexandre Paradeda ao lado de Flávio Só Fernandes venceram todos os Campeonatos Brasileiros da classe 1998. De quebra, levaram para casa também o Sul-americano da classe em 1995.
Mas não foram só eles que subiram no pódio. No Laser, Maria Krahe conquistou a medalha de bronze no Pan-americano. Nelson Piccolo ainda venceu também o Brasileiro de Super Cat 17.
1996
O ano seguinte também foi de predomínio em campeonatos nacionais. De 1996 a 1998, Alexandre Paradeda e Bernardo Arnt conquistaram todas as edições do Brasileiro de 470. A dupla venceu ainda o Sul-americano da classe em 1996. Frederico Plass Rizzo também levou um Sul-americano para casa, o de Optimist.
As obras no Jangadeiros também foram intensas. Construímos um pavilhão para abrigo de lanchas, localizado na Ilha. Esta obra serviu já para o Campeonato Mundial de 470, que sediávamos pela segunda vez, e para o Brasileiro de Optimist.
1997 e 1998
As modernizações não pararam em 1997. Foi construído o segundo pavilhão para lanchas e o posto de controle com a casa do rádio. No esporte, 1998 foi o ano de vencermos o Brasileiro de 420, com Francisco Freitas e Eduardo Lemos.
1999
Mais um ano de excelentes resultados para o esporte do Clube. Conquistamos medalha de prata no Pan-americano de Snipe, com Alexandre Paradeda e Flávio Só Fernandes. Já o Brasileiro da classe foi ganho por André Fonseca e Rodrigo Duarte.
No 470, fizemos dobradinha nos dois naipes. Alexandre Paradeda e André Fonseca venceram o Sul-americano masculino e Fernanda Oliveira, em seu primeiro grande título, ao lado de Maria Krahe levaram o Brasileiro feminino.
2000
Com os títulos conseguidos no ano anterior, Alexandre Paradeda e André Fonseca e Fernanda Oliveira e Maria Krahe representaram o Brasil, na classe 470, nas Olimpíadas de Sidney. Pela terceira vez na história, o Jangadeiros tinha atletas participando dos Jogos Olímpicos.
As duas duplas venceriam depois o Brasileiro da classe. O primeiro ano do novo milênio ainda reservava ótimos resultados para a nossa vela. Conquistamos também o Campeonato Brasileiro de Snipe, com André Fonseca e Rodrigo Duarte.