Jangada News – 6 de abril de 2018
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Com três vitórias em cinco regatas, o time do Clube dos Jangadeiros, comandado por Francisco Freitas, conquistou o tetracampeonato do evento.
A Búzios Sailing Week chegou ao fim neste sábado com um saldo mais do que positivo para a equipe do FelciUno. Com três vitórias em cinco regatas, o time do Clube dos Jangadeiros, comandado por Francisco Freitas, conquistou o tetracampeonato do evento. Acostumados a velejar no San Chico, eles mostraram que o entrosamento se mantém a bordo de qualquer barco.
“Para mim foi um desafio ter vindo para Búzios. Mesmo tendo uma equipe experiente, que veleja junto há muito tempo, o FelciUno é bem diferente do que estamos acostumados. Ele tem balão assimétrico, plana bastante em ângulos mais orçados e é um pouco diferente a velejada mais de popa rasa. Não sabia se conseguiríamos nos adaptar de um dia para o outro, mas o barco é muito fácil de velejar e conseguimos nos adaptar rápido. Esta equipe muito guerreira e ajuda muito”, disse o comandante Xico.
A configuração do Felci 315, deixa todos os ajustes de vela principal e mastro na mão do timoneiro. É ele quem regula a vela mestra com os ajustes fino e rápido, o estai de popa e o traveler. “Ter estes ajustes sob a minha responsabilidade deixa tudo mais rápido”, disse Xico. E rapidez também foi algo percebido por eles, já que o barco de 31,5 pés chegou a andar com 7,5 nós de contavento, velocidade compatível com barcos maiores, de 40 pés.
“A última regata da série foi a mais divertida. Tivemos dois traveses em que chegamos a velejar a 12,5 nós, em rajadas de cerca de 16 nós e o barco esteve sempre sob controle. Tanto o Umberto Felci, projetista, quanto a Delta Yachts foram muito felizes com a construção deste barco. Ele é muito fácil de tocar, mesmo em condições que exigem um pouco mais. A ideia do Raimundo Nascimento em criar um barco que se adequasse tanto para cruzeiro quando para regata deu muito certo. Em nome da tripulação do San Chico queria agradecer o Raimundo pelo convite de participar desta competição com um veleiro tão bom”, completou o comandante.
De Búzios agora o barco segue para Santos, onde ele fica ancorado. Além do FelciUno, a Delta Yachts já está produzindo mais duas unidades do modelo Felci 315.
RESULTADO FINAL DA BÚZIOS SAILING WEEK:
1. FelciUno, Francisco Freitas, 6 pontos perdidos
2. Miragem, Paulo Freire, 12 pp
3. Bravíssimo, Luciano Secchin, 13 pp
4. Santa Fé, N. Thomé, 14 pp
5. Maestrale, Adalberto Casaes, 17 pp
SOBRE O FELCIUNO (FELCI 315):
Desenho: Umberto Felci
Construção: Delta Yachts
Comprimento: 31,5 pés (9,5m)
Linha d’água: 8,5 m
Boca máxima: 3,25m
Deslocamento: 2.950 kg
Calado: 1,95m
Tanque de diesel: 45l
Tanque de água: 110l
Motor: Yanmar 15hp rabeta
Área vélica: 34m² (mestra) + 25m² (genoa) + 94m² (gennaker)
Para mais informações sobre o barco, acesse: http://www.deltayachts.com.br/felci315/
O GAÚCHO ALEXANDRE PARADEDA VENCE O CAMPEONATO SUL-AMERICANO MISTO DA CLASSE SNIPE E GARANTE A VAGA PARA O BRASIL NOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE 2019
Depois de três dias de competição iniciada no último domingo (25) e um total de seis regatas nas águas do Guaíba, no Clube dos Jangadeiros, em Porto Alegre, finalmente foi decidido nesta (terça-feira, 27) os quatro países que conquistaram vagas para os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019: Brasil, Argentina, Porto Rico e Uruguai.
Campeão mundial em 2001, doze vezes campeão brasileiro, quatro no Sul-Americano e Medalha de Ouro no Pan-Americano do Rio, em 2007, e Prata em Winnipeg, em 1999, o multicampeão Alexandre Paradeda venceu quatro das seis regatas do campeonato, garantindo ao lado da jovem atleta Ana Júlia Tenório, de 17 anos, a vaga para o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima.
Ele ficou com uma diferença de nove pontos do segundo lugar na categoria Misto, a campeã mundial Feminino Juliana Duque, em dupla com Rafael Martins, ambos da Bahia. A vaga para a Argentina foi conquistada pelo argentino Luciano Pesci e Bárbara Brotons, classificados em terceiro lugar.
A vaga de Porto Rico, foi defendida pelo campeão mundial Raúl Ríos, de 24 anos, e pela sua proeira Sofia Rivera, 7º lugar no Misto. Raul foi Medalha de Ouro no Pan-Americano de 2015, em Toronto, três vezes campeão norte-americano e campeão nacional nos Estados Unidos em 2013, 2014 e 2015.
O país vizinho Uruguai, também conquistou a sua vaga com o multicampeão, Ricardo Fabini, classificado no misto em 8º lugar ao lado de Florencia Panizari. Fabini foi campeão mundial em 1989, venceu o campeonato do Hemisfério Ocidental de Snipe em 1991, foi campeão sul-americano em três edições e Medalha de Prata no Pan-Americano em 1995.
O top 5 na categoria Misto foi completado com a dupla argentina Luis Soubie e Brenda Quagliotti, 4º lugar, e Mário Sérgio Júnior, da Escola de Vela de Ilha Bela, em dupla com Amanda Rodrigues, do Clube dos Jangadeiros, em 5º.
FOCO NO PAN-AMERICANO
“Foi um campeonato bem difícil, longo, de vento forte, uma competição dura. Muita gente lutando pela vaga no Pan-Americano, com quatro campeões do mundo, para se ter uma ideia o cubano, bicampeão Pan-americano e mundial não conseguiu a vaga, para ver o nível de dificuldade do evento. Amanhã (quarta-feira), vou seguir correndo com a Ana até sábado no Sul-americano Aberto. E depois, vamos correr juntos todos os campeonatos dentro do Brasil para pegar entrosamento e ter chance de brigar pela vaga na eliminatória do Pan, em novembro”, diz Alexandre Paradeda.
Na categoria Master (timoneiros com idade acima de 45 anos, e com o timoneiro e proeiro atingindo o limite de 80 anos) o grande campeão foi a dupla Fernando Kessler e Rolf Peter Nehm, do Clube dos Jangadeiros.
Nos três dias de competição não faltou emoção e muita disputa entre os 120 atletas de oito países que buscavam as suas vagas para o Pan-Americano. A delegação cubana chegou uma semana antes para se adaptar aos rebeldes ventos gaúchos, que mudam com muita constância. As condições de tempo desde o primeiro dia foi de tempo nublado e chuva, com ventos que variaram muito, chegando ao limite máximo permitido de 23 nós.
Hoje, dia decisivo para as realizadas das duas regatas do dia, a chuva veio acompanhada de uma neblina que praticamente não deixava o presidente da comissão de regatas, Cuca Sodré, enxergar a boia na raia da Baía da Pedra Redonda. Mesmo assim, todos os atletas elogiaram a “beleza” da disputa da segunda regata, com ventos mais regulares e com os barcos em condições mais competitivas.
RESULTADOS
http://jangadeiros.com.br/…/2018-Sul-americano-misto-dia-2.…
http://jangadeiros.com.br/2018-snipe-south-american-champi…/
Campeonato teve abertura oficial neste domingo (25), às 11h, e já estão competindo no Jangadeiros alguns dos maiores nomes mundiais do Snipe. Com a participação de mais de 100 atletas da Argentina, Cuba, Chile, Guatemala, Peru, Uruguai e Porto Rico, além do Brasil, a competição segue até o sábado (31). Na terça-feira (27), estará decidido os quatro países que irão preencher vagas nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima.
Conheça alguns dos craques do Snipe que competem no Jangadeiros
Um grande nome entre tantos craques é o do atual campeão mundial de Snipe, Raúl Rios, de Porto Rico, de apenas 24 anos e dono de muitos títulos. Foi Medalha de ouro nos Pan-Americanos de Toronto, em 2015; três vezes campeão Norte-Americano (2011/2012/2015) e campeão nacional nos Estados Unidos em 2013, 2014 e 2015. “O Brasil é sempre conhecido com um navegante muito bom”, disse, citando Alexandre Paradeda, dos Jangadeiros, entre os melhores atletas do país.
Também é muito estimulante ver a presença da dupla Luis Soubie e Brenda Quagliotti. Campeão sul-americano de 2015 e 2017, Luis Soubie carrega em sua vasta trajetória de mais de 30 anos no Snipe o título de campeão nacional da Argentina em sete edições, além de ter conquistado a Medalha de Prata no Pan-Americano de Toronto. “Não sei se vai dar para ganhar, pois é um campeonato muito difícil. Após a competição, o foco será o Campeonato do Hemisfério, em Buenos Aires, em outubro, e o nacional da Argentina”.
Outra atleta que honra o Jangadeiros é o veterano cubano Nélido Manso, campeão mundial em 1999 e vencedor de três medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Ele está competindo com a filha Iris Laura em busca do Pan. “O fundamental é se classificar para o Pan-americano”, diz.
Mais um craque traz brilho ao Sul-americano é o argentino Diego Lipszc, campeão sul-americano 2017, vice no mundial de 2015 e Medalha de Prata no Pan-Americano de 2015, sempre ao lado de Luis Soubie como proeiro. Desta vez ele vai competir com Joaquin Lamberti. A Argentina, aliás, está competindo com sete barcos no Open e no Misto.
Do Brasil, o grande nome é o gaúcho Alexandre Paradeda, o Xandi, um dos ícones da classe, está disputando o campeonato com a experiência de já ter conquistado o mundial em 2001; foi quatro vezes campeão do Sul-americano, doze vezes campeão brasileiro, conquistou a Medalha de ouro no Pan-Americano em 2007 e a de prata em Winnipeg, em 1999. Compete com Ana Júlia Tenório, de 17 anos.
Também atual campeão mundial Júnior, Tiago Brito, do Jangadeiros, vai competir no Misto com a atleta olímpica Ana Barbachan e no Open com Antônio Rosa. Ele também elogiou o nível do campeonato este ano: “A expectativa é bem boa. O Raúl Rios está aí, o Xandi, campeão brasileiro, vai estar aí, ambos vão correr o misto. Vai ser legal ter esses caras juntos e depois é continuar treinando para correr o Open com o Antônio e tentar um Top 5, talvez um Top 3, se der tudo certo”.
Campeões nacionais no Peru em 2017, Ismael Muelle e Gali Amsel esperam superar algumas dificuldades, não só com os adversários como também com o Guaíba. “No mar, você flutua menos. Aqui se navega com ventos que mudam o tempo todo. São condições que não temos no Peru”, disse Muelle. Juntos há nove meses, a dupla vai competir no misto e no open.
Perto dos campeões, o guatemalteco José Daniel Hernandez ainda é um iniciante no Sul-Americano. É seu primeiro campeonato. “Estou muito contente em estar aqui com vários campeões do mundo, campeões sul-americanos e norte-americanos e esperamos aprender”. Vai competir com Josselyn Echeverría.
SUL-AMERICANOS DE SNIPE CONQUISTADOS PELO JANGADEIROS
1973 – Paulo Renato Paradeda / Carlos Altmayer
1975 – Paulo Renato Paradeda / Marcos Grussner
1987 – Hilton Piccolo / Ralf Hennig
1991 – George Nehm / Felipe Bergallo
1992 – Alexandre Paradeda / Marco Aurélio Paradeda
1994 – Ricardo Paradeda / Eduardo Paradeda
1995 – Alexandre Paradeda / Flávio Só Fernandes
2009 – Alexandre Paradeda / Gabriel Kiling
2014 – Alexandre Paradeda / Gabriel Kiling
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Nelido Manso
Duas das maiores promessas do Jangadeiros, Lorenzo Balestrin e Manoela Pereira já estão em Montevidéu, no Uruguai. Os dois vão participar, a partir deste domingo (25) e até 1º de abril, no Yacht Club local, do Campeonato Sul-Americano de Optimist.
Lorenzo, já um multicampeão
“Minha expectativa é ficar entre os vinte primeiros. Ficaria muito feliz em ficar entre os dez”, explicou Lorenzo, 5º colocado na Geral no 46º Brasileiro da categoria, disputado na Bahia, em janeiro. Ele também ficou em 4º lugar – entre 178 atletas de 20 países – no Campeonato Norte-Americano de Optimist, em julho do ano passado, além de ter conquistado o Brasil Centro de Optimist, no Rio de Janeiro.
A preparação para o Sul-Americano incluiu treinos quatro vezes por semana. O jovem atleta busca uma classificação para o Mundial, que será disputado entre agosto e setembro, no Chipre. Apesar da carreira fulgurante no Optimist, ele ainda não faz planos para o futuro na Vela. “Não penso muito nisso ainda. Penso mais em fazer uma faculdade”.
Manoela se destaca entre as jovens atletas
Manoela Pereira da Cunha também vem brilhando no Optimist. No começo de 2017, ela terminou na quinta posição no Feminino na categoria Juvenil da Copa Brasil de Estreantes. Em janeiro deste ano, mostrou evolução impressionante, com uma posição no Brasileiro de Optimist. Além da equipe brasileira, participarão do Sul-Americano velejadores da Argentina, Bermudas, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Estados Unidos, Uruguai e Ilhas Virgens.
Um clube não é apenas um lugar, mas as amizades e atividades que fazemos dentro dele. É nesse espírito de aprender e se conectar que os cruzeiristas do Jangadeiros promoveram no sábado (24), a 2ª edição do Brechó-Congresso Náutico, evento para integrar os sócios e que mais uma vez conta com atrações. Todos os associados e co-irmãos levaram peças e objetos dos barcos para venda ou troca. Lojas como a Equinautic e a Náutica Cairú também estiveram presentes, com descontos especiais.
No decorrer da manhã, foram realizadas palestras didáticas com assuntos importantes para os velejadores do Clube, além de uma atração especial, o casal #SAL, sucesso do Youtube e muito aplaudido pelos sócios. “Buscamos falar de coisas importantes e interessantes para os velejadores de maneira prática”, explicou Henrique Freitas, diretor de Cruzeiro e idealizador do brechó.
Palestras são atração
O sócio João Pedro Wolff, por exemplo, levou muita informação ao falar sobre a necessidade de conhecer a “real” reserva da embarcação na palestra “Balanceamento Energético”. “Numa embarcação, a disponibilidade de energia pode ser a diferença entre estar seguro ou se expondo a riscos, explicou. “O problema está no conhecimento dos consumidores de energia da embarcação e a disponibilidade da real ‘reserva’ que a bateria tem e como fazer para ‘recarregar” esta reserva. Ao contrário do que muitos cruzeiristas acham, a reposição de energia para uma bateria em nada se parece com o reabastecimento de diesel para o motor, por exemplo”.
A programação começou às 9h da manhã, com o brechó. Quinze minutos depois, ocorreu a primeira palestra do dia (ver programação abaixo) e às 13h foi servido um delicioso carreteiro. A loja Equinautic ofereceu durante o almoço um chope de cortesia para os participantes, além da chance de visitação exclusiva à nova sede da empresa.
Brechó e palestras
9h15min – Palestra Combustíveis
10h – Palestra Placas Solares
10h45 – Palestra Balanceamento Energético
11h30 – Casal #SAL – Adriano e Aline Plotzki
O Clube dos Jangadeiros dominou os resultados da Copa Cidade de Porto Alegre de Vela, realizada neste final de semana (17 e 18). Com as velas coloridas pintando uma paisagem que pôde ser vista da orla, o barco San Chico 3 , de Francisco Freitas, conquistou o prêmio Barco Fita Azul, o principal da prova, após uma recuperação empolgante em que largou atrás, mas ultrapassou todos os adversários.
Na ORC Internacional , a principal entre os grandes barcos da classe Oceano, Ayrton Schneider, comandante do Hobart, confirmou ser o maior vencedor da competição, conquistando seu quinto título. Realizada no Clube dos Jangadeiros, a 24ª Copa Cidade faz parte das comemorações do aniversário de 246 anos de Porto Alegre, reunindo mais de 50 barcos de grande porte no Guaíba.
TRIPULAÇÃO DO DRAKKAR BRILHA E CONQUISTA O TÍTULO NA RGS
Na RGS, outra classe importante entre os veleiros de Oceano, o barco Drakkar e a sua vitoriosa tripulação, foi o grande vencedor. O comandante Santanna também ficou em primeiro no Prêmio Rotativo, cujo troféu troca de mãos a cada ano.Outras duas embarcações do Jangadeiros também brilharam nas provas: o Caulimaran, comandado por Emilio Strassbuger, foi vice-campeão, enquanto o Conquista III, do comandante Rodrigo Baldino, ficou em terceiro. “Fiquei muito feliz”, disse Santanna, ao lado de Gustavo Cestari, um dos tripulantes.
Os dois são amigos de infância e competiram junto com Eduardo Dipp, Guilherme Lengler e Vitor Paim. “É uma equipe unida e que navega e se diverte. Se o clima esquentar na água, o desentendimento fica no trapiche”. Ele também citou o apoio do pai, Danilo Santanna, que não só cede o barco para a equipe como o adaptou para competições.
MARCELO BERND VENCE NA XI REGATA EM SOLITÁRIO
JOSIANE E FABRÍCIO PAIM CONQUISTAM A MISTA
Marcelo Bernd foi o primeiro campeão do final de semana, conquistando a XI Regata em Solitário. Pilotando o barco Boa Vida IV, um Wind 44, um dos veleiros mais modernos da atualidade, Bernd, que também é campeão estadual de Kite Hydrofoil e disputou na classe Força Livre, superou outros 15 competidores para ficar com o título.
“Foi a Regata em Solitário mais disputada da história”, disse Bernd. “Já participo desde 2005. Esta edição foi a mais numerosa e com competidores de alto nível técnico. O vento fraco facilitou para os barcos pequenos e mais leves. Consegui me manter perto deles até a montagem da boia em frente ao Parque Marinha do Brasil e, na volta, aos poucos consegui recuperar bem e passar dois fortes competidores que estavam na frente”.
O Jangadeiros também foi o vencedor na Regata Dupla Mista, com o barco Pazzo Per Te, de Josiene e Fabrício Paim.
DOMINGO, DIA DE MAIS TÍTULOS E DA REGATA SENSACIONAL DO SAN CHICO 3
Ser campeão não é apenas largar na frente, mas saber se recuperar e neste quesito o comandante Francisco Freitas e a tripulação do San Chico 3 tiveram um desempenho empolgante. O barco encalhou na largada, provocando tensão em quem estava a bordo. Foram 12 minutos de tentativas até a embarcação finalmente sair do lugar. “Tivemos vontade de retornar, mas decidimos seguir e foi uma corrida de recuperação”, explicou Freitas.
Estar muito atrás dos demais não impediu que, com um vento de sete nós, fossem atrás dos adversários. “Fomos contando quem ultrapassávamos: 1, 2, 3… Acabamos mais de cinco minutos à frente dos demais”.
Com a regata de recuperação, além do prêmio Barco Fita Azul, o San Chico 3 também terminou em terceiro lugar na classe ORC. O próximo desafio do comandante e tripulação é a tradicional Búzios Sailing Week, que será disputada entre os dias 29 e 31 no famoso balneário da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Além do San Chico 3, outros barcos do Jangadeiros conquistaram títulos neste domingo: o C’est La Vie, do comandante Nelson Fontoura, foi o campeão na Cruzeiro 23; o Stromboli, de Pedro Chiesa, na Cruzeiro 30; o Manatee, comandado por Roberto Bins Ely, na Cruzeiro 35; e o Tibirro, de Rubens Girardi, na Multicasco.
No Velejaço, o barco Yuca, de Flavio Hanke, levou o primeiro lugar e também ficou com o título na categoria Cruzeiro 23. Felipe Carvalho e a tripulação do Marina 4 ficaram com o título no Cruzeiro 35. Já na Delta 36, o vencedor foi João Pedro Wolff, com o barco Lampejo. Rubens Girardi, com seu Tibirro, foi o campeão na Multicasco.
AYRTON SCHNEIDER, SUPERCAMPEÃO
Antes das regatas, o velejador e cirurgião Ayrton Schneider tinha a expectativa de um feito. Campeão em 2008, 2009, 2010 e 2013, venceu novamente, confirmando ser o maior vencedor da Copa na importante classe ORC Internacional – ele também ganhou o Prêmio Rotativo. Dez anos depois de começar a disputar regatas, ele se considera quase um velejador por acidente. “Eu não era um cara de regatas. Foi meu filho (Artur, 22 anos) que começou a pressionar para disputar”.
Neste domingo, Schneider deu uma prova do quanto o filho estava certo. Depois de terminar as regatas de sábado na liderança, viu o primeiro lugar em risco, mas conseguiu se recuperar. “Fomos passar só na última prova”. Os cinco títulos consagram um velejador disciplinado e que, apesar da profissão, não descuida de corrigir defeitos e treinar. Médico nos hospitais da PUC e da Ulbra, costuma tirar as tardes de sexta-feira para velejar. “Não marco cirurgia à tarde. Saio às 3 e meia e volto às 7 e meia, não importa o tempo”.
A mais importante classe brasileira da vela vai reunir, no Clube dos Jangadeiros, grandes craques para a competição especialmente importante por oferecer vagas para o Pan-Americano de 2019, que será realizado em Lima, no Peru
A poucos dias do início do grande campeonato, os atletas do Jangadeiros aceleram os treinos para o Sul-americano de Snipe, que será disputado no Clube entre os dias 23 e 31. Para a competição, na classe mais tradicional e de alta exigência técnica da vela mundial, estão sendo esperados mais de 100 atletas da Argentina, Uruguai, Venezuela, Chile e Cuba, além do Brasil. A premiação será no dia 31 (sábado), às 19h.
A delegação cubana foi uma das primeiras a chegar a Porto Alegre e seus atletas já estão treinando. Com as provas se aproximando, é esperada para os próximos dias a presença dos demais atletas estrangeiros e brasileiros. Das duplas masculinas do Jangadeiros, duas são destaque: Gabriel Kieling foi campeão sul-americano duas vezes, em 2009 e 2014, junto com Alexandre Paradeda, e disputará o Sul-Americano com o atual parceiro, Giovane Pistorello. Já Lucas Mazim, campeão brasileiro da classe nos dois últimos anos, disputará seu primeiro campeonato junto com Rodrigo Duarte, o Leiteiro.
A adaptação da dupla Mazim/Rodrigo tem sido na água. “A gente treina pelo menos uma hora por dia e tenta ajustar os barcos”, diz Mazim. “É muito difícil ter expectativa em um campeonato de vela, pois nunca sabemos como estará o tempo”. Também está confirmada a participação dos campeões mundiais Júnior, Tiago Brito e Antonio Rosa, Beto Paradeda (Jangadeiros) e Phillip Grochtmann (Veleiros), vice-campeões do Brasileiro, e a dupla feminina Amanda e Geórgia Rodrigues, campeã do último Brasileiro.
A competição no Jangadeiros é especialmente importante por oferecer vagas para o Pan-Americano de 2019, que será realizado em Lima, no Peru.
SUL-AMERICANOS DE SNIPE CONQUISTADOS PELO JANGADEIROS
1973 – Paulo Renato Paradeda / Carlos Altmayer
1975 – Paulo Renato Paradeda / Marcos Grussner
1987 – Hilton Piccolo / Ralf Hennig
1991 – George Nehm / Felipe Bergallo
1992 – Alexandre Paradeda / Marco Aurélio Paradeda
1994 – Ricardo Paradeda / Eduardo Paradeda
1995 – Alexandre Paradeda / Flávio Só Fernandes
2009 – Alexandre Paradeda / Gabriel Kiling
2014 – Alexandre Paradeda / Gabriel Kiling
O Clube dos Jangadeiros dominou os resultados da Copa Cidade de Porto Alegre de Vela, realizada neste final de semana (17 e 18). Com as velas coloridas pintando uma paisagem que pôde ser vista da orla, o barco San Chico 3 , de Francisco Freitas, conquistou o prêmio Barco Fita Azul, o principal da prova, após uma recuperação empolgante em que largou atrás, mas ultrapassou todos os adversários.
Na ORC Internacional , a principal entre os grandes barcos da classe Oceano, Ayrton Schneider, comandante do Hobart, confirmou ser o maior vencedor da competição, conquistando seu quinto título. Realizada no Clube dos Jangadeiros, a 24ª Copa Cidade faz parte das comemorações do aniversário de 246 anos de Porto Alegre, reunindo mais de 50 barcos de grande porte no Guaíba.
TRIPULAÇÃO DO DRAKKAR BRILHA E CONQUISTA O TÍTULO NA RGS
Na RGS, outra classe importante entre os veleiros de Oceano, o barco Drakkar e a sua vitoriosa tripulação, foi o grande vencedor. O comandante Santanna também ficou em primeiro no Prêmio Rotativo, cujo troféu troca de mãos a cada ano.Outras duas embarcações do Jangadeiros também brilharam nas provas: o Caulimaran, comandado por Emilio Strassbuger, foi vice-campeão, enquanto o Conquista III, do comandante Rodrigo Baldino, ficou em terceiro. “Fiquei muito feliz”, disse Santanna, ao lado de Gustavo Cestari, um dos tripulantes.
Os dois são amigos de infância e competiram junto com Eduardo Dipp, Guilherme Lengler e Vitor Paim. “É uma equipe unida e que navega e se diverte. Se o clima esquentar na água, o desentendimento fica no trapiche”. Ele também citou o apoio do pai, Danilo Santanna, que não só cede o barco para a equipe como o adaptou para competições.
MARCELO BERND VENCE NA XI REGATA EM SOLITÁRIO
JOSIANE E FABRÍCIO PAIM CONQUISTAM A MISTA
Marcelo Bernd foi o primeiro campeão do final de semana, conquistando a XI Regata em Solitário. Pilotando o barco Boa Vida IV, um Wind 44, um dos veleiros mais modernos da atualidade, Bernd, que também é campeão estadual de Kite Hydrofoil e disputou na classe Força Livre, superou outros 15 competidores para ficar com o título.
“Foi a Regata em Solitário mais disputada da história”, disse Bernd. “Já participo desde 2005. Esta edição foi a mais numerosa e com competidores de alto nível técnico. O vento fraco facilitou para os barcos pequenos e mais leves. Consegui me manter perto deles até a montagem da boia em frente ao Parque Marinha do Brasil e, na volta, aos poucos consegui recuperar bem e passar dois fortes competidores que estavam na frente”. O Jangadeiros também foi o vencedor na Regata Dupla Mista, com o barco Pazzo Per Te, de Josiene e Fabrício Paim.
DOMINGO, DIA DE MAIS TÍTULOS E DA REGATA SENSACIONAL DO SAN CHICO 3
Ser campeão não é apenas largar na frente, mas saber se recuperar e neste quesito o comandante Francisco Freitas e a tripulação do San Chico 3 tiveram um desempenho empolgante. O barco encalhou na largada, provocando tensão em quem estava a bordo. Foram 12 minutos de tentativas até a embarcação finalmente sair do lugar. “Tivemos vontade de retornar, mas decidimos seguir e foi uma corrida de recuperação”, explicou Freitas.
Estar muito atrás dos demais não impediu que, com um vento de sete nós, fossem atrás dos adversários. “Fomos contando quem ultrapassávamos: 1, 2, 3… Acabamos mais de cinco minutos à frente dos demais”.
Com a regata de recuperação, além do prêmio Barco Fita Azul, o San Chico 3 também terminou em terceiro lugar na classe ORC. O próximo desafio do comandante e tripulação é a tradicional Búzios Sailing Week, que será disputada entre os dias 29 e 31 no famoso balneário da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.
Além do San Chico 3, outros barcos do Jangadeiros conquistaram títulos neste domingo: o C’est La Vie, do comandante Nelson Fontoura, foi o campeão na Cruzeiro 23; o Stromboli, de Pedro Chiesa, na Cruzeiro 30; o Manatee, comandado por Roberto Bins Ely, na Cruzeiro 35; e o Tibirro, de Rubens Girardi, na Multicasco.
No Velejaço, o barco Yuca, de Flavio Hanke, levou o primeiro lugar e também ficou com o título na categoria Cruzeiro 23. Felipe Carvalho e a tripulação do Marina 4 ficaram com o título no Cruzeiro 35. Já na Delta 36, o vencedor foi João Pedro Wolff, com o barco Lampejo. Rubens Girardi, com seu Tibirro, foi o campeão na Multicasco.
AYRTON SCHNEIDER, SUPERCAMPEÃO
Antes das regatas, o velejador e cirurgião Ayrton Schneider tinha a expectativa de um feito. Campeão em 2008, 2009, 2010 e 2013, venceu novamente, confirmando ser o maior vencedor da Copa na importante classe ORC Internacional – ele também ganhou o Prêmio Rotativo. Dez anos depois de começar a disputar regatas, ele se considera quase um velejador por acidente. “Eu não era um cara de regatas. Foi meu filho (Artur, 22 anos) que começou a pressionar para disputar”.
Neste domingo, Schneider deu uma prova do quanto o filho estava certo. Depois de terminar as regatas de sábado na liderança, viu o primeiro lugar em risco, mas conseguiu se recuperar. “Fomos passar só na última prova”. Os cinco títulos consagram um velejador disciplinado e que, apesar da profissão, não descuida de corrigir defeitos e treinar. Médico nos hospitais da PUC e da Ulbra, costuma tirar as tardes de sexta-feira para velejar. “Não marco cirurgia à tarde. Saio às 3 e meia e volto às 7 e meia, não importa o tempo”.