Cid Paim, Capitão da Flotilha de Optimist

Capitão da Flotilha de Optimist, Cid Paim começou a velejar no clube em 2008, depois de fazer o curso de Monotipos,  com o professor Aquino. Após a conclusão do curso, Cid se dedicou em outro curso, desta vez o de Oceano, classe que veleja atualmente como proeiro, no barco Táquion. “Depois do curso de oceano eu comprei o barco Alvará, um Skipper 21, e comecei a disputar velejaços na classe Cruzeiro 23, onde já ganhamos em 2014, a regata dos 80 anos da Vela Gaúcha, a Copa Cidade de POA, e também vencemos na regata dos 72 anos do Jangadeiros, em 2013, e duas vezes o Velejaço do Troféu Cayru (2011-2012) ”, conta o capitão.

 Cid assumiu a flotilha em março de 2013 e destaca a importância da classe para o clube, já que ela é ponto de partida para os velejadores e também é o início de como eles vão definir o seu futuro na vela. “A principal motivação é que a criança tenha prazer em velejar, sinta o gosto e goste do que está fazendo. Outro ponto importante é se dedicar e treinar bastante, seguindo a orientação dos professores”, completou.

Entre estreantes e veteranos, a flotilha de optimist do clube conta ao todo com 21 velejadores. Além das regatas de ranking interno, a classe tem apenas mais um campeonato pela frente: o Estadual de Optimist, que acontece em novembro e define as vagas para a disputa do Brasileiro. Cid Paim fala que a equipe está mais forte e acredita que possa ganhar o estadual desse ano. Já para o próximo ano, o capitão espera garantir bons resultados no Brasileiro, que acontece em março. “O foco é conseguir uma boa classificação, para que assim nossos velejadores possam disputar os campeonatos fora do Brasil”, finaliza.

Aleks Vasconcellos, Capitão da classe Hobie Cat

Velejando desde os 12 anos e, entre idas e vindas, nas classes Hobie Cat 14 e 16, o Capitão da Flotilha da classe Hobie Cat, Aleks Vasconcellos é o entrevistado da semana e fala sobre as futuras competições da classe, como está a preparação da flotilha e também a sua história na vela. Ele começou a velejar de brincadeira de optimist aqui no clube, mas foi morava em SP e velejou pelo Iate Clube Santo Amaro. Aleks começou a velejar na classe optimist (1971) e no ano seguinte partiu para a classe Hobie cat 14. Nesse meio tempo, começou a competir de HB 16, com o velejador Nelson Fiedler, mas ao mesmo tempo já velejava de oceano com um barco de 34 pés. “Eu aproveitava as férias e vinha para o sul veranear em Torres, onde treinava com um barco de HB 14, ” conta Aleks.  O velejador já foi bi campeão e vice em Gran Master de HB16 , fazendo dupla com Cláudio Mika, experiente velejador e um dos incentivadores da classe no CDJ.

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Com o campeonato estadual começando na semana que vem, Aleks relata que o clube irá com 6 barcos para a competição (5 barcos de HB16 e um de HB14), e destaca que a disputa contará com aproximadamente 17 barcos, sendo que um será argentino e outro de Santa Catarina. “Sempre corremos as regatas da Federação e treinamos bastante, já que nós temos a maior flotilha do Brasil”, destaca o Capitão. A flotilha atualmente conta com João Carlos Lindau, no Hobie Cat 14 , e Cláudio Mika, Aleks Vasconcellos, Mário Dubeux, Carol Bauerman, Mário e Sandra Saffer, Clóvis de Oliveira Junior e Katia Rabusch, Alban, João Kraemer, Lawson Betrame e Eduardo Citolin, Nathassia Escobar no Hobie Cat 16.

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BRASILEIRO E SUL-AMERICANO

A equipe também já está em preparação para o Campeonato Brasileiro de Hobie Cat, que acontece em Pernambuco, em Marinha Farinha, de 1º à 05 de novembro. Um dia antes da regatas oficias, é realizada a Regata Mario Dubeux, que é uma homenagem à um dos percursores da classe no Brasil, como descreve Aleks. Após o final do campeonato, acontece o Sul Americano, de 06 à 09 de novembro, com uma novidade: A dupla Carol Bauermann e Maria Inês Vera vai ser a primeira dupla a disputar um campeonato em HB16 pelo clube. Vasconcellos encerrou a entrevista ressaltando que as reuniões de flotilha são sempre realizadas a partir de uma confraternização com churrasco: “Nós buscamos colocar em pauta o que os velejadores irão fazer nos treinamentos, dar apoio para o pessoal, e discutimos assuntos em geral, finalizou Aleks.

Fábio Pillar fala sobre a campanha olímpica

Um dos grandes talentos da atual geração de velejadores gaúchos, Fábio Pillar quer retomar o posto de número do Brasil na classe 470. Aos 27 anos, o atleta vem treinando duro ao lado do parceiro Mathias Melecchi para chegar afiado à Copa Brasil de Vela, que acontecerá de 4 a 11 de janeiro, na praia de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro. A competição reunirá cerca de 300 velejadores, em dez classes olímpicas: Laser Radial e Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, Finn e Nacra 17. Além dos brasileiros, velejadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Israel também confirmaram presença no evento, que ajudará definir a equipe brasileira para o Mundial de Santander, em setembro, na Espanha.

Representante brasileiro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando competia ao lado Samuel Albrecht, e campeão mundial de Laser Radial em 2006, Fábio sabe que o caminho não será fácil, mas mantém o otimismo. “Este campeonato é um recomeço na caminhada para os Jogos de 2016. Agora, com o parceiro certo e com o treinamento em dia, é uma competição para iniciar, de fato, uma campanha olímpica como ela deve ser feita”, pondera. Nesta entrevista, ele fala sobre os rumos da campanha para os Jogos de 2016 e a expectativa para a Copa Brasil de Vela.

A Copa Brasil de Vela

Talvez essa seja a competição mais parelha na história da classe 470 no Brasil. Vão ser pelo menos três duplas disputando o título e é muito difícil apontar um favorito. Outro ponto importante é que haverá tripulações de outros países, o que aumentará o nível técnico na raia, a média de pontos e a dificuldade nas largadas. Será uma condição muito interessante, com um intercâmbio com o pessoal de fora, ao mesmo tempo em que acontecerá a disputa interna entre os brasileiros. Não será tão bonito para quem estiver ali dentro, mas é algo muito importante para a vela brasileira.

Preparação

Conseguimos fazer um intensivo no segundo semestre de 2013. A parceria com o Mathias evoluiu muito. Participamos do Mundial com apenas três meses treinando juntos e, de lá pra cá, dobramos as horas de treino, o que fez aumentar muito a sintonia da dupla. Evoluímos tecnicamente e também fizemos uma preparação de uma semana no Rio de Janeiro.

A raia

Já velejei muito na raia da Baía da Guanabara. Óbvio que não a dominamos por completo, mas o básico dos macetes nós sabemos. Já competi de Laser, de Snipe, de Oceano e nunca perdi um campeonato da classe 470 lá.

2013

É difícil avaliar se as decisões foram acertadas ou não, mas eu diria que foi um ano ruim. Talvez tenha sido a fase mais complicada da minha carreira. Foi um período de pouco dinheiro, poucas viagens e no qual fiquei um bom tempo sem parceria.

O novo parceiro

O Mathias é meu amigo desde os tempos de Optimist; é um cara que veleja desde a infância e que sempre se manteve ativo na vela. Fiz o convite para iniciarmos a parceria sabendo que ele tinha um peso bom para o barco, disponibilidade, muita habilidade física e conhecimento técnico. Além de um grande amigo, o Mathias é um grande companheiro dentro do barco. Ele é um cara que entra de corpo e alma, se dedica mesmo. É uma aposta que vai dar certo!