Edição do Janga Sail Talks com a tripulação do veleiro Biguá é transferida

Embarcação segue travessia que iniciou no Panamá rumo aos Estados Unidos. Bate-papo no Instagram do Clube dos Jangadeiros será realizado no dia 25 de junho, às 20h.

O bate-papo com a tripulação do veleiro Biguá na nova edição do Janga Sail Talks Live, que aconteceria nesta quinta-feira, 11 de junho, foi transferida para o dia 25 de junho, às 20h, no Instagram do Clube dos Jangadeiros.

A embarcação do casal Alessandra e Márcio Machemer segue em travessia que iniciou no dia 21 de maio, saindo do Panamá e percorreu 1.750 milhas náuticas até chegar Charleston, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Para finalizar a velejada, a tripulação ainda navegará por mais 400mn.

A viagem do veleiro Biguá pode ser acompanhada com detalhes através do link https://forecast.predictwind.com/tracking/display/Bigua. O site mostra com detalhes a navegação do barco, sua velocidade e também a situação dos ventos. “São duas opções para acompanhar o Biguá: além desta, tem uma por satélite onde aparece a rota. Nosso endereço de e-mail satelital é marciomachemer@gmail.com”, afirma Alessandra.

Marque na sua agenda e participe! O Janga Sail Talks Live – Biguá: Isolados em Kuna Yala, Panamá acontece no dia 25 de junho, às 20h, no Instagram do Clube dos Jangadeiros.

155 anos da Batalha Naval do Riachuelo é celebrado em live com a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais

Apresentação, que acontece nesta quinta-feira (11), no Rio de Janeiro, será transmitida no canal da Marinha do Brasil no Youtube.

 

Celebrando os 155 anos da Batalha Naval do Riachuelo, a Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais realiza nesta quinta-feira, 11 de junho, às 19h, uma live direto da Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro.

A apresentação será transmitida pelo perfil da Marinha do Brasil no YouTube, prestigia e homenageia os feitos heroicos dos homens que lutaram na Batalha Naval do Riachuelo, que deixaram um legado de bravura, heroísmo e amor ao Brasil.

Participe! Para conferir o evento basta acessar o link https://www.youtube.com/marinhaoficial no dia e horário da apresentação.

 

Sobre a Batalha Naval do Riachuelo

A Batalha Naval do Riachuelo, evento decisivo e vitorioso, ocorrida em 11 de junho de 1865, foi marcada pela bravura de aguerridos marinheiros e fuzileiros navais, que, incentivados pelos célebres sinais do Almirante Barroso: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”; e “Sustentar o Fogo, que a vitória é nossa”, superaram adversidades de toda ordem, muitos deixando suas vidas em combate. Por conta desse episódio histórico, em 11 de junho celebramos a Data Magna da Marinha.

Desde então, a Marinha do Brasil comemora, todos os anos, nessa data, os feitos heroicos daqueles homens que lutaram na Batalha Naval do Riachuelo, reconhecendo-os como exemplos e lembrando seus atos às gerações que os sucederam.

Sua Foto no Janga

A belíssima imagem compartilhada pela associada Clarice de Campos Bourscheid é o registro do ‘Sua foto no Janga’ desta semana!

Compartilhe o seu clic com a gente! Mande sua foto no Clube para o e-mail comunicacao@jangadeiros.com.br. As imagens são divulgadas semanalmente nas redes sociais do Jangadeiros.

Atleta olímpica Ana Barbachan é a nova treinadora da Flotilha da Jangada

Velejadora da classe 470 assume o posto de técnica dos veteranos da classe Optimist do Clube dos Jangadeiros.

Com muita experiência no mundo da vela e o objetivo de compartilhar os ensinamentos e o gosto pelo esporte, a atleta olímpica Ana Barbachan assume o posto de nova treinadora da Flotilha da Jangada, o grupo de velejadores da classe Optimist do Clube dos Jangadeiros.

Velejadora da classe 470, Ana iniciou nesta semana o novo desafio de coordenar os atletas veteranos, conhecendo cada um dos integrantes em uma reunião virtual de apresentação. Com vivência e prática como técnica interina na classe, esta será a primeira vez que a atleta vai assumir como treinadora principal de uma flotilha, e a expectativa de dividir o conhecimento é grande.

Reunião virtual de apresentação da Ana Barbachan

“Foi uma surpresa bem legal! Já tive experiência em treinar atletas da classe Optimist de forma interina e, muitas vezes, eu sentia que faltava tempo para passar tudo aquilo que eu sabia na questão do conhecimento para agregar cada vez mais pontos positivos. E este momento vai ser legal por isso, pois ao assumir a flotilha, poderei pensar no médio e longo prazo e quais são os objetivos de cada um, com mais tempo para passar conhecimento, exercitar os aprendizados e, consequentemente, atingir os objetivos da flotilha e dos velejadores”, disse Ana.

Barcos da Flotilha da Jangada em água

O capitão da Flotilha da Jangada, Marcelo Dutra, ressalta a felicidade de todos em receber a atleta, desejando as boas vindas e destacando a carreira de Ana, que passa a liderar os velejadores Artur Beltrão, Bianca Lautert, Felipe Strassburger, Francisco Dal Ri, Isabela Zorzi, Lucas Geyer e Pedro Rosa.

“A Ana Barbachan, antes e além de ser uma competentíssima e vitoriosas atleta olímpica de vela do nosso Clube dos Jangadeiros e do Brasil, é uma pessoa humana extraordinária pela sua alegria, carisma, humildade, empatia, inteligência, entre tantos outros atributos que possui, o que nos enche de felicidade e orgulho por poder contar com ela no time de treinadores da nossa Flotilha. Temos as melhores expectativas, pois mais do que técnica e experiências, que ela certamente vai passar para os nossos velejadores, a Ana trará um ganho enorme para os nossos filhos na transmissão de excelentes valores, bons exemplos e incríveis vivências que farão toda a diferença para o bem e sucesso na vida esportiva e pessoal deles”, disse Marcelo.

A atleta segue forte em campanha olímpica visando os Jogos Olímpicos de Tóquio, onde competirá ao lado de Fernanda Oliveira na classe 470. Para isso, o planejamento à frente da Flotilha da Jangada será conciliado com seus treinamentos na classe, a fim de manter os dois compromissos em perfeita sintonia. Além de compartilhar as experiências, Ana fala da importância da classe na vela e também revela os primeiros objetivos para iniciar os treinamentos com os atletas. “O Optimist é muito importante para a formação de atletas, uma porta de entrada para as crianças na vela e uma grande oportunidade para trabalhar o aprendizado e o gosto por velejar, a fim de desenvolver valores importantes dentro do esporte e para a vida. Por isso, minha missão será fazer com que eles gostem ainda mais de velejar e aprendam aspectos importantes como analisar o vento, largar bem, se posicionar em uma flotilha e os fundamentos estratégicos de uma regata”, frisa.

Carreira na Vela
A atleta olímpica Ana Barbachan iniciou sua carreira na vela aos 11 anos de idade, no Optimist, onde velejou até os 15 anos. Na classe, disputou diversos campeonatos nacionais, como o Campeonato Brasileiro, Sul-Brasileiro e Estadual, e também internacionais, como o Campeonato Europeu da classe.

Na transição após Optimist, passou para a classe 420. Entre o leme e a prova do novo barco, competiu nos principais campeonatos nacionais e sul-americanos.

Aos 18 anos começa trajetória de Ana no 470. Na classe olímpica, conquistou 5 medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze em etapas da Copa do Mundo de Vela, garantindo conquistas nos principais campeonatos da classe e duas participações em Olimpíadas ao lado de Fernanda Oliveira: a primeira, em Londres 2012, onde ficou o sexto lugar, e a segunda, no Rio 2016, onde ficou no 8º lugar.

Atualmente, garantiu a classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, e segue ao lado de Fernanda Oliveira nos treinos em preparação para sua terceira participação em Olimpíada.

Veleiro Uruguaiana 3 conclui primeira etapa da expedição pelo Brasil rumo a Refeno 2020

Confira o diário de bordo do Comandante Henrique Freitas com os detalhes do início da velejada para a participação no grande evento da vela brasileira.

Depois de confirmar presença na Refeno 2020, o veleiro Uruguaiana 3, do Comandante Henrique Freitas, zarpou rumo à uma das mais tradicionais competições da vela brasileiro.

Em detalhes, o comandante relata a primeira etapa da velejada pela região sul neste diário de bordo especial. Confira!

U3, relato da etapa 1: CDJ, ICP, Bombinhas, Marina de Itajaí, JIC
Diário de Bordo Uruguaiana 3

Primeira etapa: Clube dos Jangadeiros – Iate Clube de Pelotas (19 e 20 de maio), Iate Clube Pelotas – Bombinhas (24 a 26 de maio), Bombinhas – Marina Itajaí (27 de maio), Marina Itajaí – Joinville Iate Clube (28 de maio)

A ideia do projeto nasce de conversas com o Eduardo Bojunga de Oliveira, com o Pena e tantos outros amigos, mas cresce vendo o Márcio Lima, o Gigante, e todo pessoal da “Farofeno” criando coragem e avançando em suas velejadas, especialmente Henrique Velloso do Gentileza, Paulo ‘vai e todos barcos’, e o casal Bruna e Jairo, do Caboges.

A preparação do barco passa por testes em janeiro e fevereiro, e aprontos para tal, antes e depois disso, com serviços especialmente pelo Renê Garrafielo e o Junior Araken, e outros, como inox pelo Sadi e capotaria pelo Marcelo. Nisso, o timing foi perfeito, graças ao bom senso da Comodoria do CDJ, sensível ao projeto em si.

Com meu mano Newtinho, preparamos diversos aspectos de segurança, definimos o “saco do Comandante” e o saco de abandono, o saco e rações, investimos na balsa e epirb, e diversos outros aspectos.

Testamos e escolhemos a tripulação com parcimônia. Tudo certo na pré-partida, rancho, etc. Era 18 maio. Suspendemos ou zarpamos no 19 maio. Vento favorável, mas fraco. Pernoite mexido na Barra Falsa, após 14h de velejada desde 08h: foi a perna Clube dos Jangadeiros-Iate Clube Pelotas, 2 dias. Como sempre, acolhida maravilhosa.

A estada em Pelotas, no ICP, durou 4 dias. Força do Oswaldo, sempre vital. Comodoro nos acolheu muito bem. Júlio indicou o Batuva para uma jantinha. Fenomenal (Rua Osório, 454, Pelotas). Indo para lá eu disse: “será que é onde já jantei com meus primos uma vez? ” Chegamos e era mesmo! Entramos e eu disse: “esta mesa não, meus primos sempre jantam nela”. Sentamos noutra mesa. Bingo: 30 min e chegaram os primos.

Os estudos da meteorologia haviam iniciado 10 dias antes. Mas o Cristian Yanzer veio para Pelotas, ali no mesmo trapiche e, por 2 dias, ajudou a gente a ler as projeções. Na mosca. Tudo certo. Ajuda carinhosa do Cristian e da “Marcela”! Susto também mandou informações preciosas.

Criamos alguns grupos “U3” de whatsapp: SOS resgate/depanagem, méteo e rotas, board, perna, serviços, e “mundo afora”. Tudo para poder, com parcimônia, difundir as informações, ou trocar ideias.

O spot ou link de monitoramento de onde estamos no mar é dado somente a indivíduos, pois não desejamos que grupos especulem se estamos ou não bem, e sim poder seriamente comunicar com quem encarregamos disso. Zero especulações nesse tema. Interessado, peça no privado. Tivemos algum problema com alguma regulagem de VHF e de AIS, ainda investigando, antenas, sinais, contatos, alcance. Fizemos alguns testes, estamos satisfatórios no quesito, podemos melhorar.

A perna Iate Clube Pelotas – Bombinhas: Zarpando 07h de Pelotas, entrando no mar na barra de Rio Grande às 12h, com ondas altas, para mim ‘volumosas’ (de fato, 2 a 2,5 m de través), mas com estratégia bem definida, foi muito bem. Bem pela costa! E com duas noites no mar, as ondas, mas de lado no primeiro dia e no segundo dia levemente favoráveis. Tripulação se comportou muito bem. Eu, Cesar Missiaggia, do veleiro Volare, Paulo Dariva, do veleiro Boré e Eduardo Bojunga de Oliveira (coach). Eu fui o único que não me senti bem à vontade, como até ali estava de 19 a 24 maio, mareei um pouco, então fui poupado nas 2 noites, os guris seguraram a onda firmes, descansei e assim pude passar melhor de dia. Bastante vento, 25-30 e rajadas de 35, mas mais favorável na segunda noite, forte sempre. Surfávamos a 12 nós com aparente de 25 a 30 nós entrando por 160 graus.

Uma certa curiosidade foi que eu decidi e firmei a decisão com o Renê e com o Bojunga, usar a vela mestra de Delta 32 para toda subida. Recebemos críticas e um pouco de bullying, mas foi fenomenal decisão: o barco andou a 7, 8, 9, média de 8 e toda 1ª etapa. Andou muito. Inclusive na 1ª noite, o time decidiu rizar a vela em certo momento! E assim iremos até Recife!

Passando de praia em praia, Tramandaí, Xangri-lá, Capão da Canoa, Torres, alguns amigos espontaneamente e outros encomendados, tiraram fotos ou nos filmaram. Muito legal! Em Morro dos Conventos, antes em Arroio do Silva, meu filho Gabi identificou o barco, pedindo para acendermos as luzes e apagarmos, teve certeza, sinalizou de terra, jogou fogos, foi genial, uma emoção! Nós colocamos na targa uma rede, grande, amarramos bem… colocamos batata, cebola, banana, etc. Ao adernar demais na madrugada, as coisas caíram pelos cantos, faltou bloquear os cantos! De barra a barra o total foi de 43h (barra de Rio Grande ao Sul da ilha de Floripa), total de 47h do ICP a Sul da ilha de Floripa; e de 55h de ICP a Bombinhas.

No través da ilha, ali pelo Campêche, vento fraco. Fomos ligar o motor e apitou forte um sensor da rabeta, tomamos um susto. Consultamos o Wolff, o Renê e o Márcio Lima, generosos, nos deram dicas, e depanamos o problema, era apenas um ‘falso alarme’, limpando o sensor, tudo normal. Chegamos a articular guincho, marina, mecânico, mas as dicas foram preciosas e nos levaram ao bom termo. Pernoite em Bombinhas, churrasco gostoso, carne Genebra. Então, isso foi de 24 a 26 maio 2020.

27 maio, cedinho. A perna Bombinhas-Itajaí foi agradável, suave. A Marina de Itajaí, maravilhosa, profissional, acolhedora. Natasha e Vitória, todo pessoal bárbaro! Jantinha no restaurante da Marina, chef de 1, frutos do mar, espetacular e saborosa! As fotos recebidas no caminho, e mesmo na chegada, em todos locais pelos quais passamos, as comidas preparadas a bordo, foi tudo maravilhoso.

Cedinho mesmo, 06h, a perna Itajaí-JIC, passando por São Francisco do Sul, muito lindo tudo, pedras, ilhas, cuidados, navios. O JIC, impressionante, a torre de controle, muito interessante, com visão 360, e onde o gestor operacional toma conta do time e aciona a equipe de apoio por radinho. Um brinco.

Na rota toda, foram 605 milhas em 9 dias, pois paramos 3 dias em Pelotas, no ICP, esperando a hora certa de entrar no mar. E usamos 40h de motor ao todo, 16h na Lagoa e 24h no mar. De barra a barra, 43h, de Rio Grande ao Sul de Floripa, 2h de motor, total 10 dias, de 19 a 28 maio.

Hora de organizar outros “sacos”: roupas para lavar, perecíveis a levar, cumbucas a levar para casa e repor comidas prontas, mochila, computador, carteira, remédios [alguns esqueci].

Em grupos indagaram sobre ‘quanto pagamos’. Esses temas mais reservados, tratamos em cada momento de forma apropriada, bem antecipadamente, vendo se há convênios, dialogando muito, vendo contatos-chave. Decidir onde ir parando por critérios como; acolhem bem, segurança, valores, amizades, etc.

Resolvemos trocar a escota da grande por uma de menos atrito, a nossa era de bitola muito larga. O cabo que escolhemos deu perfeito, e era exatamente do mesmo comprimento que o anterior. No olho.

Rimos muito com a tripula provocando o Comandante com o “calma, Henrique”, e sobretudo com um ‘quid pro cuo’ sobre um tal galão de 40 litros que deveria voltar conosco, posto que estava demais no paiol. Foi uma festa à parte! Quase deu gente se mijando a bordo de tanto rir.

Conferimos o que se tinha de rancho e o que se deveria comprar para repor. Descobrimos então que um ‘mamão’ consumiu toda cerveja que eu havia estocado nos paineiros para ir até Recife!! E tomamos muita limonada, bom demais. Decidimos que nas pernas seguintes acomodaremos antes as comidas na geladeira, e destinaremos área específica para as bebidas, e com reposição mais frequente de bebidas para gelar: é bem melhor assim. Tipo: tirou 4 latas de cerveja, põe 4 novas.

Fizemos uma lista resumida de “checkout”, em D, e em D-1? E igualmente de providências iniciais na retomada. Tudo isso constará no “Protocolo U3” e a nova versão [1.1] em 17junho.

Por fim, o registro de quão gigante, capaz, devotado, é o Eduardo Bojunga de Oliveira! Sempre atento a tudo, incansável, inatingível pelo ‘marear’, focado na sua missão, cada aspecto atacado com muita competência, uma ampliação enorme do quesito segurança do projeto e da realização nas melhores condições. Espirituoso. Iniciativa. Fenomenal parceria. Assim, como o César Missiaggia do Volare, e o Paulo Dariva do Boré. Prestativos, atentos, firmes, seguraram a onda, ‘aguentaram’ no osso as leituras de checklist em cada etapa.

 

Assista a edição do Janga Sail Talks com o Uruguaiana 3!

Aproveite e acesse nos links abaixo a edição do Janga Sail Talks Live com a participação do Comandante Henrique Freitas, que falou sobre a Expedição do U3 pelo Brasil e a Refeno 2020.

O programa aconteceu na noite desta quinta-feira, 04 de junho, com condução do Diretor de Vela de Oceano de Cruzeiro, Cristian Yanzer, Comandante do veleiro Vikyng.

Memória do Janga

O Memória do Janga desta semana relembra o 24º Campeonato Brasileiro de Optimist realizado em 1996, no Clube dos Jangadeiros.

Na foto, o pódio gaúcho na competição, com uma dobradinha do Jangadeiros nas duas primeiras colocações. O título do campeonato ficou com Frederico Plass Rizzo. Beto Paradeda foi o vice-campeão e em terceiro lugar ficou André Streppel, do Veleiros do Sul.

Comando do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil realiza campanha do agasalho

Ação tem o objetivo de arrecadar e distribuir roupas e cobertores para as famílias que necessitam durante o período de inverno.

O Comando do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil, juntamente com as Organizações Militares subordinadas, está promovendo uma campanha do agasalho, dentro das comemorações alusivas ao 155º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo.

Com o tema “A Batalha, agora, é outra. Nestes tempos difíceis, com ‘serenidade e firmeza’, vamos nos unir para ajudar os que mais precisam”, a ação visa arrecadar roupas de frio e cobertores que serão distribuídos para as famílias que mais necessitam neste momento.

Comando do 5º Distrito Naval da Marinha do Brasil realiza campanha do agasalho

Em Porto Alegre, a campanha é realizada pela Capitania Fluvial de Porto Alegre (CFPA) com o apoio da Sociedade Amigos da Marinha de Porto Alegre (SOAMAR).

Os donativos devem ser entregues na Sala de Estado da CFPA. Quem preferir, pode deixar as doações com 2ºSG-MR Rohte ou com o MN-RM2 Borowski, na Assessoria de Comunicação Social. A campanha acontece até o dia 7 de junho.

Contamos com a participação de todos.

Novo decreto Municipal permite abertura de espaços para prática de esportes individuais

Com a publicação do novo decreto 20.583 da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Clube dos Jangadeiros informa a seus associados sobre a reabertura dos espaços para a prática de esportes individuais, seguindo os protocolos de segurança e prevenção ao Coronavírus.

Entre os espaços liberados estão a quadra de tênis, as quadras de beach tênis, a quadra de vôlei e a piscina para natação. As atividades podem ser retomadas a partir desta semana, seguindo às definições abaixo:

Quadras de tênis, beach tênis e vôlei
– Para o uso das quadras de tênis, beach tênis e vôlei é necessário agendar o dia e horário em que o associado utilizará o espaço. Para realizar o procedimento basta entrar em contato com a secretaria administrativa através do telefone (51) 3094.5776 ou pelo e-mail jangadeiros@jangadeiros.com.br. Recomendamos também a higienização dos equipamentos antes e depois da prática dos esportes.

Piscinas
– A piscina do Clube dos Jangadeiros está liberada para natação e treinamento por ordem de chegada, desde que se respeite o limite de duas pessoas por vez mantendo a distância recomendada de dois metros.

Para as caminhadas na sede, seguem valendo as determinações já divulgadas que ampliaram o fluxo de associados que podem caminhar pelo clube, desde que a atividade ocorra de forma individualizada, sempre limitada a 1 (um) aluno a cada 16m2 (dezesseis metros quadrados), podendo ser acompanhado por um profissional, observadas as regras de higienização e de ocupação”.
Lembre-se: Para entrar na sede do Clube é recomendado o uso de máscaras! Por isso, pedimos a colaboração de todos para seguir as recomendações de prevenção ao Coronavírus, mantendo a distância mínima de 2m e realizando a higienização das mãos. O clube dispõe, com fácil acesso, o uso de álcool gel nas portarias e secretarias da sede.

As demais determinações divulgadas anteriormente nos canais de comunicação do Clube dos Jangadeiros seguem normalmente.

  • O porto segue aberto. O guincho, rampa e seus operadores funcionam de terça a domingo das 09h às 17h. A colocação e retirada de barcos na água, bem como navegação está liberada.
  • Monotipos, Lanchas, Barcos de Oceano, Kite e Windsurf podem navegar normalmente, desde que o comandante seja sócio habilitado e maior de 18 anos, já que estará navegando sob sua própria responsabilidade pois neste período o clube não poderá se responsabilizar pelo resgate de embarcações.
  • Cada comandante:
    Pode levar consigo até 4 tripulantes desde que sejam seus familiares (relação conjugal ou de parentesco). Tal declaração deve ser feita no convite para navegar deixado nas portarias do clube antes de sua saída (https://jangadeiros.com.br/convite-para-navegar.docx) devendo estar ciente que, nos termos do Decreto municipal, estão vedadas as confraternizações e reuniões.
    Deve preencher o plano de navegação / aviso de saída (independentemente do porte da embarcação) e deixá-lo na portaria ou informar o plano pelo rádio antes da sua saída. (https://jangadeiros.com.br/aviso-de-saida.docx)
  • O clube designará um funcionário para auxiliar na rampa de monotipos de terça a domingo das 09h às 17h.
  • A secretaria administrativa estará aberta de terça a domingo das 09h às 17h.
  • Marinheiros seguem em suas atividades de guarda e manutenção das embarcações, mediante uma declaração do proprietário informando que o referido marinheiro está com a embarcação sob os seus cuidados. (https://jangadeiros.com.br/declaracao-marinheiro.docx). Isto é necessário para que em uma eventual fiscalização possamos explicar a presença de tais profissionais nas dependências do clube.
  • A Escola de vela Barra Limpa permanece fechada.
  • Não estão permitidos os treinamentos de flotilhas tendo em vista que somente o treino de atletas profissionais está liberado.

O uso de áreas comuns e de confraternização como salas de eventos, churrasqueiras, bancos e quiosques continuam suspensos

Agradecemos a compreensão de todos neste momento.

ZerØ, um barco que nasce com história!

Em matéria especial, conheça a história de Pedro Chiesa e saiba como foi a construção da embarcação em relato compartilhado com todos os detalhes pelo comandante.

Em edição do Janga Sail Talks Live realizada no dia 30 de abril, o comandante Pedro Chiesa compartilhou com todos os detalhes da construção do seu veleiro ZerØ, a inovadora embarcação de modelo Volker 40.

Entre os principais pontos destacados no bate-papo, Pedro contou sobre a sua trajetória na vela, sua chegada no Clube dos Jangadeiros e as embarcações que antecederam o ZerØ. Nesta matéria especial, você vai conferir os principais relatos do comandante e o seu veleiro, conhecendo sua história, objetivos e próximos desafios.

Conhecendo o Comandante, sua chegada ao Brasil e ao Clube dos Jangadeiros

A história de Pedro Chiesa na vela inicia antes mesmo do seu nascimento. Seu pai, Aristides Franscisco José Chiesa, era um argentino vindo de Buenos Aires para o Brasil com um veleiro de 27 pés. Desaconselhado a continuar sua velejada para Florianópolis, Aristides Chiesa subiu então a Lagoa dos Patos, chegando em Porto Alegre no Clube Veleiros do Sul que foi recepcionado por Ernesto Neuguebauer e Edmundo Soares (foto). Por aqui, conheceu Monica Schmitt, mãe de Pedro, nos bailes do Clube Germânia.

Conforme relata Chiesa, muito antes da classe Optimist o seu ‘quintal’ foi o veleiro Fauno II, um barco de 27 pés, muito parecido com um Guanabara de quilha fixa, sem guarda mancebos. “Costumávamos ir para a belíssima costa do Uruguai, no Rio de La Plata. Aprendi a velejar sem considerar as condições climáticas. Lembro de sair de casa de madrugada, ainda noite escura, em qualquer época do ano, chovendo, com vento forte, em qualquer condição. Se estava programado, levantávamos da cama e íamos”, conta.

Em 1977, Pedro, aos 12 anos de idade, veio morar em Porto Alegre, terra natal de sua mãe. Logo após, aos 14 anos, entrou como sócio filhote no Clube dos Jangadeiros. Em sua trajetória na vela, competiu nas classes Pinguim, 470 e Oceano, que na época tinha diversas regatas de longo percurso entre Porto Alegre e cidades como Pelotas, São Lourenço e Tapes. “Muito cruzei a lagoa vendo aquelas areias brancas onde nunca parávamos”, revela.

Aos 16 anos, Chiesa falou para sua mãe que ia participar de um dos principais campeonatos da vela de oceano brasileira, em Ilhabela. “Quando comuniquei, só não avisei que ia fazer o translado. Esta foi minha primeira grande experiência de mar, onde fiquei um mês embarcado no Ressaca, barco que nem banheiro tinha. Nessa oportunidade, corri com Nestor Volker no leme, o que foi uma grande escola”, destaca.

A história de Cruzeirista

O comandante Pedro Chiesa conta que, junto com o associado Jorge Aydos, conhecido no Clube pelo apelido de Silvana, começou a fazer velejadas de lazer pelo lago com o barco da família Aydos chamado Minuano. No ano 2000, comprou o seu primeiro barco de oceano: um Velamar 24 pés chamado Hórus, que de acordo com Pedro, era um barco muito bem equipado com velas North Sails.

Após isso, adquiriu em 2002 o veleiro Auguri II, um Velamar 30 pés que trouxe de Ilhabela. Em 2006 comprou o Skipper 22 Alvará e, por fim, seu penúltimo barco antes do ZerØ foi o Skipper 30 Stromboli, o qual foi adquirido em 2016. “Apesar de correr algumas regatas, principalmente com o Alvará, que fomos a Ilhabela e Florianópolis, o meu estilo foi sempre de cruzeiros rápidos”, disse.

Entre as trajetórias pelas diferentes embarcações em que velejou, Pedro Chiesa ressalta que todo velejador tem o seu barco dos sonhos, sendo que o próprio pode ser o atual em que se está, assim como também pode ser uma evolução dele. “Para mim, o barco ideal teria as seguintes especificações: ter pé direito maior que 1,95; ter quilha retrátil – baixo calado e ser rápido. Quase impossível! ”, indica.

O veleiro ZerØ

O ZerØ foi construído por Leo Vital Licks, que infelizmente faleceu em 2018. Ele encomendou o projeto de Nestor Volker depois de ir até Salvador com um Delta 21. O veleiro foi construído de forma One Off, fazendo um plug de madeira interno.

Pedro revela que conheceu a embarcação em uma fase que estava aproveitando plenamente o Stromboli. “Em um churrasco, com a turma do Kite, Ricardo Mecânico, parceiro de velejadas de Wind e Kite Surf, me mostrou algumas fotos de um barco que estava sendo construído em Tapes. Quando vi o barco que a Daniela, viúva do Leo, me apresentou, eu disse para ela: ‘foi feito do meu jeito! Pé direito, ok. Quilha retrátil, ok. Rápido, ok”, salienta.

A primeira ideia do comandante foi trocar o nome do barco para Stromboli ZerØ e pintar de outra cor, mas, revela que com a evolução da negociação e entendendo a história do barco, percebeu que sua missão era dar continuidade a este desafiador projeto.

O sistema velico original do barco tinha uma genoa 130%, uma mestra full-batten com valuma superpositiva e dois stays fixos na proa. Após bastante reflexão e debate visando a simplificação do plano velico, foram decididas as seguintes questões:

– Cortar a valuma da vela grande reta para poder trocar os Runners por um Stay de popa fixo? (Ideia descartada pois iria descaracterizar o Barco). Por fim, foi remodelada para um square top de 40%.

– A genoa foi remodelada para 110%, facilitando as manobras.

– O 2º stay de proa fixo foi transformado em móvel.

– O Code0 foi projetado para usar no Gurupés.

– Outras questões debatidas, vela Jib, Rizos, Assymetrico.

Segundo Pedro, o gurupés também foi alvo de muito estudo. “Um gurupés para sustentar um Code 0 de forma efetiva tem que ter uma estrutura muito parecida com o stay de proa. Com isso, descartamos o móvel e, sendo um barco de cruzeiro e levando a âncora na proa mais o custo elevado, descartamos o de fibra de carbono. O impulso é sair fazendo. Ainda bem que fiz um projeto. Aprendi muita coisa, desde as tensões dos BobStays, que nem sabia o que era, circunferências dos passadores de cabo, dinâmica e tensões da âncora, etc”, destaca.

Mas o projeto não para por aí. O comandante ainda tem em mente o objetivo de melhorar dinâmica dos lemes, instalar Code 0 enrolável, colocar vela intermediaria no segundo Stay e planejar a velejada no mar. O barco foi batizado em confraternização na Ilha dos Jangadeiros em dezembro de 2019 e iniciou sua trajetória náutica uma semana depois, garantindo o segundo lugar no 67º Velejaço Noturno. Pedro Chiesa e o Zerø venceram ainda a primeira Regata da Lua Cheia do ano, evento promovido pelos Cruzeiristas do Jangadeiros que aconteceu em janeiro.

Veja abaixo as características do Zero:

  • Projeto Nestor Volker
  • Duplo leme
  • Quilha Retratil 1,20 mts X 2,80 Mts
  • Motor Yahnmar 39 Hps
  • 100 m2 de vela no contravento
  • 220 m2 de vela em ventos folgados
  • Pé direito > 1,95 Mts
  • Cabine estanque
  • Interior
    • Espartano
    • Chuveiro melhor que lá em casa
    • Cozinha Grande
    • 2 Quartos
    • Sala para 8 pessoas
    • Geladeira e Freezer
    • Mesa de navegação com visão ampla e panorâmica externa.