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Campeão na ORC-INT e na RGS-BRA, Jangadeiros fecha o ano com cinco títulos estaduais

O último final de semana de etapas válidas pelo calendário da Federação de Vela do Rio Grande do Sul (Fevers) trouxe ótimos resultados para o Clube dos Jangadeiros. A temporada foi encerrada com as últimas regatas dos barcos de oceano e tanto na classe ORC-INT, com o San Chico 3 quanto na RGS-BRA, com o Abaquar, os atletas do CDJ saíram campeões.

“Este, sem dúvida, foi o melhor ano do San Chico 3. Já em janeiro fomos vice-campeões brasileiros, terceiro no Sul-americano, segundo lugar na Semana de Vela de Ilha Bela e agora, fechando 2016, ganhamos o Estadual. Sempre conseguimos estar entre os primeiros”, conta o comandante do SC3, Francisco Freitas.

A conquista na classe ORC-INT do campeonato gaúcho de Vela de Oceano teve uma atração especial entre a tripulação, o atleta olímpico Samuel Albrecht, o Samuca. “Sua presença foi muito importante, ele dividiu conosco suas experiências e ajudou em cada uma das posições”, confidencia Xico.

Apesar de o ano estar em sua reta final o San Chico 3 ainda tem uma agenda movimentada. A ideia é ainda fazer três treinos antes do réveillon visando o Circuito Atlântico Sul, que acontece em janeiro. Além disso, nas regatas em homagem aos 75 anos do Clube, que acontecem no próximo sábado (3) e domingo (4), a tripulação campeã estadual será substituída por alguns membros do barco Tempest e alguns cruzeiristas do Jangadeiros.

Lucas Mazim, o Sorriso, campeão da RGS com o Abaquar também avaliou o Estadual de Oceano. “Uma experiência única para mim. Foi a primeira vez que viajei no leme de um barco de oceano, mas com a experiência que trouxe do monotipo mais a ajuda do Paulinho Ribeiro, técnico da Fernanda Oliveira, que já foi dono do barco e conhecia muito da sua regulagem, e de outros velejadores experientes, como o Renê Garrafielo, foram fundamentais para esta conquista”.

Com estes dois títulos, o Clube dos Jangadeiros fecha o ano de 2016 com cinco conquistas estaduais. Além dos triunfos na Vela de Oceano, o próprio Lucas Mazim foi campeão de Snipe, ao lado de Alexandre ParadedaBreno Kneipp e Ian Paim também subiu no lugar mais alto do pódio na classe 29er e Antônio Rosa, o Totó, venceu no Laser Standart.

Totó foi outro que falou da emoção de ter vencido o Estadual na sua classe. “Fiquei muito feliz pelo titulo, por ter competido com velejadores muito experientes e de alto nível e mesmo assim saindo com a vitoria! Foram em torno de 20 barcos em água sobre condições de vento que foram bem difíceis, o que tornou a vitoria mais saborosa”, finaliza.

Parabéns a todos atletas que, em mais um ano, colocam o nome do Jangadeiros em destaque no cenário da vela nacional!

Especial Troféu Cayru: relembre histórias do campeonato

Há coisas na vida que têm a sua importância pelo sentimento que despertam em cada um e outras pela sua relevância universal, de fato. Poucas, porém, aliam esses dois valores: o Troféu Cayru é um desses exemplos.

Além de ser um campeonato que conta pontos para o Estadual de Vela de Oceano, é um evento com muito simbolismo para o Jangadeiros. “É um momento de festa da vela, no qual a gente olha para trás, algo muito necessário para poder se construir o futuro. Somos levados a olhar para nossas raízes”, comenta um pouco desse sentimento o comodoro Manuel Ruttkay Pereira .

Para quem não sabe, a criação deste troféu é uma homenagem ao barco Cayru, do patrono fundador do CDJ, Leopoldo Geyer. Em 1935, ainda chamado Cayruzinho, ele foi lançado ao mar para celebrar o centenário da Revolução Farroupilha.

Na sua XXVI edição, o evento é, para o Dr. Manuel, uma oportunidade dos mais novos no CDJ conhecerem um pouco mais da nossa história. “Mesmo não sendo a data de aniversário do Jangadeiros – que vai ser bem festejada em dezembro -, é um momento no qual comemoramos o ‘nascimento do Clube’”, explica.

Evocar as nossas origens, as nossas raízes. Esse é um ponto que talvez nem todos conheçam do Troféu Cayru, especialmente alguns competidores. Mas quando estiverem em suas embarcações na água, pensando em suas táticas, analisando as condições dos ventos, perceberão, seja no preparo ou durante o percurso, que se trata de uma regata especial.

Um Troféu repleto de boas histórias

Durante as 25 edições já realizadas do Troféu Cayru, o que não faltam são histórias para contar. Algumas mais intensas, outras mais engraçadas. Xico Freitas, atual bicampeão do Fita Azul, passou por momentos de tensão enquanto velejava como participante.

A bordo do Magia, um Delta 26, que tinha Gilberto Carvalho como comandante, Xico enfrentou condições bastante adversas. “Era uma tempestade muito forte, 60 nós de vento. A gente viu esse temporal entrando e só deu tempo de largar o leme. Eu era timoneiro e abri o cabo que segurava as duas velas, eu baixei ambas na hora. Moral da história: nosso barco conseguiu passar pelo temporal bem, sem vela nenhuma”,  lembra.

Ele conta que, depois que a tempestade passou, conseguiu ver que maioria dos barcos estava com as velas rasgadas. Mesmo com os contratempos, o Magia conseguiu ser o Fita Azul, ainda que fosse um barco pequeno.  “Naquele ano foi instituído o Troféu Tripulante, que eu recebi por ter salvo a embarcação”, conta.

Mas não são apenas as condições climáticas que podem interferir e atrapalhar um campeonato de vela. Um utensílio comum, usado em rios e mares, também pode ser um inimigo e deixá-lo preso, conforme recorda Hilton Piccolo:

“Num ano recente, na volta da Ilha das Pombas, a maioria dos barcos ficou presa em redes de pesca. O Rene Garrafielo, que estava conosco, conseguiu desvencilhar o barco e acabamos sendo o Fita Azul. Além disso, vencemos, no tempo corrigido, a regata longa também”, conclui.

 

Faça parte dessa história

Quer viver histórias como essas? Existem diversas formas de participar da XXVI edição do Troféu Cayru. No sábado, teremos a Regata Volta da Ilha das Pombas para os barcos das classes ORC e RGS, aberto também para embarcações sem medição que queiram disputar o “Fita Azul” (bico de proa).

Também no sábado, haverá a Regata em Solitário para os comandantes das classes de cruzeiro. Já no domingo, os barcos correrão duas regatas Barla-Sota na baía de Ipanema, enquanto as embarcações de cruzeiro participarão de um Velejaço de Percurso.

O evento se encerra à noite, com a entrega das premiações no restaurante da Ilha. Para saber como se inscrever para o Troféu Cayru e obter outras informações sobre a forma de disputa, acesse o Aviso de Regata.

Final de semana foi de Campeonato Estadual de HC-16 e Soling no Jangadeiros

O último final de semana foi marcado por muita competição no Jangadeiros. O Clube recebeu a segunda etapa do Campeonato Estadual de Hobie Cat 16 e de Soling. Mesmo com pouco vento, os barcos foram cedo para a água e, perto das 13:30 de sábado, foi dada a largada para a primeira regata do HC-16 do dia, a quinta do torneio. Logo depois foi a vez da outra classe começar cair no Guaíba.

Se sábado foi um dia de pouco vento, mas suficiente para se velejar o domingo as condições foram totalmente opostas. O mau tempo, especialmente a forte chuva, impediu  que fosse realizadas as provas previstas. Assim, ao todo, foram disputadas cinco regatas, duas de Soling e três de Hobie Cat 16. Na primeira classe seis embarcações  lutaram pelas primeiras posições no ranking, já na HB-16 foram treze barcos.

Finalizada a segunda etapa do Estadual,  João Kraemer e Lawson Beltrame, do SAVA, lideram no Hobie Cat e George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Alexandre Mueller, do VDS, estão na primeira colocação no Soling.

Confira a classificação completa em do HC16 e do Soling.