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Duas duplas da classe 470 disputarão a Copa Brasil de Vela

A cidade de Niterói sediará o primeiro evento de vela voltado às classes olímpicas, em 2014. Trata-se da Copa Brasil, que reunirá cerca de 300 competidores, em dez classes: Laser Radial e Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17. E, claro, os velejadores do Jangadeiros estarão lá. Serão duas duplas, ambas na classe 470: Fábio Pillar/Mathias Melecchi e Tiago Brito/Andrei Kneipp (foto). Eles viajaram nesta sexta-feira, dia 3, para o Rio de Janeiro e disputarão as primeiras regatas na próxima terça-feira.

Agora ao lado de Mathias, Fábio quer retomar o posto de número um do Brasil e representar o país nos Jogos Olímpicos de 2016. “Este campeonato é um recomeço na caminhada rumo a 2016. Agora, definitivamente com o parceiro certo e com o treinamento em dia, iniciarei uma campanha olímpica como ela deve ser feita”, afirma o velejador porto-alegrense, que venceu a Semana Brasileira de Vela em 2013, competindo em parceria com Samuel Albrecht. “Talvez essa seja a competição mais parelha na história da classe 470 no Brasil. Vão ser pelo menos três duplas disputando o título e, neste momento, é muito difícil apontar um favorito”, pondera Fábio, que tem no currículo uma participação olímpica (Pequim/2008) e um título mundial, na classe Laser Radial, em 2006.

Se para Fábio e Mathias o objetivo é o título, Tiago e Andrei entrarão sem tanta pressão. Os jovens velejadores gaúchos são estreantes neste tipo de evento e começam a trilhar agora o caminho olímpico. “Estamos bem motivados, mas, em um primeiro momento, a ideia é ir para ver como funciona”, conta Tiago. Ele e Andrei vêm de uma série de excelentes resultados, obtidos na classe 420, em 2013. A dupla é a atual campeã mundial da juventude e vice-campeã mundial e sul-americana da classe. “Os guris são muito bons e tem o biótipo ideal para o barco. Pode anotar: eles vão vencer regatas em Niterói”, aposta Fábio.

A Copa Brasil de Vela

A Copa Brasil de Vela acontecerá de 4 a 11 de janeiro, na Praia de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro. A ideia da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é que o desempenho dos velejadores na competição seja o principal critério para definir a equipe que irá representar o país no Mundial de Santander, em setembro, na Espanha. Além dos brasileiros, velejadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Israel também confirmaram presença no evento, que é válido como Campeonato Brasileiro de classes olímpicas.

Fábio Pillar fala sobre a campanha olímpica

Um dos grandes talentos da atual geração de velejadores gaúchos, Fábio Pillar quer retomar o posto de número do Brasil na classe 470. Aos 27 anos, o atleta vem treinando duro ao lado do parceiro Mathias Melecchi para chegar afiado à Copa Brasil de Vela, que acontecerá de 4 a 11 de janeiro, na praia de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro. A competição reunirá cerca de 300 velejadores, em dez classes olímpicas: Laser Radial e Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17. Além dos brasileiros, velejadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Israel também confirmaram presença no evento, que ajudará definir a equipe brasileira para o Mundial de Santander, em setembro, na Espanha.

Representante brasileiro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando competia ao lado Samuel Albrecht, e campeão mundial de Laser Radial em 2006, Fábio sabe que o caminho não será fácil, mas mantém o otimismo. “Este campeonato é um recomeço na caminhada para os Jogos de 2016. Agora, com o parceiro certo e com o treinamento em dia, é uma competição para iniciar, de fato, uma campanha olímpica como ela deve ser feita”, pondera. Nesta entrevista, ele fala sobre os rumos da campanha para os Jogos de 2016 e a expectativa para a Copa Brasil de Vela.

A Copa Brasil de Vela

Talvez essa seja a competição mais parelha na história da classe 470 no Brasil. Vão ser pelo menos três duplas disputando o título e é muito difícil apontar um favorito. Outro ponto importante é que haverá tripulações de outros países, o que aumentará o nível técnico na raia, a média de pontos e a dificuldade nas largadas. Será uma condição muito interessante, com um intercâmbio com o pessoal de fora, ao mesmo tempo em que acontecerá a disputa interna entre os brasileiros. Não será tão bonito para quem estiver ali dentro, mas é algo muito importante para a vela brasileira.

Preparação

Conseguimos fazer um intensivo no segundo semestre de 2013. A parceria com o Mathias evoluiu muito. Participamos do Mundial com apenas três meses treinando juntos e, de lá pra cá, dobramos as horas de treino, o que fez aumentar muito a sintonia da dupla. Evoluímos tecnicamente e também fizemos uma preparação de uma semana no Rio de Janeiro.

A raia

Já velejei muito na raia da Baía da Guanabara. Óbvio que não a dominamos por completo, mas o básico dos macetes nós sabemos. Já competi de Laser, de Snipe, de Oceano e nunca perdi um campeonato da classe 470 lá.

2013

É difícil avaliar se as decisões foram acertadas ou não, mas eu diria que foi um ano ruim. Talvez tenha sido a fase mais complicada da minha carreira. Foi um período de pouco dinheiro, poucas viagens e no qual fiquei um bom tempo sem parceria.

O novo parceiro

O Mathias é meu amigo desde os tempos de Optimist; é um cara que veleja desde a infância e que sempre se manteve ativo na vela. Fiz o convite para iniciarmos a parceria sabendo que ele tinha um peso bom para o barco, disponibilidade, muita habilidade física e conhecimento técnico. Além de um grande amigo, o Mathias é um grande companheiro dentro do barco. Ele é um cara que entra de corpo e alma, se dedica mesmo. É uma aposta que vai dar certo!