Clube dos Jangadeiros encerra participação na 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela

Barco San Chico 3, do Comandante Francisco Freitas, encerrou no sexto lugar da classificação geral da classe ORC Internacional e garantiu o título inédito para barcos que não possuem profissionais a bordo.

 

A 46ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela encerrou na noite deste sábado, 20 de julho, em São Paulo. Com a participação de mais de 120 barcos, a competição, marcada por dias de ventos fracos e fortes, reuniu as classes C-30, HPE 30, HPE 25, BRA-RGS, Bico de Proa, ORC, IRC e Clássicos.

Depois de conquistar o título inédito para barcos que não possuem profissionais a bordo na classe ORC Internacional, o barco San Chico 3, do Comandante Francisco Freitas, encerrou o campeonato na sexta colocação da classificação geral, com 39 pontos perdidos. Estreando na Semana de Ilhabela, Lucas Mazim, o Sorriso, destacou a participação e o desempenho da tripulação na competição.

“Foi um campeonato variado, de regatas de vento médio, fraco e forte. Infelizmente não tivemos a tradicional Regata Alcatrazes, mas fiquei feliz em velejar com a tripulação do San Chico, desempenhar o papel de tático da equipe e satisfeito com as largadas, que foram evoluindo ao longo da competição. Foi importante também conhecer novas pessoas, fazer novas amizades e a conquista do título na categoria amador”, destacou.

A tripulação do veleiro do Jangadeiros no campeonato foi composta pelo Comandante Francisco Fraitas, Emílio Strassburger, Luis Eduardo Solkonik, Carlos Strassburger, Renê Garrafielo, Leandro Souza, Damien Bercht, Lucas Mazim, Xico Freitas, Isadora Dal Ri e Andrei Kneipp. Para a Semana de Vela de Ilhabela, o San Chico 3 contou com o apoio da Nautos, responsável pela produção de ferragens de qualidade para veleiros com mais de 40 anos no mercado brasileiro.

O Jangadeiros contou ainda com velejadores em outras embarcações do campeonato. No FelciDue, que também disputou na classe ORC Internacional, a tripulação era composta em grande maioria por velejadoras, entre elas as atletas de 470 Geórgia Rodrigues e Amanda Rodrigues, Marcelo Corrêa, Isadora Dal Ri e Andrei Kneipp. Infelizmente, no penúltimo dia de regatas, o barco sofreu uma avaria no mastro e não conseguiu encerrar a competição.

Na C30, o barco Kaikias Maserati, de Eduardo Mangabeira, contava com os velejadores de Snipe do CDJ, Gabriel Kieling e Roberto Paradeda. A tripulação garantiu o segundo lugar na classe e faturou o Campeonato Brasileiro de C30. Em terceiro ficou o Caiçara, de Alberto Kunath, que contou com a participação do velejador Fábio Pillar. O título da classe na Semana de Vela de Ilhabela ficou com o Caballo Loco, de Mauro Dottori. Também pelo Janga, Tiago Brito, Martin Rump, Philipp Rump e Franco Lorenzoni velejaram na tripulação do barco Madrugada (VDS), de Niels Rump, veleiro homenageado nesta edição e vencedor na categoria Clássicos.

Clique aqui e confira todos os resultados da 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela.

Atleta Guilherme Perez, do Jangadeiros, segue na 3ª colocação do Mundial de Laser Radial

Terceiro dia de competição foi marcado por ventos rondados na raia de Sakaiminato, no Japão.

Com três regatas de ventos rondados, variando entre 5 e 10 nós, o Campeonato Mundial de Laser Radial entrou no seu terceiro dia na manhã deste domingo, 21 de julho, em Sakaiminato.

O atleta Guilherme Perez, do Clube dos Jangadeiros, segue com bom desempenho na competição, e se manteve na terceira colocação da classificação geral, com 29 pontos perdidos.

“As regatas de hoje foram de ventos rondados, condições em que não estou acostumado a velejar. Porém, na primeira prova do dia montei a boia em 27º e consegui fazer uma boa regata de recuperação. Depois, consegui garantir o 6º lugar nas duas seguintes. Agora é seguir a estratégia até o final do campeonato para garantir bons resultados”, disse Guilherme.

O Mundial de Laser Radial segue nesta segunda-feira, 22 de julho. Clique aqui e confira a súmula.

Atleta do Jangadeiros, Guilherme Perez segue entre os primeiros colocados no Mundial de Laser Radial

Realizado no Japão, competição entrou no segundo dia com a realização de duas regatas na cidade de Sakaiminato. 

O atleta Guilherme Perez, do Clube dos Jangadeiros, encerrou o segundo dia do Mundial de Laser Radial na quarta colocação na classificação geral, após duas regatas realizadas na manhã deste sábado, no Japão.

O velejador garantiu um quarto lugar na segunda regata e um 19º na terceira prova, totalizando 26 pontos perdidos. O campeonato segue neste domingo, na cidade de Sakaiminato.

Clique aqui e confira a súmula parcial.

Clube dos Jangadeiros visita equipe do Navio Balizador Comandante Varella

Além de conhecer o trabalho de atualização da carta náutica do Guaíba, autoridades realizaram um almoço de confraternização entre as entidades. O encontro foi realizado na quinta-feira, 18 de julho.

 

Conhecer a estrutura, o trabalho realizado e cada um dos integrantes da equipe do Navio Balizador Comandante Varella foram alguns dos destaques da visita realizada pelo Clube dos Jangadeiros na tarde desta quinta-feira, 18 de julho.

Recebidos pelo Capitão-Tenente da Marinha, Rodrigo Bessa de Macedo, o Capitão de Mar e Guerra da Capitania dos Portos de Porto Alegre, Rafael Silva dos Santos e toda equipe do navio, o Jangadeiros foi representado pelo Comodoro Pedro Pesce, o vice-comodoro de Desenvolvimento e Marketing, Alexandre Gadret, o diretor de vela de oceano de cruzeiro, Cristian Yanzer, o Diretor de Porto, Dieter Brack, o Diretor de Salvatagem, André Halbig e o Diretor de Planejamento Estratégico, Luiz Francisco Gerbase.

Além de explorar os detalhes do navio e o trabalho de atualização da carta náutica do Guaíba, o encontro foi uma oportunidade de conferir as contribuições que podem ser oferecidas pelo clube para colaborar cada vez mais com as pesquisas e também como amadores podem ajudar com sugestões. O trabalho realizado atualmente e divulgado no Jantar dos Cruzeiristas no dia 16 de julho, previa apenas a atualização da carta da Ponta Grossa até o Delta do Jacuí.

Após solicitação do Clube dos Jangadeiros, o levantamento da carta da Ponta Grossa até Itapuã, que não havia data para ser realizado, foi incluído nas listas de demandas da Capitania dos Portos com a DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação) para o ano de 2020, com o objetivo de contribuir ainda mais com a segurança e navegação das embarcações da capital.

“Esse trabalho e colaboração de todos aumenta a segurança para navegar em nossa região, sem contar que melhora e agrega boas perspectivas econômicas para as navegações. Foi um encontro muito agradável, onde fomos muito bem recebidos por toda equipe no navio. Além do trabalho, o que levo comigo após essa visita é o senso de dever e o espírito de equipe da tripulação do Comandante Varella”, disse Cristian Yanzer.

O Comodoro Pedro Pesce entregou um galhardete do clube para a equipe do navio e as autoridades realizaram um almoço de confraternização para fortalecer ainda mais os laços entre as entidades.

 

San Chico 3, do Clube dos Jangadeiros, é campeão de título inédito na 46ª Semana Internacional de Vela Ilhabela

Tripulação do Comandante Francisco Freitas foi campeã da classe ORC Internacional para barcos amadores que não possuem profissionais a bordo.


O barco San Chico 3, do Comandante Francisco Freitas, conquistou nesta sexta-feira, 19 de julho, o título inédito da classe ORC Internacional para barcos que não possuem profissionais a bordo, na 46º Semana Internacional de Vela de Ilhabela.

“Foi uma premiação que pegou a todos nós de surpresa, mas, ao mesmo tempo, ficamos muito felizes em recebê-la. A tripulação está de parabéns e que queria agradecer a todos pelo empenho, em especial ao meu pai, Francisco Freitas, que sempre está ao nosso lado oferecendo a sua palavra de apoio. Não tenho palavras para agradecer o desempenho do Emílio, Renê, Leandro, Carlos, Luiz Eduardo, Damien Bercht, Andrei Kneipp e o Lucas Mazim, Isa, ou seja, toda a equipe que garantiu a conquista deste título para o Janga. Agora é comemorar e trazer esse título para Porto Alegre”, disse Xico Freitas.
A competição, que é uma das mais importantes do calendário de vela no Brasil, é realizada em São Paulo, e conta com a participação de mais de 120 embarcações. O barco San Chico 3 conta com o apoio da Nautos, empresa com mais de 40 anos no mercado brasileiro e responsável pela produção de ferragens de qualidade para veleiros.

Guilherme Perez inicia em 3º lugar no Mundial de Laser Radial

Competição começou nesta sexta-feira, 19 de julho, em Sakaiminato, no Japão.

Com apenas uma regata, o Mundial da classe Laser Radial teve início na manhã desta sexta-feira, 19 de julho, na cidade de Sakaiminato, no Japão.

Representando o Brasil na competição, o atleta Guilherme Perez, do Clube dos Jangadeiros, teve um bom início no campeonato e fechou o primeiro dia em terceiro lugar na classificação geral. “A regata foi boa e consegui me manter estabilizado durante todo o percurso. No fim, mesmo com o encurtamento da regata, consegui velejar entre os primeiros e garantir a terceira posição nesse início”, conta Guilherme.

O Mundial de Laser Radial conta com a participação de 32 atletas de cinco países e segue neste sábado, 20 de julho.

Guilherme Plentz encerra entre os dez melhores no Mundial da Juventude na Polônia

Competindo na classe RS:X, atleta fechou em 9º lugar na classificação geral no campeonato que reuniu os principais nomes da vela jovem na cidade de Gdynia.

O atleta Guilherme Plentz, do Clube dos Jangadeiros, encerrou sua participação no Mundial da Juventude garantindo o 9º lugar na classificação geral na classe RS:X. A última regata ocorreu na manhã desta sexta-feira, 19 de julho, em competição realizada na cidade de Gdynia, na Polônia.

Integrante da equipe brasileira de vela jovem que disputou o campeonato, Guilherme fechou o último dia garantindo um 6º e um 7º lugar na duas últimas regatas, mantendo-se entre os dez melhores velejadores. O francês Fabien Pianazza garantiu o título na RS:X, seguido do italiano Nicolo Renna em segundo lugar, e o israelense Liam Segev, em terceiro. Ao todo, 29 atletas competiram nas regatas da classe.

Neste ano, Guilherme já conquistou bicampeonato da Copa da Juventude e a medalha de prata no Campeonato Sul Americano. O Mundial da Juventude reuniu mais de 400 atletas entre os dias 13 e 20 de julho em Gdynia, na Polônia.

Semana de Vela de Ilhabela retomou regatas nesta quinta-feira

Barco San Chico 3 aparece na 6ª colocação da classe ORC Internacional em dia marcado por ventos fortes na raia e avarias em alguns veleiros da competição.

 

Com duas regatas de ventos fortes, variando entre 15 e 20 nós, a 46ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela prosseguiu na tarde desta quinta-feira, 18 de julho, em São Paulo. O barco San Chico 3, do Clube dos Jangadeiros, garantiu um 5º lugar na terceira regata e a 7ª posição na quarta prova, fechando o dia em 6º lugar na classificação geral, com 23 pontos perdidos.

O veleiro FelciDue, que também disputa na classe ORC e conta com velejadores do Jangadeiros, teve seu mastro quebrado durante a regata. Com a avaria, dois velejadores do barco, Isadora Dal Ri e Andrei Kneipp, participarão da trupulação do San Chico 3.

“Foram duas regatas de vento muito forte que resultadou no acidente do FelciDue e, infelizmente, nosso tripulante Leandro Souza machucou o ombro. Com isso, vamos integrar a equipe com a Isa e o Andrei para as próximas regatas”, conta Chico Freitas.

O campeonato segue nesta sexta-feira, com mais três regatas programadas com largada para 12h. Clique aqui e confira as súmulas parciais.

Velejador Guilherme Plentz mantém posição no Mundial da Juventude na Polônia

Competindo na classe RS:X, atleta está em 11º lugar após o quarto dia de campeonato, nesta quinta-feira,18 de julho, na cidade de Gdynia.

O atleta Guilherme Plentz, do Clube dos Jangadeiros, fechou o quarto dia de regatas do Mundial da Juventude mantendo a 11º colocação na classificação geral da classe RS:X na tarde desta quinta-feira, 18 de julho, na Polônia.

O velejador integra a equipe brasileira na competição, que reúne os principais nomes da vela jovem no mundo. Após dez regatas realizadas, Guilherme obteve a 9º colocação, um 16ª e um 11º lugar nas regatas do dia, fechando com 102 pontos perdidos.

A classe RS:X conta com a participação de 29 atletas. O Mundial da Juventude segue nesta sexta-feira, 19 de julho. Clique aqui e confira os resultados parciais.

Dicas para navegação na Lagoa Mirim

Confira alguns detalhes para planejar uma velejada neste ambiente rico em diversidade.

Após a segunda edição da Regata da Lua Cheia de 2019, o grupo de cruzeiristas do Clube dos Jangadeiros realizou um bate-papo especial com os velejadores Paulo Angonese e Cinthia Cramer, do barco Kauana, e Fábio Santarosa, do barco Escapada.

E o tema não poderia ser melhor: além de compartilhar as experiências de suas velejadas, o trio dividiu com os participantes uma série de dicas para navegar na Lagoa Mirim.

Confira agora o que você precisa saber para iniciar uma velejada à Lagoa Mirim.

  • Conhecendo a Lagoa Mirim

Com 100 milhas náuticas de comprimento e 22mn de largura, a Mirim é a segunda maior lagoa do Brasil – atrás apenas da Lagoa dos Patos – e a primeira do Uruguai, que segue após a fronteira com o país. Seus principais afluentes são os rios Jaguarão (no Brasil), Tacuari, Cebollati e San Luis (no Uruguai). O Canal de São Gonçalo é o seu efluente, que liga a Lagoa Mirim à Lagoa dos Patos.

De acordo com Paulo Angonese, que visitou a Lagoa recentemente pela oitava vez, a profundidade varia entre 1 metro e 1 metro e meio no ano. “Uma das últimas viagens que realizei foi a colheita de tudo o que aprendi para levar a Cinthia, minha esposa, junto comigo e conhecer a Mirim da maneira mais segura possível”, destacou.

Para exemplificar as diferentes regiões da Lagoa Mirim, Paulo Angonese organiza a divisão da região em partes, conforme as imagens a seguir:

  • Parte 1: São Gonçalo

A primeira parte compreende do clube Veleiros Saldanha da Gama ao Sangradouro, totalizando a distância de 33,5 milhas náuticas (mn). Tem média de 250 metros de largura e de 6 a 7 metros de profundidade e correnteza no sentido da Mirim para Lagoa dos Patos.

  • Parte 2: do Sangradouro a Ponta Alegre

A distância entre o Sangradouro e Ponta Alegre é o total de 15 milhas náuticas, sendo 10mn no canal. De acordo com Angonese, o canal possui 30 metros de largura por 2 metros de profundidade. O comandante ainda fez dois alertas sobre a segunda parte: o primeiro é o risco de ‘mangrulhos’ abaixo no início deste trajeto. Com profundidade de 6 a 7 metros, a dica é observar sempre o rumo. O segundo alerta é sobre a aproximação difícil no Farol da Ponta Alegre que, segundo Paulo, deve ser conferido antes.

  • Parte 3: Central

Esta travessia compreende aproximadamente 35 milhas náuticas até a região de Foz do Jaguarão ou Caldeirinha, com profundidade média de 4 metros.

  • Parte 4: Sul Centro e extremo sul

As últimas regiões da Lagoa Mirim são a partes sul centro que abrangem os abrigos Ponta Canoa e Afogados, a Ilha Brasileira e região, e Sarandi, Laguna Guacha, Ayala, Cebollati e La Charqueada (no Uruguai).

Já o extremo sul compreende as partes do Rio San Luis, San Miguel, Chui e Santa Vitória do Palmar, com a dica de ficar atento ao vento sul.

  • Por que velejar para a Lagoa Mirim?

Uma das principais questões abordadas no bate-papo é o porquê conhecer a Mirim e quais são as principais características que despertam a atenção para uma experiência na lagoa. A curiosidade foi um dos principais fatores que fizeram Cinthia Cramer ter a vontade de conhecer o lugar. “Decidi velejar após o Paulo sair sempre para navegar na Mirim e mandar fotos lindas do lugar. Logo, pensei que agora era a minha vez de conhecer a região. Após uma primeira experiência que contou com alguns imprevistos, fomos uma segunda vez e passamos três semanas em um lugar lindo e voltado completamente para a natureza”, relata.

Por falar em natureza, este é um dos principais pontos a se destacar para quem quer conhecer o ambiente. De acordo com os palestrantes, a riqueza em biodiversidade é um dos principais atrativos do local. “Velejar até lá é uma aventura maravilhosa, além da oportunidade de explorar um ambiente novo e uma bela natureza. É um lugar para você estar de perto da diversidade e dos animais”, destaca Angonese.

“É um lugar que me deixou apaixonado e recomendo a todo mundo. Tem uma natureza e fauna que não estamos acostumados, o que o torna lindo e diferente de tudo o que vemos. Você liga o VHF do seu barco lá e é um silêncio total. Nada por perto, somente a natureza. Não têm poluição, saco de lixo, garrafa, etc. É tudo muito limpo e preservado e, para quem tiver a oportunidade, vale muito a pena conhecer e planejar uma velejada para enriquecer cada vez mais suas experiências”, ressalta Fábio Santarosa.

  • Faça o planejamento!

Agora que você sabe o que a Mirim pode oferecer, está na hora de planejar como velejar até lá. O primeiro ponto é saber a profundidade da lagoa, o melhor momento para navegar e o calado do barco para esta aventura. Para Paulo e Cinthia, o mês de março é uma das melhores oportunidades para visitar o local, uma vez que o nível d’água é menor.

“A profundidade da lagoa varia em 1 metro e 1 metro e meio. Em setembro, outubro e novembro são as épocas em que ela está mais alta. Março é o período em que ela está mais baixa. Logo, esse é o primeiro passo das informações que você deve levar para fazer um planejamento”, explica Paulo. Logo, a lagoa permanece “seco” durante o verão e outono, e cheio entre o inverno e a primavera, tendo uma variação significativa ano a ano.

O velejador ainda ressalta que o segundo passo para o planejamento é utilizar a régua do Iate Clube Guaíba como referência para navegação, destacando que qualquer barco pode entrar desde que leve isso em consideração. Dessa forma, pode se destacar que quanto menor for a profundidade da lagoa, menor deve ser o calado do barco. Assim, barcos com grande calado podem aproveitar as épocas em que o nível de água da Mirim está maior.


Régua do Iate Clube Jaguarão

Com isso, Angonese detalha que dependendo do ambiente que você planeja velejar, o ideal é seguir a régua de profundidade do ICJ e aumentar ou diminuir os centímetros de acordo com a referência total, como mostra o gráfico abaixo:

  • Tenha alguns cuidados!

Segundo Paulo Angonese, para realizar a navegada até a Lagoa Mirim o ideal é seguir entre duas ou três embarcações, pois velejar sozinho não é uma boa ideia se você pensar nos riscos e na segurança do seu barco e da tripulação. Um exemplo disso é mencionado por Fábio Santarosa, que explicou sua velejada com o veleiro Escapada ao lado e sempre em contato com o veleiro Allu Maris, dos associados Carlos Humberto Goidanich e Karin Goidanich.

“A integração entre dois ou mais barcos é muito interessante para dividir a experiência, tirar fotos e curtir um happy hour. Cada um pode fazer o seu caminho, mas sempre mantendo contato e buscando não se afastar muito um do outro. Estava sozinho em meu barco, mas me senti bem com a presença dos amigos das outras embarcações”, diz Santarosa.

Os palestrantes ainda destacaram que a navegação na Mirim não deve se basear nas informações das cartas náuticas, pois elas encontram-se desatualizadas. O ideal é navegar utilizando os pontos de GPS, os waypoints, uma cartilha compartilhada entre os comandantes para se guiar e velejar tranquilamente.

Para finalizar, Angonese destaca alguns pontos para quem for velejar no Uruguai. “Seria bom se organizar antes de tudo. É essencial obter a autorização para navegar, o ROL, junto a Prefectura Naval de Rio Branco ou Charqueadas. Ele é válido por seis meses e bom para manter-se regularizado na hora de entrar em águas estrangeiras”, ressalta.

Alguns pontos a se verificar: é necessário realizar uma inspeção no barco que custa de 1140 pesos, em espécie. Este processo pode ser realizado de Segunda a sexta-feira, das 08h às 12h. Para isso, o comandante precisa estar com os documentos originais e as cópias dos documentos pessoais e da embarcação. Por fim, se possível, mantenha o sinal do seu celular e utilize chips da Vivo e Antel (Uruguai), além de ser importante reservar ao menos duas semanas para este procedimento.

Estas foram algumas dicas repassadas durante o bate-papo especial com os velejadores Paulo Angonese, Cinthia Cramer e Fábio Santarosa para quem quiser conhecer e se programar para conhecer a Lagoa Mirim, um dos grandes patrimônios naturais do Rio Grande do Sul. Agora, basta planejar, trocar experiências com velejadores que já navegaram no local e colocar o barco na água para esta grande aventura.